sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

"O cérebro produz analgésico natural".


Os otimistas não estão mais sozinhos quando defendem "o poder da mente sobre a matéria". Um estudo bastante conclusivo afirma que razões químicas explicam os efeitos dos placebos, pelo menos em se tratando de seus efeitos no alívio das dores.
Jon-Kar Zubieta, neurocientista da Universidade de Michigan, que dirigiu a pesquisa, diz que as pessoas produzem um analgésico natural no cérebro quando esperam sentir alívio das dores. Os pesquisadores aplicaram no maxilar de voluntários uma injeção lenta e inofensiva de uma solução salina que causava um pouco de dor. Quando a injeção começava, os voluntários avaliavam seu nível de dor. À medida que ela continuava, os pesquisadores diziam que haviam acabado de adicionar um soro analgésico à solução- o que era mentira. Novamente foi pedido aos voluntários que avaliassem a dor que sentiam.
Durante o experimento, os voluntários tiveram o cérebro escaneado com tomografia por emissão de pósitrons. O neurocientista mostrou que nas pessoas que diziam que a dor havia diminuído, certas regiões do cérebro produziram endorfinas que aliviavam a sensação dolorosa. As pessoas que esperavam sentir alívio, conseguiram produzir de fato esse alívio.
Os resultados indicam "novos caminhos para entender a dor como uma experiência complexa moderada por um tipo de mecanismo emocional", segundo Zubieta. Se a mente pode induzir mudanças químicas no cérebro, psicólogos e médicos talvez possam criar meios do organismo produzir remédios naturais por meio de sugestionamento. "A ideia é aproveitar esses mecanismos", explica Zubieta. "Queremos tornar as pessoas mais alegres e capazes de superar uma experiência negativa. "Se eficaz, a nova abordagem pode ser testada em uma grande variedade de doenças".

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