Uma nova pesquisa da Universidade de Vanderbilt, em Nashville, Estados Unidos, revela que a habilidade na percepção de erros, é gerenciada por uma espécie de piloto automático capaz de detectar erros que podem enganar o cérebro consciente.
É conhecida a habilidade de profissionais que são capazes de redigir longos textos, sem sequer olhar para o teclado ou pensar quais as teclas estão sendo pressionadas.
A pesquisa foi publicada de pela revista Science.
"Nós todos sabemos fazer algumas coisas no piloto automático, de andar a fazer tarefas domésticas, como um café e, neste estudo, a digitação. O que conhecemos é como as pessoas são capazes de controlar seus pilotos automáticos", disse Gordon Logan, professor de psicologia e principal autor da pesquisa. "A coisa mais notável que descobrimos é que estes processos são dissociados. As mãos percebem que cometeram um erro, mesmo quando a mente não."
Para determinar a relação entre o piloto automático e o cérebro consciente, ou piloto, e o papel de cada um na detecção de erros. Logan e o co-autor Matthew Crump, projetaram uma série de experimentos para quebrar a ligação normal entre o que vemos na tela e o que nossos dedos sentem.
No primeiro experimento, Logan e Crump mostraram a datilógrafos experientes, palavras em uma tela e em seguida, pediram a eles que dissessem se tinham ou não cometido algum erro. Usando um programa de computador, os pesquisadores aleatóriamente inseriram erros que o usuário não tinha cometido ou corrigiu aqueles que eles tinham feito. Eles também cronometraram a velocidade de digitação dos datilógrafos, procurando o abrandamento que é conhecido por ocorrer quando a pessoa bate na tecla errada. Eles, então, pediram ao digitador para avaliar seu desempenho global.
Os pesquisadores descobriram que o digitador, em geral, assumiu a culpa pelos erros que o programa tinha inserido e tomou o crédito dos erros que o computador tinha corrigido. Eles foram enganados pelo programa. No entanto, os dedos, como gerenciado pelo piloto automático, não foram como esperado, os digitadores abrandaram quando eles realmente cometeram um erro e não diminuiram quando um erro falso apareceu na tela.
A pesquisa é a primeira a oferecer evidência dos papéis diferentes e separados do processamento consciente e inconsciente na detecção de erros
"Isso sugere que a detecção de erro pode ocorrer em uma base voluntária e involuntária", explicou Crump.
"Uma caracteristica importante da nossa pesquisa é mostrar que as pessoas pode compensar seus erros, mesmo quando eles não estão conscientes deles. Além disso, desenvolvemos uma nova ferramenta de pesquisa que nos permite investigar separadamente o papel da consciência na detecção de erros e o papel dos mais envolvidos em processos automáticos de detecção de erro. A ferramenta permitirá também um melhor entendimento de como esses diferentes processos trabalham juntos".
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