sábado, 18 de dezembro de 2010

"Terapia genética melhorou a memória de ratos com Alzheimer".


Um artigo publicado na revista científica Nature, relata uma técnica de terapia genética criada para melhorar problemas de memória associados ao Mal de Alzheimer, foi testada com sucesso em ratos, dizem cientistas americanos.
Os especialistas usaram a técnica para aumentar níveis de uma substância química que auxilia a comunicação entre células do cérebro, que é prejudicado em pacientes com Mal de Alzheimer.
Segundo a entidade britânica Alzheimer´s Research Trust, que fomenta pesquisas sobre a doença, o novo estudo acrescenta uma peça importante ao conhecimento que se tem sobre a doença e sugere novas técnicas de pesquisa.
A equipe de pesquisadores do Instituto Gladstone de Doenças Neurológicas, nos Estados Unidos, acredita que um aumento nos índices do neurotransmissor EphB2 no cérebro possa ajudar a reduzir ou mesmo prevenir alguns dos piores efeitos da doença.
O estudo sugere que a substância cumpre um papel importante na memória e que sua presença é reduzida em pacientes com o Mal de Alzheimer. Uma das características mais marcantes dos cérebros afetados por essa condição é o acumulo de placas de proteína chamada amilóide. Com o passar do tempo, isso leva à morte das células do cérebro.
A equipe baseou seu experimento em uma particularidade da proteína amilóide: sua suposta habilidade de se acoplar ao neurotransmissor EphB2, reduzindo a quantidade da substância disponível para as células do cérebro, o que poderia em parte explicar a perda de memória nos pacientes.
Para testar essa idéia, eles usaram técnicas de terapia genética para reduzir e também para aumentar a quantidade de EphB2 disponíveis nos cérebros de ratos de laboratório. Quando os índices da substância foram reduzidos em ratos saudáveis, os animais desenvolveram sintomas de perda de memória similares àqueles observados em ratos programados geneticamente para apresentar uma condição similar ao Mal de Alzheimer.
E quando os ratos com sintomas de Alzheimer receberam terapia genética que aumentou os índices de EphB2, seus sintomas de perda de memória desapareceram.
Lennart Mucke, líder do estudo, disse que sua equipe ficou "encantada" com a descoberta. "Com base nos nossos resultados achamos que impedir as proteínas amilóides de se acoplarem ao EphB2 e aumentar os índices de EphB2 ou de suas funções por meio de drogas pode ser benéfico a pacientes com Mal de Alzheimer, disse Mucke.

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