sexta-feira, 6 de agosto de 2010

"Cientistas testam técnica para "ler" a mente de suspeitos."


O estudo feito por pesquisadores da Northwestern University, em Illinois, e publicado na revista Psychophysiology, revela que seus autores foram capazes de extrair informações "secretas" de voluntários com grande precisão.
A técnica se baseia na chamada atividade P300, sinais elétricos registrados no córtex cerebral.
Segundo os autores do estudo, quando uma pessoa tem "conhecimentos escondidos" recebe estímulos relevantes, ocorre um aumento na atividade p300 no seu cérebro.
Os participantes do estudo, 29 estudantes da Northwestern University, planejaram um ataque fictício com base em informações que receberam sobre bombas e armas letais. Para memorizar as informações, eles escreviam cartas detalhando o plano.
Meia hora depois, com eletrodos em suas cabeças, os participantes observaram telas de computador mostrando palavras, imagens ou sons.
As palavras Boston, Houston, Nova York, Chicago e Phoenix, por exemplo, foram exibidas na tela aleatoriamente.
Concluídos os testes, os pesquisadores constataram que o nome da cidade escolhida pelos participantes como alvo do ataque fictício evocou a maior atividade das ondas P300 no cérebro dos voluntários.
Segundo o professor de psicologia, J. Peter Rosenfeld, chefe do estudo, quando os pesquisadores sabiam de antemão os detalhes sobre o ataque fictício, foram capazes de identificar as ondas P300 em conexão com "informações culpadas" em 100% dos casos.
Mas, para o especialista, o que torna o estudo importante no mundo real é que mesmo quando os pesquisadores não sabiam de antemão os detalhes do ataque fictício, a técnica foi capaz de identificar informações secretas relevantes em mais de 80% dos casos.
"O teste foi 83% preciso na identificação de informações escondidas, o que indica que nosso procedimento complexo poderia identificar futuras atividades terroristas."
Os autores do estudo dizem que seu objetivo é criar um teste que permita que a polícia identifique detalhes como data, local e tipo de arma relativos a um ataque, com base em rumores e conversas entre suspeitos.

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