Uma pesquisa realizada na Holanda, e publicada pelo periódico científico Child Development, demonstram a existência da memória de curto prazo em fetos de 30 a 38 semanas.
Para chegar a essa conclusão, eles acoplaram um aparelho vibratório com buzina no abdomem de 93 mulheres grávidas. Os fetos, rapidamente se "acostumaram" ao som- ou seja- perceberam que o barulho não representava ameaça. Quando ouviram novamente, dez minutos depois, não se contorceram, e a frequência cardíaca permaneceu inalterado. "É como se acostumar com uma estação de trem de Nova York", diz o coordenador do estudo, G. Nijhuis, professor de obstetrícia da Universidade de Maastrich. "Distinguir estímulo seguros daqueles que trazem riscos requer capacidade de aprendizado. Trata-se de uma forma primitiva de memória".
Os fetos de 34 semanas se lembraram do som até quatro semanas depois do experimento. "O estudo aponta claramente que, a partir de 30 semanas e talvez até antes, o cérebro humano começa a armazenar memórias de curto prazo e pode estar armazenando algumas lembranças de longo prazo, esse é um período muito sensível do desenvolvimento", afirma Rahil Briggs, diretora do Healt Steps no centro médico Montefiore e professora-assistente de pediatria na Faculdade de Medicina Albert Einstein.
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