Cientistas do Instituto Mind, da Universidade da Califórnia, em Davis, descobriram que o cérebro de autistas do sexo masculino, tem menos neurônios na região chamada amídala, uma parte envolvida em emoções e memória. O estudo publicado na edição atual do Journal of Neuroscience, é o primeiro neuroanatômico a quantificar uma diferença importante na amídala autista.
David Amaral, diretor de pesquisa do Instituto Mind e sua equipe, contaram e mediram amostras representativas de neurônios na amídala de 9 cérebros post-mortem de homens que tiveram autismo, e 10 de homens que não sofriam do distúrbio. A idade de ambos os grupos ia de 10 a 44 anos no momento da morte.
Quando eles contaram os neurônios eles encontraram significativamente menos neurônios, em toda a amídala e em seu núcleo lateral nos cérebros de pessoas com autismo.
"Enquanto sabemos que o autismo é um distúrbio do desenvolvimento cerebral, porém onde, como o cérebro autista se desenvolve de maneira anormal, vem sendo um mistério", disse Thomas R. Insel, médico e diretor do Instituto Nacional de Saúde Mental. "Essa descoberta é importante pois demonstra que a estrutura da amídala é anormal no autismo. Juntamente com outras descobertas sobre o funcionamento anormal da amídala, a pesquisa está começando a estreitar a investigação pela base cerebral do autismo."
Com essa última confirmação, de que a amídala é patológica no autismo, Amaral e seus colaboradores vão determinar agora porque há menos neurônios na amídala e se outras partes do cérebro são afetadas da mesma forma.
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