sábado, 5 de novembro de 2011

"Pessoas em estado de tranquilidade gastam mais".



Um estudo realizado por americanos e asiáticos, comprovou o que empiricamente os cassinos já haviam descoberto. Pessoas que estão relaxadas gastam muito mais livremente do que aquelas que não estão muito à vontade.

Os pesquisadores induziram as mais de 670 pessoas avaliadas a determinados estados emocionais utilizando uma variedade de estímulos visuais e sonoros cuidadosamente escolhidos. Depois de serem induzidas a uma condição "relaxada" ou a uma "menos relaxada, mas igualmente agradável", as pessoas foram solicitadas a avaliar o valor monetário de diversos produtos.

Em todos os 6 experimentos conduzidos, as pessoas que se sentiam mais relaxadas atribuíam valores monetários mais elevados, ou seja, gastavam mais dinheiro.

Por que o relaxamento nos torna mais propensos à gastar? É que quando nos sentimos seguros, somos mais capazes de concentrar nossa atenção em todas as potenciais recompensas em jogo. Ao invés de nos preocuparmos com o preço, contemplamos as vantagens de termos determinados objetos.

O mesmo conceito adotado pelos novos cassinos, enfatizando a importância do relaxamento, já vem sendo adotado por diversos outros tipos de estabelecimentos, desde hotéis a shopping centers.

domingo, 30 de outubro de 2011

"Processos empáticos podem ser melhor compreendidos através da sinestesia."



A empatia é a capacidade que temos, em algum grau, de distinguir as emoções dos outros e de experimenta-las.

Pesquisadores da Universidade College de Londres, descobriram que pessoas com sinestesia espelho-toque ( uma condição rara, na qual indivíduos sentem toques que vêem os outros receberem como carícia e agressões), tem maior habilidade em reconhecer emoções ao olhar para fotografias de rostos.

Cientistas acreditam que esse tipo de sinestesia, seja causado, em parte, pelos neurônios espelhos que acredita-se estar associado a empatia social.

No estudo, mais de 20 voluntários participaram da pesquisa publicada em fevereiro no Journal of Neurocience. Todos tinham alguma forma de sinestesia ( dez deles do tipo espelho-toque). Eles foram convidados a reconhecer emoções como raiva, cansaço e tédio em fotografias de rostos. Resultado: aqueles com sinestesia espelho-toque, identificaram corretamente 92% das expressões faciais nas imagens, enquanto a média de acertos dos outros participantes foi de 81%. Entretanto na segunda etapa do experimento, que consistia em memorizar faces, todos os participantes tiveram desempenho semelhante.

Para Michael Banessy (neurocientista e um dos responsáveis pelo estudo) os resultados apontam que os circuitos neurais envolvidos no reconhecimento de emoções são diferentes dos que atuam na percepção da identidade facial.

"Isso indica que a capacidade de simulação somatossensorial é uma engrenagem importante na percepção de sentimentos do outro e no processo de empatia", diz.

A intenção dos pesquisadores é avaliar se esse "sistema de espelhamento" pode estar envolvido na aquisição de comportamentos aprendidos por imitação, como a linguagem, e se ele pode ser identificado em autistas.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

"Mapas cerebrais ajudam na orientação espacial".



Pesquisadores da Universidade da Pensilvânia, na Filadelfia, relataram que as pessoas se orientam com a ajuda de esquemas cognitivos, nos quais células neurais específicas são responsáveis pelo reconhecimento de locais e distâncias.

Eles descobriram pela primeira vez neurônios cuja atividade mostra em que direção fica o ponto final de um movimento.

O neurocientista Joshua Jacobs e seus colegas trabalharam com pacientes epiléticos, implantando-lhes finos eletrôdos no cérebro para obter um diagnóstico mais exato do foco epilético. Assim, os neurologistas puderam registrar os sinais de cada célula no córtex e no hipocampo, uma região que tem, entre outras funções, participar da memória espacial. Durante os testes, os voluntários dirigiam um táxi virtual até locais estipulados em um percurso circular no monitor do computador. Quanto mais a pessoa tinha de virar para a direita para olhar para a direção desejada, mais células corticais se agitavam. Outros neurônios por sua vez, se fortaleciam quando o movimento era para a esquerda.

Experimentos em ratos confirmaram a existência de outros tipos de células de navegação cujos sinais indicam, por exemplo, a distância a ser percorrida até outro local.

Neurônios do hipocampo, porém, reagem apenas quando nos encontramos em determinado lugar. Segundo Jacobs, os novos resultados indicam que o córtex processa as informações espaciais em um nível mais abstrato, enquanto o hipocampo as associa a espaços concretos.

sábado, 15 de outubro de 2011

"Nove sinais de possível início da Demência de Alzheimer."



1) Ter problemas para planejar coisas e manejar o dinheiro.

2) O juízo frente a certas situações se encontra afetado. Ex. Ultrapassar sinal vermelho, observar a comida queimando e não saber o que fazer...

3) Ter diabetes. O fato de ter diabetes dobra o risco da doença.

4) Não se lembrar do que comeu na refeição anterior.

5) Pisar com força na maioria dos semáforos. A dificuldade de diferenciar as luzes do semáforo, pode ser indicador, já que a doença interrompe a habilidade do cérebro para julgar a relação tempo-espaço.

6) Se tornar uma pessoa menos social.

7) Ficar nervoso com atividades cotidianas.

8) "Encontrar seu celular perdido na geladeira." Exemplos como este começam a se tornar frequante.

9) Confundir o nome dos objetos que vê.

Esses são sinais bem simples e básicos, que podem indicar que a demência está se instalando. O diagnóstico precoce pode ser importante na medida que pode-se, hoje em dia, retardar o processo degenerativo.

domingo, 2 de outubro de 2011

"A fadiga de decidir"



Em um estudo publicado no periódico Proceedings of the National Academy of Sciences e realizado por pesquisadores da Ben-Gurion University, em Israel, e da Universidade Stanford, a rotina de juízes experientes foi acompanhada por um ano.

Os cientistas Jonathan Levav e Shai Danziger chegaram a analisar mais de 1100 julgamentos. Em média, foi concedido um de cada três pedidos de liberdade condicional. No entanto, foram libertados cerca de 70% dos prisioneiros julgados pela manhã, contra 10% dos que receberam a sentença no final da tarde. Segundo os pesquisadores, os réus foram ajudados ou prejudicados pela chamada "fadiga de decidir" (decision fatigue), termo cunhado pelo psicólogo Ray Baumeister, da Universidade Estadual da Flórida. Para o psicólogo, a "força de vontade"necessária para evitar recompensas imediatas depende de atividades mentais que exigem a tranferência de energia. Ou seja, após um dia cansativo de trabalho, é muito mais difícil tomar iniciativas mais simples, como resistir ao desejo de comer uma caixa de doces, ou mais complicadas, como julgar a inocência de alguém.

domingo, 25 de setembro de 2011

"Solucionamos melhor os problemas que não são nossos"



Pesquisadores da Universidade de Nova York, entre eles, Evan Polman e Kyle Enick, realizaram uma série de testes e descobriram que somos mais criativos quando temos de resolver problemas dos outros. Tudo por causa da chamada distância social.

Anteriormente pesquisadores já haviam demonstrado que uma maior distancia temporal e física nos ajuda a pensar de forma mais abstrata. Assim, conseguimos solucionar mais facilmente um problema quando imaginamos confrontados por eles em um lugar distante e em um tempo futuro. Agora, Polman e Emich descobriram que a distancia social pode ter o mesmo benefício psicológico.

O estudo foi realizado com centenas de voluntários e realizado em várias etapas. Na primeira, os participantes tiveram que desenhar alienígenas para estórias que eles mesmos escreviam e para estórias dos outros.

Os desenhos mais criativos foram aqueles feitos para as tramas alheias. Em outra etapa, os cientistas testaram a distancia psicológica. Descobriu-se que é mais fácil ter idéias para completos desconhecidos do que para pessoas que tem alguma coisa em comum com você. (a mesma data de nascimento, por exemplo.)

Depois, o pessoal teve que resolver um desafio hipotético de escapar de uma torre. Os voluntários que imaginavam a si mesmos na situação, tiveram 48% de sucesso. Quando pensavam que o problema eram com os outros, a porcentagem chegou a 66%. E as soluções criadas também foram mais criativas nesse caso.

A descoberta da eficiência da distancia psicológica foi comemorada. "Saber disso é valioso não apenas para os pesquisadores em psicologia social, tomada de decisão, marketing e gestão, mas também deve ser de interesse considerável para os negociadores, gerentes, designer de produtos, marketing e anunciantes, entre muitos outros", disseram eles.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

"A área cerebral para julgar e punir são distintas."



Segundo uma pesquisa publicada pela revista científica Neuron, a elaboração do processo de julgar e punir, ocorrem em duas áreas distintas: uma ligada a análise lógica e racionais e outra vinculada às emoções.

Um grupo de pesquisa, composto por juristas e neurocientistas da Universidade Vanderbult, no Tennessee, mostrou diversas reconstituições de crimes e explicou para os voluntários o delito cometido, as condições sócio-ambientais e as relações entre as pessoas envolvidas. Com base nessas informações, os participantes deveriam dar seu veredicto e indicar uma punição que variava de zero (nenhuma), a nove (máxima). Enquanto isso, tinham o cérebro monitorado por meio de Ressonância Magnética Funcional (fMRI). Após avaliar os resultados, os pesquisadores observaram que o córtex pré-frontal dorsolateral direito, ligado ao pensamento analítico, fora ativado quando as pessoas estavam pensando sobre a culpa do acusado- e quanto mais os voluntários acreditavam que o réu realmente havia cometido o crime, mais intensa era a ativação. Na hora de determinar a punição, porém foram acionadas a amígdala e o córtex cingulado, região normalmente acessadas quando as pessoas se sentem injustiçadas- o que mostra sua tendência a se identificar com a situação.

A conclusão indica que os julgamentos não são feitos de forma completamente racional, o que pode alterar o desfecho de uma situação, dependendo o grau de empatia que o juíz sente pelo réu.