quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

"Marcadores genéticos do pânico"


Milhões de pessoas no mundo sofrem ataques de pânico, caracterizados por temor súbito acompanhado de batimentos cardíacos acelerado, naúseas, tremor, entorpecimento, suores ou respiração ofegante. Muitos acabam no pronto-socorro, acreditando tratar-se de um enfarte.
Além disso, um terço dos pacientes que, com dor no peito atípica, consultam um cardiologista, sofre na verdade de síndrome do pânico não diagnosticada. Atualmente os cientistas tentam identificar marcadores genéticos que ajudem a prever quem tem tendência à síndrome.
Para tanto, pesquisadores da Universidade de Colúmbia seguem a pista dos genes de animais que sofrem de pânico e buscam genes parecidos nas pessoas com graus variados de problemas. Testes recentes com animais apontam para pontos interessantes, chamados de hot spots, em diversos cromossomos. Sua localização levou Myrna Weissman e Eric R. Kandel a procurar marcadores genéticos em voluntários. Outros pesquisadores relacionaram os genes COMT e o Adora2A ao transtorno de pânico em humanos, mas dezenas de genes podem estar envolvidos. Pessoas que tem parentes próximos com pânico correm o risco cinco vezes mais de desencadear também. O conhecimento dos genes ajudará a desvendar as causas bioquímicas da síndrome e auxiliará no diagnóstico. Atualmente, uma vítima vai em média a 10 médicos antes de obter o diagnóstico correto.

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