segunda-feira, 6 de setembro de 2010

"Biblioteca em casa pode influenciar diretamente o desenvolvimento da capacidade cognitiva."


Um grupo de pesquisadores das Universidades de Nevada em Las Vegas e da Califórnia em Los Angeles, realizou o maior estudo internacional sobre a influência dos livros na educação escolar.
Os resultados mostram que, independentemente do nível de escolaridade dos pais, do nível socio-econômico e do regime político, quanto mais livros houver em casa, mais anos de escolaridade atigirá a criança que crescer nela. Participaram do estudo mais de 70 mil pessoas de 27 países, entre os quais EUA, China, Rússia, França, Portugal, Chile, África do Sul (o Brasil não foi incluído). A conclusão foi publicada na Revista Research in Social Stratification and Mobility.
No artigo, os autores explicam que o nível cultural e educacional dos pais também influenciam a escolaridade atingida pela prole, mas nesse caso a correlação é mais fraca do que com o tamanho físico do acervo familiar de livros.
Os resultados mostram também como o gosto pela leitura tende a diminuir diferenças sociais.
Nos lares mais modestos, o efeito de cada acréscimo ao acervo no futuro acadêmico da criança é mais acentuado do que adição de um volume a uma biblioteca mais ampla. Apesar de a tendência ter sido observada em todos os países, houve diferenças importantes entre eles.
Nos EUA, na França e na Alemanha, uma biblioteca com cerca de 500 volumes, representou acréscimo de 2 a 3 anos de escolaridade na criança, comparando com uma casa sem livros. Na Espanha e na Noruega, o número saltou para 5 anos, e na China atingiu o máximo, entre 6 e 7 anos.

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