terça-feira, 16 de março de 2010

"As diferentes características das diferentes demências."


Existem várias composições de sintomas diferentes, dependendo da forma de demência considerada. Quando estamos diante de um paciente idoso cuja manifestação mais importante é a alteração de memória, torna-se obrigatório pensarmos na Doença de Alzheimer, caracterizada por comprometimento precoce do sistema límbico.
Quando o sintoma mais evidente é a lentidão de processamento cognitivo, devemos associar com as demências subcorticais, aquelas encontradas na Doença de Parkinson, na Doença de Huntington ou ainda na demência causada pela AIDS. Por outro lado, quando as alterações de comportamento se destacam num cenário de preservação de outras funções cognitivas como memória e função visoespaciais, impõe-se o diagnóstico de Demência Frontotemporal.
No caso onde os distúrbios de Linguagem aparece precocemente e constitui a Síndrome mais marcante, dominando o conjunto de sintomas, pode-se pensar nas afasias primárias ou em alguns subtipos mais raros da doença Frontotemporal ou ou da Doença de Alzheimer. Se prevalecer a incapacidade de efetuar determinados movimentos sob comando (apraxia) ou de reconhecer e distinguir estímulos sensoriais(agnosias), deve-se pensar no diagnóstico de Doença de Alzheimer, bem como degeneração corticobasal, Doença de Pick e outras síndromes degenerativas focais, como apraxia progressiva dos membros, dispraxia orofacial e atrofia cortical posterior. Já quando a síndrome visoespacial domina, ou pelo menos se destaca no cenário neuropsicológico, há de se considerar o diagnóstico de Doença de Alzheimer e atrofia cortical posterior.
À medida que o processo degenerativo cerebral avança, outras áreas serão comprometidas, de modo que muitas síndromes acabam convivendo no mesmo indivíduo. É isso o que ocorre em quase todas as demências em fase terminal, quando então todas se parecem e o diagnóstico diferencial torna-se impossível.

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