Neurocientistas britânicos identificaram diferenças anatômicas no cérebro de psicopatas que podem explicar as origens biológicas deste distúrbio frequentemente associado a comportamentos criminosos. Estudos anteriores, ainda controversos, já haviam mostrado que essas pessoas exibem alterações na amígdala, área associada a emocões e a agressão, e no córtex orbito-frontal, envolvidos nos processos de tomada de decisão. Mas o estudo publicado pela revista Molecular Psychiatry revelou modificações discretas, mas significativas, numa área conhecida como fascículo uncinato, uma via composta por matéria branca (formada pelos axônios dos neurônios) que conecta as duas estruturas anteriores.
Essas alterações foram detectadas por meio de tractografia - um tipo específico de ressonância magnética funcional. Os resultados revelaram ainda que o grau de anormalidade observado nessa região se correlacionou positivamente à gravidade do distúrbio. Segundo os autores, as evidências sugerem fortemente uma base biológica da psicopatia, embora não seja possível afirma ainda se estas alterações são inatas ou adquiridas ao longo do desenvolvimento cerebral.
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