Um novo estudo realizado por pesquisadores das Universidades de Amsterdã e Leiden, na Holanda, foi publicado na revista Psychological Science, e demonstrou que a "dor social" inclui os mesmos processos cerebrais que a dor física.
Para o estudo, voluntários foram convidados a enviar para os pesquisadores uma fotografia de si mesmo. Eles foram informados de que, para um estudo sobre primeiras impressões, estudantes de outra Universidade iriam ver as fotos e avaliar se gostaram deles.
Esta foi apenas uma estória fictícia para a experiência real. Poucas semanas depois, cada voluntário foi até o laboratório, teve eletrôdos colocados no peito, para a realização de um eletrocardiograma, e olharam para uma séria de fotos de estudantes de outra Universidade.
A cada rosto, os cientistas pediam que os voluntários tentassem adivinhar se aquela pessoa havia gostado deles. Em seguida, eles foram informados se a pessoa realmente gostou deles ou não, embora essa fosse apenas uma resposta gerada por computador.
A taxa de batimento cardíaco caiu antecipando-se ao momento de ouvir a opinião que os estudantes da foto, supostamente tinha a respeito deles.
A frequência cardíaca também foi afetada após a informação. Mas quando era dito que o voluntário da foto não havia gostado deles, o ritmo do coração diminuía ainda mais, e era lento para subir de volta à taxa normal.
A frequência cardíaca diminuiu mais nas pessoas que esperavam que a outra pessoa gostassem delas; naqueles voluntários que haviam gostado das pessoas na foto e, portanto, esperavam alguma forma de reciprocidade.
Os resultados sugerem que o sistema nervoso autonômo, que controla funções como digestão e a circulação, envolve-se quando se é rejeitado socialmente. "Uma rejeição social inesperada pode literalmente "parar" o coração, refletido na forma de uma redução temporária da frequência cardíaca", escrevem os pesquisadores.
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