quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

"A privação crônica do sono, não se recupera no fim de semana."


Um estudo publicado na "Science Translational Medicine", demonstra que ficar uma noite sem dormir, causa um impacto menor no rendimento e na atenção, do que dormir menos de 6 horas por dia durante duas semanas.
No estudo liderado por Daniel A. Cohen, do Brigham and Women's Hospital, em Boston, nos EUA, foram avaliados dados diários de 9 homens e mulheres saudáveis, com idade entre 21 e 34 anos. Os voluntários foram submetidos a um programa de 3 semanas de sono/vigília que os obrigava a permanecer despertos 33horas e descansarem 10horas.
Esta rotina de privação cronica de sono, simula, por exemplo, o horário típico de um policial ou médico que trabalha nos serviços de emergência, pois os participantes dormiam apenas 5,6 horas a cada período de 24h. O grupo controle, dormia um horário mais "normal" 8 horas diárias.
Os pesquisadores verificaram que, imediatamente após o período de sono de 10 horas, os participantes privados de sono, apresentavam um rendimento dentro dos parâmetros normais nos testes de avaliação da função cognitiva e tempo de reação. Contudo, à medida que o estudo avançava, começou a diminuir a capacidade dos participantes crônicamente privados de sono, de recuperar a função cognitiva com as 10 horas de sono.
As capacidades motoras, de concentração e atenção, e a capacidade de permanecer alerta, debilitavam-se no período subsequente às 33 horas de vigília.
O estudo lança um alerta aos profissionais cujas atividades requerem atenção contínua, mas nas quais há o hábito de dormir pouco ou de trabalhar à noite.
"Essas pessoas precisam entender que menos de 6 horas diárias de sono por mais de 2 semanas, causam um impacto muito maior no desempenho do que uma noite passada em claro(...), e não se recupera durante 1 ou 2 dias", afirma Daniel Cohen.

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