Mulheres que fizeram cirurgia para remoção de ovários antes da menopausa correm mais risco de desenvolver problemas de memória e demências, segundo estudo realizado por pesquisadores da Clínica Mayo em Rochester e publicado na Neurology. Participaram da pesquisa cerca de 1500 mulheres que por diversas razões, passaram por cirurgia de remoção de ovários e não fizeram reposição hormonal.
Elas foram acompanhadas por 27 anos, período durante o qual foram feitos exames ginecológicos e entrevistas regulares para avaliar a função cognitiva.
Os resultados mostraram que o risco de desenvolver problemas cognitivos ou demência era quase 2 vezes maior nas voluntárias que tiveram um ou ambos os ovários removidos antes de atingirem a menopausa, em comparação às mulheres que não foram a esse tipo de intervenção. Além disso, quanto mais jovem a paciente na ocasião da cirurgia, maior o risco de demência depois dos 65 anos de idade.
As evidências apontam para o papel do estrógeno na proteção do tecido nervoso e da reposição hormonal na prevenção da degeneração anatômica e funcional, algo que deve ser objeto de novos estudos. Os autores advertem que o tema é delicado, uma vez que as pesquisas anteriores já demonstraram que, em algumas mulheres, o uso de estrógeno está associado a maior risco de câncer e, acima dos 65 anos, pode ter efeito negativo sobre a memória.
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