Pesquisa realizada na Universidade de Washington, nos EUA, descobriu novos indícios que a Doença de Parkinson pode ter origem infecciosa ou autoimune. A novidade foi publicada esta semana na revista Nature Genetics.
O estudo identificou uma relação genética entre o sistema imunológico e a doença progressiva e incurável.
Os pesquisadores examinaram mais de 2000 pacientes com Parkinson em 4 estados norte-americanos e outros 2000 voluntários sem doença.
Foram avaliados fatores clínicos, genéticos e ambientais que poderiam contribuir para o desenvolvimento e a progressão da doença e de suas complicações. Alguns foram acompanhados por mais de 20 anos.
"Durante o tempo da pesquisa, encontramos pistas sutis de que a função imune poderia estar ligada ao Parkinson. Agora, temos indícios muito mais convincentes disso e uma idéia bem definida de quais partes do sistema imunológico podem estar envolvidos", disse Cyrus Zabetian, um dos autores da pesquisa.
Os pesquisadores descobriram uma nova associação da doença com a região HLA( sigla em ingles para ("antígenos leucocitários em humanos) que contém um grande números de genes relacionados à função imunológica em humanos.
Certas variantes do HLA estão associadas com o aumento no risco ou na proteção contra doenças infecciosas, enquanto outras podem induzir distúrbios nos quais o sistema imunológico ataca tecidos do próprio corpo.
Esclerose múltipla, uma doença neurológica causada pela autoimunidade, também está associada com os HLA. O estudo observou que a variante genética associada com a Doença de Parkinson está na mesma região que a ligada à esclerose.
De acordo com a pesquisa, investigar a conexão entre Parkinson e inflamações, especialmente no contexto de um marcador genético variável, pode levar ao desenvolvimento de medicamentos melhores e mais seletivos para o tratamento da doença.
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