segunda-feira, 28 de setembro de 2009

"Maus tratos na infância alteram gen no cérebro"


Que os maus-tratos na infância podem conduzir a problemas psicológicos, como o aumento do risco de depressão e até suicídio, já era um fato observado.
O fato novo, é o que os investigadores da Mcgill University, no Canadá, liderados por Michael meaney, que analisaram o cérebro de 24 vítimas de suicídio, das quais 12 tinham sofrido maus-tratos na infância (que incluiam maus-tratos físicos, abandono e abuso sexual), e 12 não tinham historia de terem sido maltratadas.
Eles descobriram que as vítimas de maus-tratos tinham níveis menores do gen NR3C1 que está envolvido na resposta ao stress. Essas alterações já haviam sido encontradas anteriormente em ratos e outros animais que haviam sofrido abandono ou abuso.
Este estudo foi publicado na "Nature Neuroscience", e poderá ajudar a explicar porque é que as crianças que são maltratadas na infância, que sofrem abusos sexuais ou negligência poderão desenvolver depressões e mesmo cometer suicídio. Por outro lado, poderão também contribuir para o desenvolvimento de tratamentos que ajudem as vítimas a ultrapassar estes problemas.

"Declínio cerebral começa aos 27 anos"


Um estudo liderado por Timothy Salthouse, da University of Virginia, nos EUA, teve uma duração de sete anos e contou com a participação de duas mil pessoas saudáveis, com idade compreendidas entre 18 e 60 anos.
Para que se pudesse testar a agilidade mental dos participantes, foram usados quebra-cabeças, testes para se lembrarem de palavras ou detalhes de estórias e identificação de padrões em grupos de letras e símbolos.
Os resultados foram publicados no "The journal Neurobiology Aging", e revelaram que após ter atingido um pico com 22 anos a capacidade mental começa a diminuir aos 27 anos, marcando o começo do envelhecimento.
O estudo revelou ainda, que em média, funções como memória ficaram intactas até os 37 anos, enquanto as capacidades baseadas na acumulação de conhecimento, como o desempenho em testes de vocabulário e de conhecimentos gerais, aumentam até os 60 anos de idade.

domingo, 27 de setembro de 2009

"Estudo relaciona traços de personalidade e risco de desenvolver demência".


As pessoas tranquilas, extrovertidas e com uma vida social ativa e participativa tem menor probabilidade de sofrer demências que os indivíduos introvertidos que se estressam com facilidade e estão socialmente isolados, aponta um estudo publicado na revista "Neurology".
Cientistas do Instituto Karolinska, de Estocolmo, avaliaram o estilo de vida social, a facilidade de relacionamento com os outros e as características de personalidade de 506 pessoas, as quais foram seguidas durante 6 anos.
Durante esse período, 144 destas pessoas desenvolveram demência.
A equipe foi liderada pela cientista Hui-Xin Xang, revelou que uma atitude descontraída perante a vida apresentaram um risco de sofrer demência 50% menor que aqueles que, além de serem pouco sociaveis, se angustiam facilmente.
Estudos anteriores já tinham demonstrado que a angústia crõnica pode afetar algumas partes do cérebro, como o hipocampo, o que pode em parte, explicar o risco de desenvolvimento de demência.

"A proximidade com o cuidador diminui o declínio da Doença de Alzheimer".


Investigadores da Utah State University, EUA, contaram com a participação de 167 indivíduos com mais de 65 anos que sofriam da Doença de Alzheimer, bem como com seus cuidadores.
Durante 4 anos, os cientistas submeteram periodicamente os pacientes a uma bateria de testes para avaliar o seu estado de saúde. Aos cuidadores também foi solicitado o preenchimento de um questionário que tinha por objetivo avaliar o tipo e a proximidade da relação que mantinham com os pacientes.
O estudo revelou que os indivíduos que eram tratados pelos seus cônjuges, apresentavam um menor declínio de suas funções, sendo que quanto mais próximas era a relação entre o paciente e o cuidados, menor era o declínio das suas funções ao longo do tempo.
Na opinião da cientista que lidera a pesquisa, Maria Norton, o fato dos cuidadores dedicarem mais tempo e atenção aos doentes faz com que estes sejam estimulados social e cognitivamente, isto deve fazer diferença.

"Diagnóstico precoce da esquizofrenia através da ressonância magnética"


Um estudo publicado nos "Archives of Psychiatry", demonstra que a ressonância magnética funcional pode ajudar no diagnóstico precoce de algumas perturbações psicóticas como a esquizofrenia.
os investigadores da Columbia University, em Nova York, EUA, estudaram 18 pacientes que estavam sob o risco de sofrer psicose, submetendo-os a uma ressonância magnética funcional de alta resolução que permitiu identificar as áreas do cérebro mais ativas.
Observaram que em 70% dos participantes que desenvolveram desordens psicóticas como a esquizofrenia apresentavam uma atividade elevada numa região do hipocampo denominada "subcampo CA1".
O responsável pelo estudo, Scott A. Schobel, revelou que ele"espera que a aplicação desta técnica permita melhorar o nosso conhecimento sobre que vai desenvolver esquizofrenia ou outras doenças semelhantes, dado que um diagnóstico e uma intervenção precoce são muito importantes".

O que é afasia?


Toda perda das capacidades e habilidades da linguagem falada ou escrita, recebe o nome de afasia.
Na Neurologia Clínica, é comum encontrarmos casos de afasia, como consequencia de acidente vascular cerebral (AVC), infecções ou manifestações degenerativas. Dependendo da região cerebral que a doença acomete, teremos diferentes tipos de afasia. São elas:
-Afasia de Wernicke, sua caracteristica é a dificuldade na compreensão da linguagem, a fala é fluente, mas faz pouco sentido. Os pacientes não se dão conta de seu problema, e a recuperação se torna mais difícil.
-Afasia de Broca, é caracterizada po uma grande dificuldade em falar, embora a compreensão da linguagem está preservada. O prognóstico é bom para recuperar parte da linguagem falada, mas é lento.
-Afasia de condução, neste caso a compreensão está praticamente preservada e a fala é fluente e espontânea o problema se localiza na incapacidade de repetir palavras corretamente.
-Afasia global, aqui a perda é de toda a capacidade de linguagem, desde a compreensão, fala, leitura e escrita e o seu prognóstico é mais reservado.

sábado, 26 de setembro de 2009

"A relação da boa memória e a vitamina B12".


Um estudo realizado por pesquisadores da University of Oxford e publicado na revista Neurology revelou que a deficiência de vitamina B12 em pessoas idosas, pode aumentar em até seis vezes o risco de desenvolver doenças que degeneram o cérebro, como o Mal de Alzheimer, por exemplo.
O estudo foi realizado com uma amostra de 107 pessoas com idade entre 61 e 87 anos, e demonstrou que cerca de 40% dessas pessoas apresentavam baixos níveis de vitamina no organismo.
A vitamina B12 pode ser encontrada em alimentos como: leite, peixes e carnes.
Junto com o tabagismo, a pressão sanguínea e o nível de colesterol a vitamina B12 deve passar a ser encarada como um indicador da probabilidade de desenvolvimento da doença.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

"Stress crônico promove a dependência da rotina"


A equipe de investigadores foi coordenada por Rui Costa e Nuno Souza, do Instituto de Investigação em Ciências da vida e da saúde, da Universidade de Minho em Portugal.
O estudo conclui que sob stress, o individuo tem maior tendência "para se orientar por hábitos em vez de executar ações por objetivos.
Durante 2 anos em que se realizou o estudo, os investigadores chegaram à conclusão de que o "stress cronico causa mudanças estruturais no cérebro". Os neurônios ficam atrofiados na zona do córtex pré-frontal, e hipertrofiados nos circuitos responsáveis pelos hábitos (no estriado dorso-lateral). Isto não acontece apenas durante o período de stress, mas também depois.
Nesta situação " uma pessoa em vez de executar ações tendo em vista determinado objetivo, fica mais dependente dos hábitos".
Para os pesquisadores isso tem um lado bom e um lado ruim.
O lado bom é que" o cérebro utiliza estratégias automáticas para evitar o colapso", ou seja, é uma resposta adaptativa ao stress. É ruim "quando se tem que tomar uma decisão e fazer adaptações constantes.
Outros estudos sobre os efeitos do stress para o fator emocional e de memória, já havia sido realizado, entretanto, este estudo aborda a questão de outra forma.
"O hábito é memória e a ação intencional também recorre a memória."
O que se pensa aqui é que pode haver uma competição entre as memórias. Mas não é um problema de memória.
Esta conclusão poderá, ter impacto na etiologia de várias patologias neurológicas e psiquiátricas, diagnosticadas muitas vezes como perturbação de ordem obsessivo-compulsivo.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

"Envelhecer não implica necessariamente perder função cognitiva"


Um novo estudo publicado pela Neurology, realizado na Universidade da Califórnia em São Francisco, revelou que características e hábitos de vida e cuidados com a saúde estam fortemente associados à manutenção das capacidades intelectuais de idosos.Pesquisando 2.500 pessoas com idade entre 70 e 79 anos, por 8 anos seguidos, observaram que 30% dos participantes não apresentaram mudanças em seu desempenho cognitivo ao longo dos anos. Os pesquisadores examinaram então, quais fatores diferenciaram as pessoas que mantinham as habilidades cognitivas das que perderam algumas habilidades.Idosos que se exercitam pelo menos 1 vez por semana, possuem no mínimo ensino médio completo, um bom nível de instrução, não fumam e levam uma vida social ativa, são mais propensos a manter a função cognitiva na velhice.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Pesquisa aponta necessidade de pessoas em correr riscos.


Cientistas nos Estados Unidos, da Universidade de Vanderbilt, anunciaram ter descoberto evidências de que existem diferenças físicas nos cérebros de pessoas muito atraídas pelo risco e por novidades que a estimulam a agirem de maneira impulsiva, e as vezes perigosa.
Eles descobriram que o processamento de dopamina no cérebro é diferenciado nessas pessoas.
Essa substâncias está relacionada ao modo pelo qual as pessoas sentem prazer em situações como alimentação e o sexo, por exemplo.
As pessoas atraídas por fortes emoções e que buscam novidades, possuem uma menor quantidade de um determinado tipo de receptor de dopamina, o que pode leva-las a buscarem novas experiencias de forte impacto, como esbanjar dinheiro e participar intensamente de festas.
"Nós descobrimos que a densidade desses receptores está imensamente ligada ao interesse e desejo por novas experiências", diz David Zald, o líder da pesquisa. "Nossa pesquisa sugere que, em indivíduos com grande interesse por novidades, o cérebro é menos capaz de regular a dopamina, o que faz com que reajam mais positivamente a novidade e outras situações que normalmente induzem a liberação da substância", afirma Zald.

A maconha e o cérebro.


Será que o uso da maconha é tão inócuo à saúde quanto pensam alguns adolescentes?
O principal principio ativo da maconha é o THC. Os efeitos à curto prazo incluem problemas com a memória e aprendizagem, percepções distorcidas, dificuldade em pensar e resolver problemas, perda de coordenação motora, aumento da frequencia cardíaca, ansiedade, podendo chegar a ataques de pânico.
Nos últimos anos, pesquisadores (Pope,2001; Solowy,2002), tem buscado elucidar quais são os efeitos neuropsicológicos decorrentes do uso pesado ou prolongado da maconha.
Alguns pesquisadores identificaram que o THC modifica a maneira pela qual as informações são processadas no hipocampo.
O hipocampo é uma estrutura do sistema límbico cerebral, crucial para o funcionamento normal de funções como a memória, aprendizagem, além das experiências sensórias com a emoção e o comportamento. A ativação dos neurônios do hipocampo pode ser diminuída pelo THC, esta área que é responsável pelo processamento de informação pode ser alterada dependendo da frequencia e intensidade do uso da maconha.
Grant I, Gonzales R. et al publicaram uma revisão sistemática em 2003 sobre os efeitos neurocognitivos residuais, não agudos do uso da maconha. Encontraram que parece existir um decrescimo na habilidade de aprender e lembrar de novas informações, nos usuários crônicos.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Atenção: pode não ser só uma dificuldade comum para a Matemática, mas Discalculia!


A discalculia do desenvolvimento é um transtorno de aprendizagem que afeta a aquisição de habilidades relacionadas à aritmética. Evidências genéticas, neurobiológicas e epidemiológicas indicam que, a exemplo do que ocorre com outros transtornos específicos da aprendizagem, a Discalculia está associada a alterações em regiões cerebrais específicas.
O termo proposto por Dehaene (1997), "senso numérico", diz respeito, a habilidades numéricas básicas que se encontram comprometidas em indivíduos com Discalculia. Ela pode envolver alterações de memória operacional e linguagem.
Este transtorno frequentemente coexiste com outros como a Dislexia (transtorno da Leitura), atraso no desenvolvimento da Linguagem e Transtorno de Deficit de Atenção e hiperatividade (TDAH), sendo que a Discalculia "pura", é encontrada apenas em 1/3 dos casos.
Por isso o diagnóstico diferencial correto é muito importante!

Ansiedade e Alzheimer.


Pesquisadores da Rush University, em Chicago, acompanharam por até 12 anos, indivíduos com níveis mais elevados de ansiedade.
Neste estudo, eles puderam observar que esses indivíduos tinham maior chance de desenvolver Transtorno Cognitivo Leve, que por sua vez pode ser um quadro precursor da Doença de Alzheimer.
Paralelamente, pesquisadores do Instituto Salk, em San Diego, demonstraram que ratos submetidos a experimentos geradores de ansiedade apresentavam alterações da proteína Tau, que tem papel importante na manutenção da estrutura neuronal.
Esses dados se somam a outros achados que demonstram maior incidência de demências em portadores de Depressão e Transtorno Bipolar do Humor, indicando que os transtornos de ansiedade e humor são muito provavelmente fatores de risco não apenas para doenças clínicas (cardiovasculares, por exemplo), como também neuropsiquiatras.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Acreditar em Deus ou não, faz diferença no cérebro.


Foi publicado na revista Nature Reviews Neuroscience, uma pesquisa realizada por Han & Northoff, comprovando que quem crê em Deus, independente de religião, tem uma resposta cerebral diferente de quem não acredita, para realizar a mesma tarefa.Eles selecionaram ateus e cristãos e fizeram as mesmas perguntas. Elas consistiam em julgar a si mesmos e a pessoas famosas. Eles deveriam classificar as pessoas citadas pelo pesquisador como: corajoso, desleal, infantil e outros adjetivos.Enquanto respondiam as perguntas elas eram submetidas a uma Ressonância Magnética Funcional, onde é possível localizar as áreas do cérebro que estão sendo ativadas para aquela tarefa.Quando pediram para os ateus e cristão julgarem a si mesmos e aos outros, foram ativadas áreas diferentes do cérebro, nos dois grupos.Os cristão ativaram a parte dorsomedial do córtex frontal que está associada à "colocar-se no lugar do outro". Toda vez que nos colocamos no lugar de alguém essa região é ativada.Já os ateus, ativaram a região ventromedial do córtex frontal, ou seja, a área associada com a nossa auto-percepção, como nós nos julgamos.Conclusão: Os ateus na hora de julgarem, se baseiam na sua própria vida.Os cristão já se colocariam no lugar de outro( no caso de Deus), já que o cristianismo é baseado no julgamento de Deus, do certo e errado segundo as leis de Deus, e o cristão acaba seguindo esse padrão, fazendo seu julgamento através do que Deus acharia certo ou errado. Interessante, não é?

sábado, 5 de setembro de 2009

O que gera o Parkinson?


Uma pesquisa publicada na revista especializada Neuron (http://www.neuron.org/), faz uma analogia entre como se comportam as células na parte responsável pelo movimento em pacientes com Parkinson: "é como uma orquestra que toca uma única nota por vez."
O trabalho realizado no laboratório do brasileiro Miguel Nicolelis, na Universidade de Duke, nos E.U.A., pelo português Rui Costa, mostra que uma alteração na liberação do neurotransmissor dopamina, faz com que camundongos parem de se movimentar exatamente como fazem os doentes humanos.
O Mal de Parkinson, é o resultado da perda de neurônios que produzem a dopamina, que é o composto químico que está ligado aos movimentos, equilíbrio, motivação e prazer.
Os cientistas de Duke, descobriram que além da falta de dopamina, a redução e lentidão dos movimentos (sintomas típicos do Parkinson), são também causados por um outro problema.
No córtex motor, o composto é liberado de uma só vez, num vagalhão, ao invés de uma forma coordenada. Isso impede o cérebro de direcionar o movimento de forma correta. "O diálogo entre as células está alterado", explica Costa. "É como se todo mundo falasse ao mesmo tempo".

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Quando o esporte vicia.


Uma pesquisa do centro de Estudos em Psicobiologia do exercício da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), identificou que 28% dos atletas brasileiros profissionais ou amadores são dependentes da prática de exercícios.
Assim como em outras adicções(álcool e drogas), estes atletas, quando privados da prática, também sofriam de crises de abstinência, aumentavam a tolerância à atividade para obter os mesmos resultados, apresentavam ansiedade, problemas de sono, do humor e fadiga cronica.
"A pessoa é considerada dependente, quando a prática interfere no desenvolvimento de outras atividades, sejam elas profissionais, sociais, afetivas ou psicológicas", diz o pesquisador Vladimir Modolo.
Embora a prática de exercícios físicos seja recomendada, a dependência e o excesso são prejudiciais.
O fato da prática esportiva se tornar uma depêndencia pode levar também o indivíduo ao "overtrainning", que é uma síndrome neuro endócrina que resulta em modificações fisiológicas e ou psicológicas.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

A auto disciplina é importante!


Sabemos que a inteligência por si só, não é o suficiente para tornar alguém um bom aluno.
Estudos feitos na Universidade da Pensilvânia apontam para outras características pessoais, que podem tornar a inteligência realmente produtiva.
Pesquisadores prepararam um questionário para avaliar a capacidade dos alunos de controlar os seus impulsos e de seguir regras. Eles também foram avaliados, através de testes comportamentais, a respeito de suas condições para adiar recompensas.
A auto disciplina explicava estatisticamente melhor, as notas, a frequência escolar e os hábitos de trabalho do que a avaliação através do Q.I.(quociente de inteligência). Além disso, quanto maior a disciplina, melhor o desempenho.
Através destes estudos podemos concluir que além da inteligência, o individuo precisa ter estas características desenvolvidas para que possa fazer o uso adequado dela.