terça-feira, 20 de setembro de 2011

"A área cerebral para julgar e punir são distintas."



Segundo uma pesquisa publicada pela revista científica Neuron, a elaboração do processo de julgar e punir, ocorrem em duas áreas distintas: uma ligada a análise lógica e racionais e outra vinculada às emoções.

Um grupo de pesquisa, composto por juristas e neurocientistas da Universidade Vanderbult, no Tennessee, mostrou diversas reconstituições de crimes e explicou para os voluntários o delito cometido, as condições sócio-ambientais e as relações entre as pessoas envolvidas. Com base nessas informações, os participantes deveriam dar seu veredicto e indicar uma punição que variava de zero (nenhuma), a nove (máxima). Enquanto isso, tinham o cérebro monitorado por meio de Ressonância Magnética Funcional (fMRI). Após avaliar os resultados, os pesquisadores observaram que o córtex pré-frontal dorsolateral direito, ligado ao pensamento analítico, fora ativado quando as pessoas estavam pensando sobre a culpa do acusado- e quanto mais os voluntários acreditavam que o réu realmente havia cometido o crime, mais intensa era a ativação. Na hora de determinar a punição, porém foram acionadas a amígdala e o córtex cingulado, região normalmente acessadas quando as pessoas se sentem injustiçadas- o que mostra sua tendência a se identificar com a situação.

A conclusão indica que os julgamentos não são feitos de forma completamente racional, o que pode alterar o desfecho de uma situação, dependendo o grau de empatia que o juíz sente pelo réu.

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