A pessoa que sofre um AVC ( acidente vascular cerebral), e sobrevive fica,muitas vezes, com sequelas que a impedem de falar, deglutir,andar e às vezes até de interagir. Uma das manifestações psiquiátricas mais comuns nesses pacientes é a Depressão,ocorrendo entre 25% a 30% dos casos. Esse quadro, é preocupante por comprometer a recuperação do déficit neurológico, podendo estar relacionado a um maior declínio cognitivo Além disso, pesquisas sugerem que pacientes com DPAVC (depressão pós-AVC) tem maior mortalidade do que os pacientes não deprimidos e maiores chances de sofrer um novo AVC.
Os pesquisadores ainda não compreendem o mecanismo fisiopatológico exato dos quadros depressivos pós-AVC, mas trabalham com duas hipóteses. Uma delas apontam para a depressão decorrente de uma reação psicológica aos prejuízos e as incapacidades trazidas pela doença. A outra correlaciona depressão com particularidades da lesão cerebral,como na região dos lobos frontais.
Em função das graves complicações decorrentes de manifestação depressiva pós-AVC,os profissionais que estão cuidando do paciente deve ficar atento para diagnosticar rapidamente e com precisão a instalação deste quadro. Estudos revelam que a melhor terapia é a que é instituida precocemente com anti-depressivos e psicoterapia cognitivo-comportamental.Uma conduta preventiva com a administração de anti-depressivos já em um primeiro momento do AVC não é a orientação mais indicada, pois pode até mesmo comprometer o processo de recuperação do paciente.
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