
     Um estudo realizado por cientistas da Universidade de Michigan e Washington, nos Estados Unidos,concluiu que, ao contrário do que se achava, diferenças nos tipos de respostas a estímulos ambientais entre os indivíduos podem influenciar padrões químicos no cérebro,relacionados a recompensa.
     Segundo os pesquisadores, a maior compreensão dessas diferenças poderá levar ao desenvolvimento de novos tratamentos e de formas de prevenção para o comportamento compulsivo.
     A pesquisadora Shelly Flagel, diz que : "conseguimos responder a uma antiga dúvida sobre qual é o papel da dopamina no sistema de recompensa".
     Os cientistas usaram uma variação de um experimento clássico,no qual um rato aprende associar  uma alavanca com a obtenção de uma recompensa, no caso, comida.
     Neste novo estudo, os animais não precisavam pressionar a alavanca, uma vez que os cientistas estavam testando a importância do mecanismo como sinal do surgimento da comida.
     O que não se sabia, era se a dopamina liberada no cérebro dos ratos estava relacionada a alavanca como previsão do surgimento da comida,ou se a liberacão do transmissor já se daria apenas pela visão da alavanca.
     A resposta, segundo o estudo, depende do tipo de rato em questão,ou do tipo do indivíduo.
     "Algumas pessoas vêem um cartaz de uma sorveteria e para elas é apenas isso: um simples sinal de que há uma sorveteria por perto. Mas outras tem uma reação forte ao sinal uma associação tão intensa com os sorvetes que os leva até mesmo a sentir o gosto e, frequentemente, a entrar e consumir o produto", disse Shelly.
     Os pesquisadores estudaram ratos que foram procriados seletivamente para que tivessem certos traços comportamentais, entre os quais diferentes tendências para drogas viciantes.
     O grupo inclinado para as drogas, direcionou mais a atenção para a alavanca, enquanto os demais se importavam mais com o local em que a comida aparecia.
     Os cientistas mediram as respostas à dopamina no cérebro dos ratos à medida que variavam em frações de segundos.
     A análise mostrou que o grupo orientado ao uso de drogas teve um "salto de felicidade"apenas com a visão da alavanca, o que não ocorreu com os demais.
 
 

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