No campo das Neurociências, uma das grandes descobertas da última década é a de que o carinho tem enorme impacto sobre o cérebro.
De acordo com Suzana Herculano-Houzel, neurocientista e professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
"Estudos recentes mostram que relações estáveis estimulam a saúde mental e física e até prolongam a vida. Pesquisa da Escola de saúde pública de Harward, em Boston, mostrou que homens idosos com muitos amigos tem no sangue uma concentração muito menor da interleucina-6 (que causa a inflamação e é considerada fator de risco para doenças cardiovasculares), em comparação aos mais solitários.
Pesquisas também revelam que pessoas que cultivam relacionamentos conjugais harmoniosos e/ou tem pessoas com que de fato podem contar adoecem menos e vivem mais do que as que tem poucos relacionamentos afetivos. O carinho, este tipo particular de toque, com pressão moderada e movimento lento sobre a pele, é detectado por fibras neurais, que levam a informação à ínsula. À partir daí, os efeitos são distribuídos pelo cérebro: o hipotálamo diminui os níveis corporais de hormônio do stress. Os músculos relaxam e, ao sentir o corpo menos tenso, o cérebro também relaxa. Com menos stress para o corpo o cérebro aumenta a sensação de bem estar. Com o tempo, os neurônios do hipocampo são mantidos mais saudáveis, já que sua atrofia ao longo dos anos adultos é diretamente relacionada ao stress- incluindo a solidão.
Vamos estimular o toque, introduzindo-o na rotina do idoso o carinho frequente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário