terça-feira, 30 de março de 2010

"Conscientização sobre o dia do Autismo."


No dia primeiro de abril, o prédio Empire State, em Nova York, estará aceso com luzes azuis para a conscientização sobre o Dia do Autismo, celebrado no dia 2 de abril. A festa está sendo divulgada no mundo todo, para que as pessoas possam acender uma luz azul em suas casas.
Aqui estão algumas idéias que você pode fazer para ajudar nessa conscientização:
- Usar um pingente azul com o desenho de uma peça de quebra cabeça durante todo o mês de abril, e quando as pessoas perguntarem para você, fale sobre o autismo e o motivo de estar usando.
- Mudar as fotos do Orkut e perfil no Twiter ou Facebook com a peça de quebra cabeça azul ou com o logo da campanha "Light it up blue" e repassar para 10 amigos.
-Digitar todos os e-mails em azul e colocar o logo "Light it up blue" na assinatura durante todo o mês de abril.
No dia 2 de abril, vestir uma peça de roupa azul, camiseta ou calça e pedir para seus amigos, familiares ou colegas de trabalho para vestir também, tirar fotos e repassa-las.
Igrejas e Congregações podem avisar os responsáveis para que falem do dia em seus cultos, missas, celebrações etc...
Existem várias maneiras de participar! O importante é fazer a nossa parte para divulgar o máximo sobre o autismo. Assim, vamos ajudar na conscientização das pessoas e, consequentemente conseguir um futuro melhor para muitas crianças autistas.

"Mau humor frequente, pode ser Distimia"


O mau humor pode ser ocasional, gerado por circunstâncias que esbarram nos limites individuais como fome, sono e cansaço. Mas quando o mau humor se torna frequente, existe a possibilidade de ser uma doença psiquiátrica: a Distimia, um estado depressivo, com falta de prazer, de alegria e que dura por pelo menos 2 anos. "A doença não chega a impedir alguém de realizar atividades diárias", explica Frederico Porto, médico psiquiatra e nutrólogo.
O mal humorado está sempre reclamando e vê somente o lado negativo de tudo. "Os sintomas da distimia e da depressão são os mesmos, porém menos intenso. Assim como outros transtornos de humor, a distimia tem um traço genético e acontece 2 vezes mais em mulheres", diz Porto.
Os distímicos tem mais chance de desenvolver um quadro depressivo grave. "Muitas vezes o processo se inicia lentamente. A pessoa não se lembra quando começou, se na infância ou adolescência e ela pode achar que isso é normal e não procurar tratamento", alerta o psiquiatra.
Normalmente os distímicos são tratados com medicamento, junto à psicoterapia. "O paciente aprende a criar hábitos saudáveis, que melhoram o humor, como atividade física, técnicas de relaxamento e métodos para lidar com pensamentos e crenças negativas. Quando isso acontece, o medicamento pode ser suspenso", explica Porto.

sábado, 27 de março de 2010

"4% da população são psicopatas, segundo psiquiatra."


Segundo, Ana Beatriz Barbosa Silva, autora do livro: "Mentes Perigosas- o psicopata mora ao lado", a cada 25 pessoas 1 é perversa, desprovida de culpa, e capaz de passar por cima de qualquer ser humano para satisfazer seus próprios interesses. Os psicopatas são 4% da população, e não tem cura para eles.
Segundo a médica psiquiatra, estes indivíduos tem um deficit no campo das emoções; é incapaz de sentir amor ou compaixão e é indiferente em relação ao próximo. Ele não é capaz de se colocar no lugar do outro e tentar sentir a dor que ele provocou. Mas o problema dele não é cognitivo a razão funciona bem e ele tem a capacidade plena de distinguir o que é certo e o que é errado. Ele tem certeza que está infringindo a lei, mas não se importa com isso, e até calcula os danos para saber o custo-benefício da ação.
O psicopata já nasce com uma predisposição genética à manifestação desse tipo de comportamento de indiferença afetiva. "O sistema emocional do psicopata vem desconectado e não conecta novamente. Não tem cura até o momento, segundo a psiquiatra. A manifestação da doença pode ser aumentada ou diminuída.
Existem 3 tipos:
- o leve, que aplica os famosos golpes 171( estelionato ou fraude), e acaba lesando 1 pessoa.
- o moderado, que aplica o mesmo golpe, porém em uma esfera social mais alta( como o superfaturamento na compra de remédios para o sistema de saúde pública), e acaba lesando milhares de pessoas.
- o grave, que seria o serial killer, o assassino para quem não basta matar, tem que haver atos de crueldade. ´
Esse último tipo, porém é raro. Dos 4% da população, 1% é grave e 3% são leves ou moderados.
Segundo a médica," o grande tratamento para os psicopatas é a postura que temos com essas pessoas, a grande arma da sociedade, é não tolerar a impunidade".

sexta-feira, 26 de março de 2010

"Psicoterapia é eficaz para o tratamento de doença auto-imune


Um estudo publicado no último exemplar da revista científica "Psychoterapy and Psychosomatics", e realizado por um grupo de cientistas espanhóis, demonstrou que a terapia cognitivo comportamental(TCC), apresenta eficácia no tratamento de pacientes que sofrem de lúpus e altos níveis de estresse diário.
A realização da terapia cognitiva comportamental, reduz, significativamente a incidência de distúrbios psicológicos e melhora a qualidade de vida dos pacientes.
Esses ganhos ocorrem, ainda que , ressaltam os pesquisadores, o tratamento psicoterápico não resulte em redução significativa do índice de atividade do lúpus eritematoso sistêmico.
O estresse crônico piora a qualidade de vida dos pacientes com lúpus, afetando o seu estado físico e psicológico.
Quarenta e cinco pacientes com lúpus e alto nível de estresse diário foram aleatóriamente designados para um grupo controle ou para uma terapia de grupo.
O segundo grupo submeteu-se a terapia cognitivo-comportamental, que constituiu em 10 sessões semanais consecutivas.
Foram avaliados 4 variáveis afetando os dois grupo: (1) stress, ansiedade, depressão, (2) índice de atividade do lúpus eritomatoso sistêmico, sintomas somáticos e número de manchas, (3) anti-corpos anti n DNA, frações de complemento C3 e C4 e (4) a qualidade de vida.
As variáveis foram avaliadas no início do estudo e , a seguir, aos 3, 9 e 15 meses.
Os pesquisadores verificaram uma redução significativa do nível de depressão, ansiedade e stress diário no grupo que recebeu a psicoterapia, além de uma melhoria significativa na qualidade de vida e redução nos sintomas somáticos durante todo o período de acompanhamento.
Também foram verificadas alterações significativas nos parâmetros imunológicos e na incidência dos distúrbios psicológicos, levando os cientistas a recomendarem a terapia cognitivo-comportamental para o tratamento do lúpus eritematoso sistêmico.
Ainda que a redução do índice de atividade da doença tenha sido pequeno, o bem estar dos pacientes melhorou significativamente.

"O sistema imunológico é fortalecido pelo otimismo."


Um estudo conduzido pelas especialistas em psicologia clínica Suzanne Segustrom, da Unuversidade de Kentucky, e Sandra Sephton, da Universidade de Louisville, verificaram que as expectativas dos estudantes em relação ao futuro afetaram sua resposta imunológica.
Estudos anteriores já haviam concluído que as pessoas que são otimistas em relação à saúde em geral respondem melhor a tratamentos médicos.
Foi constatado, por exemplo, que pacientes de transplante cardíacos com perspectivas positivas em relação ao resultado da operação, normalmente se recuperam melhor da cirurgia.
Neste estudo, as pesquisadoras recrutaram 124 estudantes do primeiro ano do curso de Direito, antes do início das aulas.
Os alunos foram avaliados cinco vezes, durante seis meses e a cada vez, respondiam perguntas sobre o quão otimistas se sentiam em relação ao curso.
Os alunos então, recebiam uma injeção para provocar no local da incisão, uma reação imunológica.
Dois dias depois eles retornavam para que a reação fosse avaliada. Quanto maior o "calombo", provocado na pele, mais forte tinha sido a resposta imunológica.
Nesta experiência foi medida apenas a resposta da parte do sistema iminológico que reage a infecções virais e a algumas infecções bacterianas.
As cientistas constataram que a resposta variava em um mesmo aluno, à medida que sua percepção sobre o sucesso do curso mudava.
Nos momentos de mais otimismo, os estudantes apresentavam respostas mais fortes, em épocas mais pessimistas, a resposta imunológica era mais fraca.
A conclusão das autoras do estudo, publicado na revista especializada "Pshychological Science", é que o otimismo em relação a um objetivo específico importante na vida de uma pessoa, pode ajuda-la a incrementar sua imunidade contra algumas infecções.

terça-feira, 23 de março de 2010

"A sensação de anonimato que os óculos escuros provocam, podem levar a desonestidade."


Uma pesquisa publicada na Revista Psychological Science, realizada por um grupo de cientistas canadenses e norte-americanos mostra que uma sensação de escuridão- que pode ser induzida pelo simples ato de usar óculos escuros- pode gerar uma sensação ilusória de anonimato, levando a uma maior incidência de comportamentos desonestos.
A pesquisa mostra que os adultos parecem ter a mesma sensação que as crianças que brincam de esconde-esconde e fecham os olhos por acreditarem que assim seus colegas não poderão vê-las.
Os experimentos mostraram que a sensação de escuridão, mesmo a sutil "escuridão" oferecida por um óculos de sol, desencadeia a crença de que estamos imunes à atenção dos outros e à sua inspeção, abrindo caminho para as atitudes antiéticas.
Os cientistas Chen-Bo Zhong e Vanessa K. Bohns, da Universidade de Toronto, e Francesca Gino, da Universidade da Carolina do norte, realizaram 3 experimentos para testar se a escuridão pode induzir comportamentos desonestos e egoístas.
No primeiro experimento, os participantes foram divididos em uma sala bem iluminada e outra mal iluminada. Os dois grupos receberam um exercício matemático para o qual, a cada resposta correta que encontrassem poderiam retirar $0,50 de um envelope.
Embora não tenha havido diferença de desempenho real entre os dois grupos, os participantes da "sala escura", ganharam mais dinheiro, ou seja, eles pegaram mesmo quando não tinham direito a ele.
No segundo experimento, um grupo de participantes recebeu um par de óculos escuros e o outro recebeu óculos claros.
Cada pessoa tinha 6 dólares, que deveriam ser alocados para si próprio ou para um estranho pedinte muito ostensivo, o que não fosse doado ficaria para ela. Os participantes que usavam óculos escuros foram mais egoístas, doando significativamente menos do que aqueles que usavam óculos claros.
No terceiro exemplo, os cientistas repetiram a experiência anterior e então mediram o grau em que os participantes se sentiram anônimos durante a tarefa. Mais uma vez, os usuários de óculos escuros deram significativamente menos dinheiro e, além disso, os que usavam óculos de sol, relataram o sentimento de anonimato durante o experimento.
Em todos os três experimentos, a sensação de escuridão não teve qualquer influência sobre o anonimato real, mas aumentou a incidência de comportamentos moralmente questionáveis.

sexta-feira, 19 de março de 2010

"A hereditariedade no risco do AVC"


Um estudo publicado na revista "Circulation", revela que se o pai teve um acidente vascular cerebral (AVC) aos 65 anos, o filho tem uma probabilidade quatro vezes maior de ter o mesmo problema quando chegar a esta idade.
A equipe de investigadores é da Boston University, nos EUA, e tem como líder, Sudha Seshadri.
A equipe reuniu dados de 3443 pessoas (de duas gerações), que participaram no Framingham Heart Study. Na história clínica dos progenitores destes participantes, existiam 106 casos de AVC por volta dos 65 anos. Entre os atuais participantes, 128 sofreram um AVC ao longo do estudo, que durou 40 anos.
Depois de terem em conta os fatores de risco habituais para o AVC, os investigadores verificaram que aquele cujo pai tinha sofrido um AVC aos 65 anos, tinham o dobro de risco de também sofrerem da condição em qualquer idade,mas o risco quadruplicava aos 65 anos. Além disso, os cientistas também verificarm que essa relação era ainda mais acentuada entre mães e filhas.
Existem muitos fatores de risco para o AVC, tais como hipertensão, obesidade, e tabagismo, que podem ser alterados com as mudanças de comportamento. Contudo, o mesmo não acontece com o caso da hereditariedade.
Sudha Seshadri, diz que estes "antecedentes familiares", podem ser um incentivo para que os pacientes façam melhor controle da pressão arterial e glicemia, para que deixem de fumar, realizem exercícios físicos e mantenham o peso saudável.

"Mudanças cerebrais podem ser induzidas de forma voluntária."


Cientistas de Universidade de Londres, na Inglaterra, provaram pela primeira vez a ocorrência de mudanças no cérebro humano causados por ondas cerebrais naturais, induzidas por treinamento.
As mudanças significativas na neuroplasticidade do cérebro foram observadas após a formação de ondas cerebrais alfa. Os pesquisadores demonstraram que meia hora de controle voluntário dos ritmos do cérebro é suficiente para induzir uma mudança duradoura na excitabilidade cortical e na função intracortical ou medular.
Depois de décadas difundindo a imagem do cérebro como sendo uma máquina da qual a mente emerge (determinismo químico), os cientistas agora já colecionam uma longa lista de achados que mostram que a "maquina cerebral" é ela própria influenciada, e até moldada, pela consciência, ou pela mente, embora estejamos longe de ter uma conceituação amplamente aceita do que seja mente.
Na pesquisa os cientistas utilizaram sensores conhecidos como estimuladores magnéticos transcranianos (TMS), não invasivos para rastrear se qualquer mudança tangível na função cortical ocorreria em resposta a uma única sessão de auto-regulação das ondas cerebrais.
O experimento foi feito com a aplicação de um rápido pulso magnético externamente ao couro cabeludo para estimular o córtex motor, produzindo uma contração muscular que se manteve proporcional ao nível da capacidade de resposta neural do córtex.
Os cientistas observaram que a resposta cortical que se segue à ativação pelo neurofeedback foi significativamente melhorada e acompanhada por uma desinibição da função sináptica intracortical de até 150%.
Tais efeitos persistiram pelo menos 20 minutos após o término do treinamento, um período indicativo de mudança da neuroplásticidade.
Os resultados da pesquisa foram publicados no importante European Journal of Neuroscience.
A atual descoberta pode ter implicações importantes para futuras terapias não farmacológicas para desordens cerebrais associadas a ritmos corticais anormais.

quarta-feira, 17 de março de 2010

"O uso da tecnologia para quem convive com o Parkinson."


O tratamento médico e o ambiente em que vive o paciente com Parkinson, tem papel fundamental no desenvolvimento da doença.
Estar cercado de cuidados pode, muitas vezes, reduzir espantosamente os sintomas psíquicos, e a fisioterapia regular, estimula a capacidade de movimentação.
A indústria oferece sistemas ópticos para reduzir o grande risco de quedas. Um sistema chamado "ParkAid", é integrado em óculos especiais, e projeta desenhos gráficos no campo de visão do paciente a fim de facilitar a sua orientação espacial.
A IBM desenvolveu um mouse especial que possibilita aos pacientes trabalhar ao computador sem tremores.
Na Universidade de Düsseldorf, o grupo coordenado por Alfons Schnitzler, trabalha com técnicas de vídeo, onde os pesquisadores instalaram câmeras no apartamento de 100 pacientes e são monitorados à distância pelo médico 4 vezes ao dia, o que faz com que ele possa decidir se os sintomas se modificaram. Se este for o caso, então a dose de medicamentos provavelmente precisa ser readequada. Na situação de clínica este ajuste leva duas semanas, o que aumenta demais os custos.

terça-feira, 16 de março de 2010

"As diferentes características das diferentes demências."


Existem várias composições de sintomas diferentes, dependendo da forma de demência considerada. Quando estamos diante de um paciente idoso cuja manifestação mais importante é a alteração de memória, torna-se obrigatório pensarmos na Doença de Alzheimer, caracterizada por comprometimento precoce do sistema límbico.
Quando o sintoma mais evidente é a lentidão de processamento cognitivo, devemos associar com as demências subcorticais, aquelas encontradas na Doença de Parkinson, na Doença de Huntington ou ainda na demência causada pela AIDS. Por outro lado, quando as alterações de comportamento se destacam num cenário de preservação de outras funções cognitivas como memória e função visoespaciais, impõe-se o diagnóstico de Demência Frontotemporal.
No caso onde os distúrbios de Linguagem aparece precocemente e constitui a Síndrome mais marcante, dominando o conjunto de sintomas, pode-se pensar nas afasias primárias ou em alguns subtipos mais raros da doença Frontotemporal ou ou da Doença de Alzheimer. Se prevalecer a incapacidade de efetuar determinados movimentos sob comando (apraxia) ou de reconhecer e distinguir estímulos sensoriais(agnosias), deve-se pensar no diagnóstico de Doença de Alzheimer, bem como degeneração corticobasal, Doença de Pick e outras síndromes degenerativas focais, como apraxia progressiva dos membros, dispraxia orofacial e atrofia cortical posterior. Já quando a síndrome visoespacial domina, ou pelo menos se destaca no cenário neuropsicológico, há de se considerar o diagnóstico de Doença de Alzheimer e atrofia cortical posterior.
À medida que o processo degenerativo cerebral avança, outras áreas serão comprometidas, de modo que muitas síndromes acabam convivendo no mesmo indivíduo. É isso o que ocorre em quase todas as demências em fase terminal, quando então todas se parecem e o diagnóstico diferencial torna-se impossível.

segunda-feira, 15 de março de 2010

"Quando os lapsos de memória podem indicar patologia."


É comum os idosos terem dificuldades de lembrar determinados eventos. Se esses esquecimentos não aumentam ou pioram lentamente, os médicos os consideram sintomas normais do envelhecimento. Usando imagens de imageamento, pode-se observar pequena redução do volume cerebral e certa limitação das atividades do lobo frontal.
Quando aparecem os distúrbios cognitivos leves, a recorrência dos lapsos é maior. Além disso, os pacientes tem problemas para memorizar acontecimentos atuais. Seus cérebros apresentam atrofia, em especial, no hipocampo e no lobo temporal. A atividade do córtex cingular posterior e do lobo temporoparietal.
A evolução desse tipo de distúrbio é variável e deve ser acompanhada de perto por um médico.
Quando os problemas de memória e alterações anatômicas do cérebro aumentam rapidamente, é quase certo que o diagnóstico seja a Doença de Alzheimer. O quadro de sintomas incluem além da perda de memória anterior, os pacientes tem dificuldade de memorizar novas informações.
Os exames de imagem mostram nítida diminuição do tamanho do hipocampo desses pacientes , bem como do córtex cingular posterior e do lobo temporoparietal. Na fase final da doença, as lesões comprometem também todo o córtex frontal.

quinta-feira, 11 de março de 2010

"Estudos descobrem diferenças no cérebro dos autistas."


Cientistas do Instituto Mind, da Universidade da Califórnia, em Davis, descobriram que o cérebro de autistas do sexo masculino, tem menos neurônios na região chamada amídala, uma parte envolvida em emoções e memória. O estudo publicado na edição atual do Journal of Neuroscience, é o primeiro neuroanatômico a quantificar uma diferença importante na amídala autista.
David Amaral, diretor de pesquisa do Instituto Mind e sua equipe, contaram e mediram amostras representativas de neurônios na amídala de 9 cérebros post-mortem de homens que tiveram autismo, e 10 de homens que não sofriam do distúrbio. A idade de ambos os grupos ia de 10 a 44 anos no momento da morte.
Quando eles contaram os neurônios eles encontraram significativamente menos neurônios, em toda a amídala e em seu núcleo lateral nos cérebros de pessoas com autismo.
"Enquanto sabemos que o autismo é um distúrbio do desenvolvimento cerebral, porém onde, como o cérebro autista se desenvolve de maneira anormal, vem sendo um mistério", disse Thomas R. Insel, médico e diretor do Instituto Nacional de Saúde Mental. "Essa descoberta é importante pois demonstra que a estrutura da amídala é anormal no autismo. Juntamente com outras descobertas sobre o funcionamento anormal da amídala, a pesquisa está começando a estreitar a investigação pela base cerebral do autismo."
Com essa última confirmação, de que a amídala é patológica no autismo, Amaral e seus colaboradores vão determinar agora porque há menos neurônios na amídala e se outras partes do cérebro são afetadas da mesma forma.

terça-feira, 9 de março de 2010

"A quimioterapia muda o metabolismo do cérebro."


O Dr. Daniel Silverman, encarregado da farmacologia médica na Escola de Medicina da Universidade da Califórnia em Los Angeles é o autor da pesquisa que demonstra que a quimioterapia causa mudanças no metabolismo e no fluxo sanguíneo do cérebro durante pelo menos 10 anos depois do fim do tratamento.
Isso pode ser a causa da desorientação mental que vários sobreviventes do câncer relatam
"As pessoas que foram tratadas com quimioterapia, muito frequentemente tem dificuldade para se concentrar e lembrar coisas ou tarefas que devem executar, como podiam faze-lo antes do tratamento", diz Daniel.
"Nosso estudo mostra pela primeira vez que os doentes que sofrem com estes sintomas, tem alterações específicas do metabolismo cerebral em uma área essencial do córtex frontal", acrescentou.
Das 21 mulheres que participavam do estudo e que sofreram uma intervenção cirúrgica para extirpar um tumor maligno no seio, entre 5 e 10 anos antes, 16 foram tratadas com quimioterapia pouco depois da operação para evitar uma reincidência da doença.
Estes cientistas submeteram as mulheres e um grupo controle, a uma tomografia para examinar o seu cérebro, enquanto faziam exercícios de controle mental e de memória.
"Efetivamente, o cérebro das mulheres que foram tratadas com quimioterapia trabalhou mais intensamente que o do grupo controle para memorizar as mesmas informações", disse Silverman.
Os especialistas calculam que pelo menos 25% das mulheres que tiveram câncer no seio e se submeteram à quimioterapia, tem sintomas de confusão mental, mas segundo um estudo recente da Universidade de Minessota, esta taxa seria de 82%, afirmam os autores da pesquisa, publicada na edição on-line do Jornal Breast Cancer reserch and Treatment.

quinta-feira, 4 de março de 2010

"O ambiente e sua influência no comportamento social."


Para avaliar a hipótese de vários autores que teorizam que as condições do ambiente- sujeira e janelas quebradas, por exemplo, poderiam propiciar comportamentos anti-sociais, Keizer e colaboradores conduziram um estudo.
Neste estudo era observado o comportamento de holandeses ao alugar bicicletas com um papel de propaganda que deveria ser retirado do banco da bicicleta, embora não houvesse lixeiras por perto. Foram realizadas observações em duas situações distintas: na primeira delas, indivíduos alugavam bicicletas em locais limpos e conservados, ao passo que na segunda situação os locais eram sujos e com muros pichados.
Os resultados demonstraram que indivíduos que buscavam bicicletas em lugares mal cuidados, jogavam papéis no chão com maior frequência, reforçando a hipótese inicial. Outro estudo realizado na mesma linha de trabalho, foi realizado utilizando envelopes endereçados e transparentes com notas de 5 euros dentro. Os achados mostram que em ambientes sujos, os indivíduos costumavam pegar o dinheiro ao invés de colocar a carta na caixa do correio.
É possível e desejável que estes resultados possam contribuir futuramente para planejamento de políticas públicas.

"Doença de Parkinson e Demência."


A doença de Parkinson tem uma prevalência de 0,1% na população em geral e de 1% nos indivíduos acima de 65 anos.
Ela se caracteriza por 3 sintomas: bradicinesia(dificuldade em iniciar os movimentos, lentidão e pobreza dos movimentos), rigidez e tremor. No relato inicial da doença, James Parkinson não descreveu como caracteristica déficits cognitivos, mas hoje se sabe que ele faz parte do quadro, podendo chegar inclusive à demência.
A degeneração observada na Doença de Parkinson é subcortical e, se manifesta através da dificuldade de manipular material, formar e flexibilizar conceitos(deficits das funções executivas). É comum se observar apatia ou depressão.
Grande atenção deve ser dada a sintomas cognitivos manifestados por indivíduos acometidos pela Doença de Parkinson, uma vez que a lentificação e o deficit das funções executivas podem ser mais difíceis de perceber, o que dificultaria o diagnóstico em estágios precoces da doença.

terça-feira, 2 de março de 2010

"Testemunha e memória."


Testemunhas em tribunais podem ter papel crucial para a tomada de decisão do júri.
No entanto, identificação de um rosto e testemunho em um tribunal se baseiam em pressupostos algo equivocado sobre os sistemas de memória.
Alguns condenados à pena de morte, foram libertados após exame de DNA, que comprovava que não eram eles os culpados pelos crimes pelos quais eram acusados.
Erros deste tipo podem ser mais comuns do que se imaginava.
Segundo a psicóloga Elizabeth Loftus, da Universidade da Califórnia, a memória não funcionaria como um videotape, na qual bastaria dar "play" para que surgissem as lembranças. Ela sugere que as lembranças funcionariam como uma "montagem de peças de quebra-cabeças", ao invés de simplesmente "repassar um filme".
O questionamento de um advogado pode alterar os registros de memória da testemunha, tendo em vista que a montagem dos pequenos fragmentos de memória poderia ser realizado de forma incorreta e se misturar com as informações provenientes das perguntas do advogado, levando a um resgate impreciso de informação.
Em um estudo que testou esta hipótese, Loftus e Jacqueline Pickrell deram, por escrito, 4 eventos distintos aos participantes das pesquisas, sendo 3 dos eventos, referentes a situações reais vividas pelo voluntário, embora o quarto evento fosse fictício. Esta estória falsa relatava um evento em que o participante teria se perdido em um local público quando tinha entre 4 e 6 anos de idade.
Detalhes realísticos eram dados como por exemplo: descrição do shopping que o indivíduo realmente costumava frequentar com os pais.
Após a leitura de cada um dos eventos, os participantes deveriam escrever outros detalhes que lembrassem sobre o mesmo evento ou então indicar o que eles não lembrassem destas estórias. Em torno de 1/3 dos indivíduos referiu lembrar parcialmente ou totalmente do evento falso, e 25% destes continuavam referindo lembrar da estória falsa após algumas semanas da testagem.
Estes estudos apontam para importantes limitações da memória e, por consequência, sugerem a necessidade de ponderar tais limitações ao determinar a importância do testemunho para o veredicto.