terça-feira, 31 de agosto de 2010

"A depressão nas megacidades é mais frequente entre os mais jovens".


A revista científica Depression and Anxienty publicou o artigo que revela: a Região metropolitana de São Paulo(RMSP) tem maior taxa de depressão dentro de um grupo de 17 países.
A informação vem da "São Paulo Megacity", pesquisa feita pela Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) que incluiu entre outras ações, entrevistas com 5037 pessoas da RMSP maiores de 18 anos e com as características da população total.
Os pesquisadores constataram que 10,9% dos entrevistados teve ao menos um episódio de depressão no ano anterior à entrevista. A taxa é mais alta que a dos países como: EUA, Alemanha, Colômbia e Ucrânia.
O "São Paulo megacity", foi a parte brasileira de uma pesquisa internacional coordenada pela Universidade de Harvard, EUA, e pela Organização Mundial de Saúde (OMS),o Levantamento Mundial de Saúde Mental"(WMHS, na sigla em inglês). No total,os pesquisadores estudaram 89 mil pessoas de 5 continentes,perguntando sobre os sintomas de doenças psiquiátricas e físicas, entre outros assuntos.
Os dados obtidos pelo WMHS,mostraram que a presença ao mesmo tempo de depressão e doenças físicas é mais comum entre os jovem que entre os idosos.
A FMUSP estimou que a depressão afeta 11,9% das pessoas entre35 e 49 anos da RMSP,a faixa etária mais atingida. Entre os maiores de 65 anos a taxa caiu para 3,9%. Já os jovens entre 18 e 34 anos,a prevalência é de 10,4%.
O país com o segundo maior porcentagem são os EUA. Lá a faixa etária mais atingida (de 18 a 34 anos), tem uma taxa de depressão de 10,4%.Nos idosos a taxa caiu para 2,6%.
"Nossas taxas de depressão estão muito próximas e tem um padrão semelhante dos países desenvolvidos", diz Laura Helena Guerra de Andrade, médica do Instituto de Psiquiatria (IPq) do Hospital das Clínicas (HC) da FMUSP.

sábado, 28 de agosto de 2010

"Ioga é o exercício mais eficaz para a ansiedade."


Pesquisadores da Universidade de Boston, EUA, verificaram que a ioga pode ser superior a outras formas de exercício quanto aos efeitos positivos sobre o humor e a ansiedade.
Os cientistas compararam os níveis de uma substância conhecida como GABA( gama-aminobutírico cerebral), dos praticantes de ioga com os níveis de outro conjunto de pacientes que praticavam caminhada.
Baixos níveis de GABA são associados com a depressão e outros transtornos de ansiedade generalizada.
Os pesquisadores acompanharam 2 grupos de indivíduos saudáveis durante um período de 12 semanas. Um grupo praticava ioga 3 vezes por semana durante uma hora, enquanto os demais indivíduos caminharam durante o mesmo período de tempo.
Usando espectroscopia por Ressonância Magnética (MRS), imagem do cérebro dos participantes foram digitalizadas antes do início do estudo. Na semana 12, os pesquisadores compararam os níveis de GABA em ambos os grupos antes e após a última sessão de 60 minutos.
Foi pedido a cada participante que avaliasse seu próprio estado psicológico em vários momentos ao longo do estudo.
Aqueles que praticaram ioga relataram uma diminuição mais significativa da ansiedade e uma melhoria no humor mais intensa do que aqueles que caminharam.
"Com o tempo as mudanças positivas nesses relatos foram associadas com os níveis crescente de GABA", conta o Dr. Chris Streeter, co-autor da pesquisa.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

"Proteína que combate artrite pode reverter o Alzheimer".


Um estudo conduzido por cientistas da Universidade de South Flórida, afirma que a perda de memória causada pelo Alzheimer pode ser revertida por uma proteína produzida pelo organismo para combater a Artrite. Em alguns casos há reversão completa da disfunção de memória pós tratamento afirmam os cientistas.
O nome da proteína é GM-CSF e está disponível comercialmente como Leukine, uma versão sintética da proteína usada atualmente em tratamentos contra o câncer.
Na pesquisa os cientistas usaram 2 grupos de ratos, um saudável e outro com sintomas de Alzheimer, incluindo perda de memória. Metade dos camundongos foi injetado com GM-CSF, o outro grupo injetado com uma solução salina(placebo). Após 20 dias, os investigadores encontraram que a memória dos ratos injetados com a proteína, tinham melhorado substancialmente, em comparação com os camundongos tratados com o placebo.
Testes em camundongos mostram que a injeção desta proteína é capaz de estimular a remoção dos depósitos deixados pela Doença de Alzheimer no cérebro.
Huntingdon Potter, um especialista em medicina molecular, envolvido no estudo da Flórida, disse:"nossos resultados fornecem uma explicação convincente do porque a Artrite Reumatóide é um fator de risco para a Doença de Alzheimer", de acordo com o Journal of Alzheimer´s Disease.
"Nós ficamos muito espantados que o tratamento tenha revertido a disfunção em 20 dias", disse Tim Boyd, que conduziu o estudo.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

"Memantina e a Demência por corpos de Lewy"


Uma droga experimental pode oferecer esperança para aqueles que sofrem de Demência por Corpos de Lewy (DCL), a Memantina.
A Memantina atua para bloquear as ações excessivas de uma substância cerebral chamada de Glutamato. Naqueles que sofrem de outras desordens, como Alzheimer e Parkinson, já foram vistos os efeitos benéficos da droga, segundo os pesquisadores.
Em um estudo liderado por Murat Emre, professor da Universidade de Istambul, na Turquia, cerca de 200 pacientes foram randomizados para receber Memantina ou placebo diariamente. Após 24 semanas do tratamento, aqueles que sofrem de DCL leve e moderada obtiveram uma grande melhoria em relação a pacientes que receberam placebo.
"Com base nos resultados deste estudo, a Memantina pode ser uma opção de tratamento em doentes com DCL leve e moderada", dizem os autores do estudo.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

"A cafeína pode ajudar na reversão da perda de memória na Doença de Alzheimer."


Um novo estudo realizado na University of South Flórida, e publicado no Journal of Alzheimer's Disease, constatou que "quando os ratos idosos criados para desenvolver sintomas da Doença de Alzheimer (DA) receberam cafeína - o equivalente a 5 xícaras de café por dia- a sua perda de memória foi revertida".
Uma vez que os camundongos criados para desenvolver DA começaram a mostrar problemas de memória, metade do grupo foi tratado com uma quantidade de cafeína e sua água. O estudo durou 2 mêses, e no final, "os ratos tratados com cafeína se deram muito melhor nos testes que medem a sua memória e suas habilidades cognitivas. Na verdade suas memórias foram idênticas aos camundongos normais com idade sem demência". Os camundongos que não tiveram o tratamento de cafeína continuaram a ter a deterioração da memória.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

"Meninos são influenciados negativamente pelos super-heróis atuais."


Uma pesquisa apresentada em um encontro da Associação Americana de Psicologia, afirma que os super-heróis de filmes da atualidade influenciam negativamente os meninos.
Segudo a pesquisa, esses super-heróis promovem um esteriótipo violento e de "machão".
Eles seriam diferentes dos de antigamente, pois não apresentariam um lado mais vulnerável e humano.
O estudo afirma que a única figura masculina alternativa de super-herói da atualidade é a do "preguiçoso", que evita assumir responsabilidades.
A pesquisadora Sharon Lamb, da Universidade de Massachusetts, nos EUA, fez um estudo com 647 meninos de 4 a 18 anos de idade para descobrir o que eles vêem na T.V. e no cinema.
Com sua equipe, ela analisou o impacto que os principais modelos de comportamento masculino tem nos garotos.
"Há uma grande diferença entre os super-heróis de hoje e os heróis de gibis do passado", afirma Lamb.
A pesquisadora diz que, nos personagens do passado, os meninos podiam perceber que - sem roupa de super-herói - eles eram "pessoas normais, com problemas normais e muitas fraquezas". Seria o caso do Super-homem, que tem identidade secreta, com carreira, e que, segundo a pesquisadora, foram criados como reação ao fascismo e para lutar por justiça social.
"O super-herói de hoje é como um herói de ação que pratica violência sem parar. Ele é agressivo, sarcástico e raramente fala sobre as virtudes de se fazer o bem para a humanidade", disse Lamb.
A alternativa a esse super-herói agressivo da atualidade seria o preguiçoso.
"Preguiçosos são engraçados, mas preguiçosos não são o que os meninos deveriam querer ver. Eles não gostam da escola e evitam responsabilidade", afirma Lamb.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

"Estudos indicam uma diminuição da capacidade de experimentar emoções nas pessoas com Alzheimer."


Um estudo publicado no Journal of Neuropsychiatry & Clinical Neurosciences, apontou que as pessoas com Doença de Alzheimer podem produzir uma diminuição na capacidade de experimentar emoções.
Os cientistas demonstraram que quando é pedido que associem um valor emocional a certas imagens, vêem as imagens agradáveis como menos agradáveis e as cenas negativas como menos negativas em comparação a um grupo controle de pessoas normais de idade avançada.
Foram apresentadas a 7 pacientes com diagnóstico de Alzheimer, imagens com cenas positivas e negativas como os bebês e as aranhas e se perguntou sobre cada imagem. Os pacientes registraram sua reação emocional à imagem, com uma cara alegre ou com uma cara triste. A maioria das vezes colocaram a marca na direção apropriada, entretanto a avaliação não era tão alta como as que fizeram os membros do grupo controle. Embora parecessem entender as fotografias, faziam mais marcas incoerentes que o grupo controle.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

"Novo estudo indica possíveis origens do Mal de Parkinson."


Pesquisa realizada na Universidade de Washington, nos EUA, descobriu novos indícios que a Doença de Parkinson pode ter origem infecciosa ou autoimune. A novidade foi publicada esta semana na revista Nature Genetics.
O estudo identificou uma relação genética entre o sistema imunológico e a doença progressiva e incurável.
Os pesquisadores examinaram mais de 2000 pacientes com Parkinson em 4 estados norte-americanos e outros 2000 voluntários sem doença.
Foram avaliados fatores clínicos, genéticos e ambientais que poderiam contribuir para o desenvolvimento e a progressão da doença e de suas complicações. Alguns foram acompanhados por mais de 20 anos.
"Durante o tempo da pesquisa, encontramos pistas sutis de que a função imune poderia estar ligada ao Parkinson. Agora, temos indícios muito mais convincentes disso e uma idéia bem definida de quais partes do sistema imunológico podem estar envolvidos", disse Cyrus Zabetian, um dos autores da pesquisa.
Os pesquisadores descobriram uma nova associação da doença com a região HLA( sigla em ingles para ("antígenos leucocitários em humanos) que contém um grande números de genes relacionados à função imunológica em humanos.
Certas variantes do HLA estão associadas com o aumento no risco ou na proteção contra doenças infecciosas, enquanto outras podem induzir distúrbios nos quais o sistema imunológico ataca tecidos do próprio corpo.
Esclerose múltipla, uma doença neurológica causada pela autoimunidade, também está associada com os HLA. O estudo observou que a variante genética associada com a Doença de Parkinson está na mesma região que a ligada à esclerose.
De acordo com a pesquisa, investigar a conexão entre Parkinson e inflamações, especialmente no contexto de um marcador genético variável, pode levar ao desenvolvimento de medicamentos melhores e mais seletivos para o tratamento da doença.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

"Homens tem sua produção de hormônios aumentada com o nascimento de filho."


Uma pesquisa da Universidade de Bai-Ilan, em Israel, afirma que homens, ao se tornarem pais, passam por um processo de aumento de produção de hormônios semelhantes ao das mulheres que viram mães. Observou-se que os pais também passam a produzir mais neuroquímicos que ajudam a torna-los mais afetuosos, o que auxilia no processo de paternidade.
Os hormônios oxitocina e prolactina são produzidos em maior quantidade na mulher do que nos homens devido a processos físicos ligados à gravidez.
A pesquisa foi feita através da análise dos níveis hormonais de 43 pais, 6 meses depois do nascimento dos seus filhos.
Os cientistas acharam um padrão entre o nível de hormônio e a habilidade dos pais se relacionarem bem com os seus bebês, o que foi analisado através de filmagem da relação interpessoal entre eles. Observou-se que quanto mais hormônios cada homem produzia, melhores eram suas habilidades paternas, na hora de brincar e se comunicar com a criança.
"Esta parece ser uma forma que a evolução encontrou para ajudar a transformar os homens em bons pais assim que eles tem filhos", disse a pesquisadora Ruth Feldman.
"Estes hormônios parecem ter um papel importante na forma como os homens se relacionam com os seus filhos recém-nascidos", completa Feldman.
A pesquisa foi publicada na revista científica Hormones and Behavior.

"A relação entre a maconha e à psicose."


Estudo realizado na Holanda, e conduzido pela psiquiatra Cécile Henquet, demonstra que a maconha apressa o surgimento, e agrava os sintomas, de doenças mentais como a esquizofrenia.
No estudo, um grupo de médicos avaliou o comportamento de 80 usuários da droga ( 42 deles portadores de distúrbios psicóticos, como a esquizofrenia). Eles foram acompanhados por 6 dias. A cada 85 minutos, tinham que responder a um questionário sobre em que estágio do efeito da droga se encontravam e qual era o seu estado de espírito naquele momento. Nos usuários com psicose, os efeitos colaterais da maconha, como as alucinações, continuaram a se manifestar e até se intensificaram após- e não apenas durante- o período ativo da droga.
O estudo concluiu que os pacientes esquizofrênicos são mais sensíveis aos efeitos da maconha.
"Embora o uso da droga tenha também seus efeitos positivos nos pacientes com esquizofrenia, como a perda da timidez, após horas de consumo as manifestações psicóticas aparecem em escala aumentada. Por isso, a exemplo do que concluiu um recente estudo americano, podemos sugerir que o consumo de maconha antecipa a manifestação da esquizofrenia", disse Cecíle.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

"Stress pode diminuir chances de mulher engravidar."


Um estudo científico realizado pela Universidade de Oxford, na Inglaterra, mostrou pela primeira vez, que altos níveis de stress podem diminuir as chances de uma mulher engravidar.
Os cientistas mediram a quantidade de hormônios associados ao stress em mulheres que tentavam engravidar naturalmente, e concluíram que as mais stressadas tinham mais dificuldade em ficar grávidas.
O estudo, publicado na revista científica Fertility and Sterility, monitorou 274 mulheres saudáveis com idade entre 18 e 40 anos que tentavam ficar grávidas.
Especialistas já sabem que idade, hábito de fumar, obesidade e consumo de álcool interferem nas chances de gravidez, mas a influência do stress é menos clara.
A equipe da Universidade de Oxford, mediu 2 hormônios vinculados ao stress, a adrenalina e o cortisol, a partir de exames da saliva das participantes.
A adrenalina é liberada pelo organismo quando a pessoa está, ou julga estar, em situação ameaçadoras ou perigosas. O cortisol está associados ao stress crônico.
As mulheres que tinham índices maiores de alfa-amilase na saliva (uma proteína que pode servir como indicador na medição de índices de adrenalina), apresentaram uma redução de 12% nas suas chances de engravidar nos dias férteis em comparação às que tinham os níveis menores do indicador.
Os pesquisadores não encontraram associação entre as chances de engravidar e o nível de cortisol.
"A descoberta reforça a ideia de que casais que estão tentando ter um bebê devem procurar ficar tão relaxados quanto possível", diz Cecilia Pyper, uma das integrantes do grupo.
"Em alguns casos, diz Pyper, pode ser importante procurar técnicas de relaxamento, terapia e até ioga e meditação".

"Novo estudo diz que em breve poderá se identificar o Autismo através de Ressonância Magnética."


Declan Murphy, professor de Psiquiatria do King´s College, de Londres, disse em entrevista que um novo método que examina alterações estruturais na matéria cinzenta cerebral, pode estar pronto para uso geral dentro de 2 anos. O próximo passo é testa-lo em crianças.
Murphy e seus colegas, que divulgaram a descoberta na publicação Journal of Neurocience, estudaram 20 adultos saudáveis e 20 outros com diagnóstico prévio de distúrbios de espectro do Autismo, o que inclui também a Síndrome de Asperger.
O índice de acerto foi considerado altamente significativo, mesmo em se tratando de uma amostra tão pequena.
O exame analisa variações na forma e na estrutura de regiões cerebrais ligadas à linguagem e ao comportamento social, usando máquinas comuns de Ressonância Magnética por Imagens.
Como o exame é muito mais rápido (cerca de 15 minutos), acaba custando cerca de 5% do valor dos exames tradicionais, que podem exigir de 4 a 8 horas de trabalho de vários médicos.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

"Cérebro se protege contra ruído durante o sono."


A pesquisa publicada na revista Current Biologgy, investigou porque algumas pessoas são capazes de dormir em locais com muito ruído, enquanto outras tem sono leva, despertando por qualquer barulho.
A descoberta dos pesquisadores da Escola de Medicina de Harvard, nos EUA, é de que existe um padrão distinto nos ritmos cerebrais espontâneos naqueles que dormem pesadamente.
"Ao medir as ondas cerebrais durante o sono, pudemos aprender muito sobre a capacidade do cérebro de um indivíduo em bloquear os efeitos negativos dos sons. Observamos que, quanto mais fusos do sono o cérebro produz, mais chances a pessoa tem de continuar dormindo, mesmo em ambientes com ruídos, disse Jeffrey Ellenbogen.
Durante o sono as ondas cerebrais se tornam mais lentas e organizadas. Fusos do sono se referem aos breves picos de ondas de frequência mais elevada. Esses saltos de atividade são gerados pelo tálamo, região envolvida na integração das informações sensoriais".(com exceção do olfato.)
"O tálamo provavelmente evita que informações sensoriais cheguem a áreas do cérebro que percebem e reagem aos sons. O resultado de nosso estudo fornecem evidências de que os fusos do sono são marcadores para este bloqueio. Mais fusos significam mais sono estável, mesmo quando há ruídos", disse Ellenbogen.
Os cientistas esperam que o trabalho possa levar ao desenvolvimento de maneiras de aumentar os fusos do sono por meio de técnicas comportamentais, de medicamentos ou de dispositivos.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

"Compras por impulso e a neurociência."


Pesquisadores da Universidade de Vanderbilt, nos EUA, estudaram as atitudes compulsivas e chegaram a conclusão de que elas estão relacionadas ao déficit no modo como o cérebro regula o neurotransmissor dopamina.
A conclusão é importante, porque os traços de personalidade impulsiva são fortemente associados ao déficit de atenção, à hiperatividade ou a distúrbio de personalidade social, sendo que a impulsividade é um fator de risco para o desenvolvimento de abuso de substâncias químicas.
O entendimento sobre esta questão pode direcionar melhor o desenvolvimento de tratamento para a desordem da impulsividade, que afeta milhões de pessoas.
"O cérebro tem um número diferente de termostatos, que sentem o nível de certas substâncias químicas e ajustam sua produção", disse o doutorando em Neurociências Joshua Buckholtz, que trabalha auxiliando pelo professor adjunto de psicologia e psiquiatria da Universidade, David Zold.
"Nós mostramos que apenas um mecanismo de termostato- que libera a dopamina- está fora do normal em pessoas com alto nível de impulsividade", completou.
Pessoas impulsivas mostram um alto nível de dopamina em uma região do cérebro chamada striatum e uma baixa quantidade de um receptor para os neurônios da dopamina em uma região denominada mesencéfalo.
Como resultado, muita dopamina é produzida em determinadas regiões do cérebro associadas a recompensa e a motivação, às vezes aumentando a motivação em obter recompensas com comportamentos impulsivos.

domingo, 8 de agosto de 2010

"Estudos comprovam que treinamento, torna policial do BOPE mais preperado para lidar com situações limite."


Os cientistas do Laboratório de Mapeamento Cerebral e Integração Sensório-Motora, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), avaliaram durante 2 anos, através de testes, a capacidade de ação de uma unidade de excelência e definir de que forma a neurociência contribuiria na formação dos PMs e até na prevenção de erros cometidos no desempenho de suas funções.
No trabalho desenvolvido de 2007 a 2009, sete tipos de treinamento foram realizados, usando equipamentos criados pelos próprios pesquisadores.
"Com o estudo, podemos entender aspectos cerebrais de policiais e leva-los à melhor avaliação possível das situações, na tentativa de diminuir os índices de erros, como no caso do agente que confundiu a furadeira com uma arma", explicou o professor Pedro Ribeiro, coordenador do projeto.
Na avaliação, estes policiais, mostraram que podem exercer diversas funções simultâneas, ativando várias áreas do cérebro, diferente de outras pessoas. Isso porque com o treinamento, desenvolvem entre outras coisas, percepção, raciocínio rápido e capacidade de tomar decisões em situações extremas. Tudo sem perder o controle emocional.
Os aparelhos empregados na pesquisa continuam em uso pelo BOPE.
"Boa parte das falhas que policiais cometem tem a ver com a questão do treinamento. Fizemos os testes com uma unidade que tem um grau de performance excelente, justamente para mostrar que a diferença que essa capacitação exerce no desempenho do agente de segurança", disse o professor Ribeiro, ressaltando que um treinamento rigoroso pode evitar os chamados desvios de conduta. "Um policial bem treinado também ganha mais consciência da importância do seu trabalho e das consequências de seus atos. Logo, ele tende a evitar os erros", avalia o pesquisador.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

"Cientistas testam técnica para "ler" a mente de suspeitos."


O estudo feito por pesquisadores da Northwestern University, em Illinois, e publicado na revista Psychophysiology, revela que seus autores foram capazes de extrair informações "secretas" de voluntários com grande precisão.
A técnica se baseia na chamada atividade P300, sinais elétricos registrados no córtex cerebral.
Segundo os autores do estudo, quando uma pessoa tem "conhecimentos escondidos" recebe estímulos relevantes, ocorre um aumento na atividade p300 no seu cérebro.
Os participantes do estudo, 29 estudantes da Northwestern University, planejaram um ataque fictício com base em informações que receberam sobre bombas e armas letais. Para memorizar as informações, eles escreviam cartas detalhando o plano.
Meia hora depois, com eletrodos em suas cabeças, os participantes observaram telas de computador mostrando palavras, imagens ou sons.
As palavras Boston, Houston, Nova York, Chicago e Phoenix, por exemplo, foram exibidas na tela aleatoriamente.
Concluídos os testes, os pesquisadores constataram que o nome da cidade escolhida pelos participantes como alvo do ataque fictício evocou a maior atividade das ondas P300 no cérebro dos voluntários.
Segundo o professor de psicologia, J. Peter Rosenfeld, chefe do estudo, quando os pesquisadores sabiam de antemão os detalhes sobre o ataque fictício, foram capazes de identificar as ondas P300 em conexão com "informações culpadas" em 100% dos casos.
Mas, para o especialista, o que torna o estudo importante no mundo real é que mesmo quando os pesquisadores não sabiam de antemão os detalhes do ataque fictício, a técnica foi capaz de identificar informações secretas relevantes em mais de 80% dos casos.
"O teste foi 83% preciso na identificação de informações escondidas, o que indica que nosso procedimento complexo poderia identificar futuras atividades terroristas."
Os autores do estudo dizem que seu objetivo é criar um teste que permita que a polícia identifique detalhes como data, local e tipo de arma relativos a um ataque, com base em rumores e conversas entre suspeitos.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

"Confusão sonora e Dislexia."


Segundo neurocientistas da Universidade Northwestern, nos EUA, crianças com Dislexia tem dificuldade em diferenciar a lingua falada de outros ruídos.
Para eles a raiz do problema está no tronco encefálico: em crianças dislexicas essa área aparentemente não reage bem. Os pesquisadores estudaram 30 crianças com idade entre 8 e 13 anos, das quais metade sofria de distúrbios de leitura.
Os participantes assistiram a um filme escolhido por eles ao mesmo tempo ouviam a sílaba "da" no fone de ouvido. Com a ajuda de eletrodos os pesquisadores registraram a atividade cerebral das crianças.
Em um segundo teste, os voluntários repetiam frases inteiras que lhes eram ditas, e o volume do barulho que estava ao fundo, usado para distraí-los, aumentava gradativamente.
Os resultados foram os esperados: apesar de todas as crianças terem se concentrado no filme, o cérebro dos voluntários sem distúrbio permaneceu a sílaba pronunciada com grande exatidão, fato percebido pela linearidade do padrão do eletroencéfalograma (EEG). Em crianças com dislexia, esse sinal não ocorreu e o desempenho no segundo teste foi pior do que nos demais.
O tronco encefálico funciona como primeiro ponto de conversão de sinais acústicos depois que o ouvido interno transformou as ondas sonoras em impulsos elétricos. Crianças dislexicas aparentemente tem nesse estágio inicial do processamento sensorial problemas relevantes para diferenciar a fala de outros ruídos do ambiente, explica o neurocientista Bharath Chandrasekaran, coordenador do estudo.
Essas descobertas podem explicar os resultados de outros estudos que demonstraram que a dislexia muitas vezes surge associada a uma percepção acústica ruim da fala. Os pesquisadores sugerem que os professores podem ajudar crianças com esse distúrbio: alunos disléxicos deveriam sentar-se na frente do professor para acompanhar melhor a explicação e, em casos mais graves, usar aparelho auditivo adaptado.

"Neurocientista brasileiro recebe prêmio."


Miguel Nicolelis, é o primeiro pesquisador brasileiro a ganhar o mais importante incentivo americano da área de biomedicina.
Ele é professor da Universidade Duke, e é um dos ganhadores do prêmio Director's Pioneer Award, oferecido pelo programa de apoio a pesquisas, dos Institutos Nacionais de Saúde (NIH), dos Estados Unidos. O pesquisador receberá o auxilio de $2,5 milhões por cinco anos para expandir o seu trabalho sobre as interfaces entre o funcionamento cerebral e a máquina. O Director's Pioneer Award financia pesquisas consideradas de "criatividade excepcional e com propostas pioneiras", para desafios importantes nas pesquisas médica e comportamental.
Há mais de 20 anos, o cientista estuda os princípios neurofisiológicos básicos que permitem que circuitos neurais de mamíferos produzam comportamentos deflagrados por estímulos sensoriais, motores e cognitivos. Esse conhecimento tem possibilitado a evolução da tecnologia cérebro-máquina, um campo revolucionário, no qual Nicolelis é pioneiro.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

"Relação entre a Diabetes e Demências"


Foi apresentada na Conferência Internacional sobre o Alzheimer, realizada no Hawai, um estudo que trata da relação Demência e Diabetes.
O estudo relata que algumas pessoas com Diabetes desenvolvem doença vascular apontada como causa comum de Demência.
Para os pesquisadores da Clínica Mayo da Flórida e da Universidade da Califórnia, a Demência vascular observada em diabéticos, parece estar relacionada à doença de pequenos vasos sanguíneos e derrames. Assim, o neurologista Dr. Neill Graff-Radford afirmou que a Demência Vascular pode ser potencialmente evitada se o desenvolvimento da Diabetes é impedido.
No entanto, no que diz respeito a relação Diabetes e Alzheimer, o depósito de placas de beta-amilóide não parece ter influência da Diabetes. Nesse contexto, foram feitas relações entre 2 tipos diferentes de proteínas beta-amilóide em amostras de sangue de 211 pessoas com Demência e 403 sem Demência. Os achados corroboram com estudos de autópsia anteriores em pessoas com Diabetes e Demência, que encontraram anormalidade vasculares relacionadas à demência, mas não às placas e emaranhados características da Doença de Alzheimer.