Os cientistas do Laboratório de Mapeamento Cerebral e Integração Sensório-Motora, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), avaliaram durante 2 anos, através de testes, a capacidade de ação de uma unidade de excelência e definir de que forma a neurociência contribuiria na formação dos PMs e até na prevenção de erros cometidos no desempenho de suas funções.
No trabalho desenvolvido de 2007 a 2009, sete tipos de treinamento foram realizados, usando equipamentos criados pelos próprios pesquisadores.
"Com o estudo, podemos entender aspectos cerebrais de policiais e leva-los à melhor avaliação possível das situações, na tentativa de diminuir os índices de erros, como no caso do agente que confundiu a furadeira com uma arma", explicou o professor Pedro Ribeiro, coordenador do projeto.
Na avaliação, estes policiais, mostraram que podem exercer diversas funções simultâneas, ativando várias áreas do cérebro, diferente de outras pessoas. Isso porque com o treinamento, desenvolvem entre outras coisas, percepção, raciocínio rápido e capacidade de tomar decisões em situações extremas. Tudo sem perder o controle emocional.
Os aparelhos empregados na pesquisa continuam em uso pelo BOPE.
"Boa parte das falhas que policiais cometem tem a ver com a questão do treinamento. Fizemos os testes com uma unidade que tem um grau de performance excelente, justamente para mostrar que a diferença que essa capacitação exerce no desempenho do agente de segurança", disse o professor Ribeiro, ressaltando que um treinamento rigoroso pode evitar os chamados desvios de conduta. "Um policial bem treinado também ganha mais consciência da importância do seu trabalho e das consequências de seus atos. Logo, ele tende a evitar os erros", avalia o pesquisador.
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