domingo, 31 de outubro de 2010

"O sol ajuda a proteger os neurônios."


Pesquisadores da Escola de Medicina e Saúde Pública da Universidade de Wisconsin, descobriram que a ausência de vitamina D no organismo pode comprometer funções cognitivas. Embora seja mais conhecida por promover saúde dos ossos e regular os níveis de cálcio, a vitamina desativa enzimas cerebrais que participam da síntese de neurotransmissores e do crescimento neuronal. Com essas descobertas, pesquisadores esperam que no futuro a vitamina ajude no tratamento de pacientes com Alzheimer.
"Sabemos que há receptores de vitamina D espalhados por todo Sistema Nervoso Central e hipocampo. Além disso ela ativa e desativa as enzimas do cérebro e no fluído cerebroespinal envolvidas na síntese de neurotransmissores e no crescimento dos nervos", explicou o pesquisador Robert J. Przybelski. O estudo em animais e em laboratórios sugerem que a substância pode proteger os neurônios e reduzir a inflamação.
Dois novos estudo revelam mais novidades sobre o assunto. O primeiro é conduzido pelo neurocientista David Llewellyn, da Universidade de Cambridge, e o segundo por cientistas da Universidade de Manchester, na Inglaterra.
Pelo fato de o comprometimento cognitivo ser, em geral, precursor da demência e do Alzheimer, a vitamina D é tema em constante discussão entre os cientistas que tentam responder a essas questões.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

"Estudo demonstra que a preferência por formas geométricas é um sinal do autismo."


Em um estudo publicado pela revista Archives of General Psychiatry, mostrou que as crianças com risco de sofrer algum distúrbio do espectro do autismo preferem observar formas geométricas a imagens sociais.
Os cientistas utilizaram a tecnologia de rastreamento do olhar para monitorar os olhos das crianças em uma tela com imagens em movimento, de crianças dançando ou praticando ioga(imagens dinâmicas sociais), e uma outra tela mostrando formas geométricas em movimento (formas geométricas dinâmicas).
Quando as crianças gastavam mais de 69% do tempo olhando os padrões geométricos, podia-se prever com 100% de realidade que a criança sofria algum distúrbio de espectro autista.
As crianças com distúrbios do espectro do autismo, mostraram uma clara preferência por imagens geométricas e um padrão único de saltos ou movimentos bruscos dos olhos enquanto assistia o filme.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

"Fumar aumenta o risco de Demência."


Este é o primeiro estudo de longo prazo a analisar as consequências do tabagismo intenso sobre a demência mais tarde na vida.
A pesquisa analisou dados de 21.123 homens e mulheres, com a idade média de 23 anos que participaram de um levantamento entre 1978 e 1985.
Eles foram acompanhados durante 23 anos.
Diagnósticos de demência, incluindo Alzheimer (o tipo mais comum de demência), e demência vascular (a segunda forma mais comum), foram registrados de 1 de janeiro de 1994, quando a idade média dos participantes do estudo era de 71,6 anos, até 31 de julho de 2008.
Um total de 5367 participantes (25,4%), foi diagnosticado com demência, com 1136 deles com Alzheimer e 416 com demência vascular.
Os pesquisadores observaram que, em comparação com os não fumantes, aqueles que fumaram mais de dois maços de cigarro por dia, durante o período analisaram tiveram um aumento de 157% no risco de desenvolvimento de Alzheimer e de 172% no de demência vascular.
Ex fumantes e pessoas que fumaram menos de 1/2 maço por dia não apresentaram aumento significativo no risco de desenvolvimento da doença.
Segundo os autores do estudo, sabe-se que o fumo é um fator de risco para acidente vascular cerebral e o hábito pode contribuir para o risco de demência por meio de mecanismos semelhantes.
Fumar também contribui para o estresse oxidativo e com inflamações, que se estima serem importantes para o desenvolvimento da doença de Alzheimer. "É possível que fumar afete o desenvolvimento de demência por meio de caminhos vasculares e neurodegenerativos", sugeriram os autores.
O estudo é coordenado pelo finlandês Minna Rusanem, do Hospital Universitário Kuopio, e foi publicado no site Archives of Internal Medicine.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

"Imagens e sons da natureza, reduzem dor em paciente durante procedimento invasivo."


Pesquisadores da Universidade Johns Hopkins,nos Estados Unidos, descobriram que uma combinação de imagens de belas cenas da natureza,acompanhada de música com sons relaxantes, ajuda a amenizar as dores de pacientes que realizam exames invasivos.
O estudo foi realizado durante o mielograma, um exame doloroso, invasivo,durante o qual é feita uma punção óssea.
Uma outra pesquisa recente havia demonstrado que a fé pode diminuir a sensação de dor em pacientes. Entretanto, os pesquisadores norte-americanos estavam interessados em efeitos mais diretos, em situações críticas.
"Queríamos encontrar um jeito de tornar essa experiência mais tolerável", disse Noah Lechtzin, participante do estudo.
"Então fizemos um estudo no qual pacientes olhavam 2 tipos de imagem durante o exame: cenas da natureza acompanhadas de sons agradáveis ou cenas da cidade com seus barulhos típicos", explica ele.
Um terceiro grupo de controle, não olhou para nenhuma imagem.
A imagem relaxante, era acompanhada de passarinhos cantando. A imagem da cidade retratava uma rua movimentada, com vários carros e pessoas caminhando de forma aparentemente apressada.
Os pesquisadores então, mediram o nível de dor dos grupos de pacientes e perceberam mudanças significativas.
Os pacientes que ficaram olhando para a imagem da cidade tiveram dores semelhantes aos que não viram nenhuma imagem durante o exame, um nível de 5,7 em uma escala conhecida como Hopkins Pain Rating.
Já os que observaram a paisagem natural e ouviram os sons dos pássaros relataram, em média, níveis 3,9 de dor.
Segundo Lechtzin, isso prova que a redução de dor, não é apenas uma questão de distrair o paciente.
"Acredito que há certos tipos de elementos da natureza que relaxam mais as pessoas", afirmou Lechtzin. Não seria conveniente colocar uma foto de pedras que possam esconder animais perigosos. Mas cenas de água correndo,por exemplo, são muito úteis, especialmente se acompanhadas de sons de passarinhos cantando e do vento batendo nas árvores".

"Estudo sugere que ter filhos pode turbinar o cérebro da mulher."


Um estudo do Instituto Nacional de Saúde Mental dos Estados Unidos, sugere que as novas mamães apresentam modificações no cérebro que podem ajuda-las a enfrentar essa nova fase da vida. Avaliando imagens de exames de Ressonância Magnética do cérebro de 19 mulheres que tiveram filhos, os cientistas descobriram que os cérebros das mamães de primeira viagem, tem um aumento significativo de volume em áreas associadas à motivação materna, ao processamento das emoções, à integração sensorial e a razão e julgamento.
A comparação das imagens retiradas do cérebro de novas mães de 2 a 4 semanas e de 3 a 4 meses após o nascimento mostrou que a massa cinzenta havia crescido um pouco- mas de forma significativa- em diversas regiões do cérebro. E aquelas que classificavam seu bebê como especiais,bonitos, ideais e perfeitos eram mais propensos a desenvolver mais a região central do cérebro do que as mães "menos corujas".
Segundo os pesquisadores, as hormonais após o nascimento e o estímulo sensorial do contato com o bebê podem ser os fatores responsáveis pelo desenvolvimento em algumas áreas do cérebro dos adultos- o que permite que as novas mães "orquestrem um novo e maior repertório de comportamentos interativos complexos com os bebes."
"A motivação para cuidar de um bebê e os traços característicos da maternidade podem ser menos uma resposta instintiva e mais um resultado da construção ativa do cérebro", escreveu o neurocientista Craig Kinsley, em editorial da revista Behavioral Neuroscience, onde o estudo foi publicado.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

"Estudo demonstra que a Ioga é eficaz contra a fibromialgia."


Uma pesquisa realizada por cientistas da Universidade de Oregon, nos Estados Unidos, e que foi publicada na Revista Pain, conclui que exercícios de ioga combatem a fibromialgia.( uma desordem médica caracterizada por uma dor crônica generalizada.)
"Pesquisas anteriores sugerem que o tratamento mais bem-sucedidos para a fibromialgia envolve uma combinação de medicamentos, exercícios físicos e desenvolvimento de habilidades de enfrentamento", explica o Dr. Jones Carson. "Aqui, nós nos voltamos especificamente para a ioga para determinar se ela deve ser considerada como um tratamento e em que medida ela pode ser bem sucedidas".
No estudo os pesquisadores acompanharam 53 mulheres previamente diagnosticadas com fibromialgia.
As mulheres foram divididas aleatóriamente em 2 grupos. O primeiro grupo participou de um programa de ioga de 8 semanas, que incluía posições suaves, meditação, exercícios respiratórios e discussões em grupo. O segundo grupo- o grupo controle- recebeu a medicação padrão usada nos tratamentos de fibromialgia.
A comparação dos dados dos 2 grupos revelou que a ioga ajuda a combater vários sintomas da fibromialgia mais graves, incluindo dor, fadiga, rigidez, problemas de sono, depressão, memória fraca, ansiedade e falta de equilíbrio.
"Uma provável razão para o aparente sucesso dessa terapia foi o forte empenho demonstrado pelas participantes. Não apenas a presença na aula foi boa, como também a vontade de praticar ioga em casa", acrescenta Carson.

domingo, 24 de outubro de 2010

"Na inteligência coletiva o todo pode ser, de fato, maior do que a soma das partes."


Um novo estudo realizado por cientistas do MIT e Universidade Carnegie Mellon , nos EUA, e publicado na revista Science, demonstrou a existência de uma inteligência coletiva entre equipes de pessoas colaborativas.
O trabalho demonstrou que a inteligência registrada na equipe vai além das habilidades cognitivas dos membros individuais do grupo. Demonstrou também que a tendência para a cooperação tem uma estreita relação com o número de mulheres presentes na equipe.
Os cientistas aplicaram a grupos de pessoas o princípio de que a capacidade de desempenhar bem determinadas tarefas cognitivas é um indicador mensurável da inteligência (neste caso, da inteligência coletiva do grupo).
A inteligência coletiva se fundamenta, acreditam os pesquisadores, em quão bem o grupo trabalha em conjunto. Por exemplo, grupo cujo os membros apresentam altos níveis de "sensibilidade social" são coletivamente mais inteligentes.
"A sensibilidade social tem a ver com quão bem os membros do grupo percebem as emoções dos outros", diz Christopher Chabris, coautor do estudo.
"Também, nos grupos em que uma pessoa dominou, o grupo foi menos coletivamente inteligente do que os grupos onde as conversações foram mais distribuídas".
Outro dado encontrado é que grupos que tinham mais mulheres demonstraram mais sensibilidade social e, em decorrência, maior inteligência coletiva em comparação com os grupos que tinham poucas mulheres. O efeito pode ser explicado pela maior sensibilidade social que as mulheres apresentam, em média, superior a dos homens. Assim, embora a inteligência individual não sirva para predizer a inteligência coletiva, a sensibilidade social individual serve a esse objetivo, mostrando que ela é um dos elementos determinantes da inteligência coletiva.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

"Estudo correlaciona depressão ao ganho de peso mais rápido".


Um estudo publicado no American Journal of Public Health, demonstra que a depressão pode fazer mais do que angústia mental. Ela tem influência no desenvolvimento da obesidade, principalmente com o acumulo de gordura na região abdominal. Em função disso, de acordo com pesquisadores da Universidade de Alabama, o tratamento da depressão pode ajudar a controlar a obesidade.
Avaliando-se dados de mais de 4 mil adultos, colhidos em 5 ocasiões (início do estudo, e após 5, 10, 15 e 20 anos), os especialistas observaram que aqueles que relatavam altos níveis de depressão tinham um aumento mais rápido da obesidade abdominal e da obesidade total (IMC), comparados aos participantes com menos sintomas depressivos. Além disso, já no quinto ano de estudo, a circunferência da cintura dos deprimidos era muito maior do que dos outros participantes. Entretanto, de acordo com os autores, o excesso de peso no início da pesquisa pareceu não alterar os riscos de depressão.
"Descobrimos que todos ganharam peso no período de 15 anos que examinamos. No entanto, as pessoas que iniciaram relatando altos níveis de depressão, aumentaram em obesidade abdominal e índice de massa corporal em uma taxa mais rápida do que aqueles que relatavam menos sintomas de depressão no quinto ano", concluíram os pesquisadores.

"Meninas adolescentes fumantes adquirem o vício por stress, já o menino se tornam tabagistas por verem parentes com cigarro."


Uma pesquisa da Sociedade de Cardiologia com 3000 estudantes de São Paulo, com idade entre 13 e 19 anos revelou que 31% já experimentaram cigarro, e 10% são fumantes. O levantamento será apresentado no 65 Congresso Brasileiro de Cardiologia, que acontece esta semana em Belo Horizonte.
A coordenadora da pesquisa, Silvia Cury, explica que apesar de mais homens fumarem do que mulheres, as meninas começam o vício em maior número: entre os adolescentes fumantes, 61% são meninas. Ela também destacou que um outro estudo mostrou que garotos e garotas começam a fumar por razões diferentes.
"Eles começam a fumar seguindo modelos familiares, por verem algum parente fumando. Já a relação das meninas com o cigarro é de autoafirmação e para lidar com o stress e a ansiedade", explica Cury.
Segundo a profissional, enquanto a mulher desenvolve uma dependência psicológica com o cigarro, o homem tem uma relação mais racional. "por isso ela tem mais dificuldade de parar", revela a médica. "além disso a mulher tem mais tendência à depressão. Como a nicotina libera substâncias que dão prazer, a mulher fica até mais disposta quando fuma", diz.
De acordo com Cury, os riscos do cigarro aumentam conforme o tempo de uso e outros hábitos de vida, como a alimentação inadequada, obesidade, sedentarismo e uso de anticoncepcionais.
"O cigarro é muito ruim para a mulher. O cancêr de pulmão é mais agressivo nela do que no homem. Além disso, quando ela entra na menopausa, aumenta muito o risco de ter infarto", conclui.