Mesmo anos depois da adoção, crianças abandonadas ou negligênciadas podem apresentar problemas de adaptação social. Se os primeiros anos foram vividos em instituições, é possível que desenvolvam dificuldades para criar laços duradouros e íntimos. O psicólogo americano Seth Polack, da Universidade de Wisconsin, aponta causas biológicas muito concretas para que isso ocorra: a falta de oxitocina e vasopressina- dois neuro-hormônios que influenciam fortemente o estado emocional.
Polack observou, 18 órfãos brincando no colo de suas mães adotivas, enquanto elas lhes faziam cócegas, contaram seus dedos e sussurraram gracejos. Em seguida, o psicólogo comparou a taxa de neuropeptídeos presentes na urina das crianças com valores obtidos em exames de 21 crianças da mesma idade sob os cuidados de pais biológicos. Crianças adotivas em geral, apresentavam menor quantidade de vasopressina no sangue. Além disso, a taxa de oxitocina não se elevava após a brincadeira, diferentemente do que acontecia com as crianças do grupo de comparação. O psicólogo atribui os resultados a experiências anteriores dos órfãos que nos primeiros meses de vida tinham recebido pouca atenção.
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