segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

"Começa a ser desvendada a puberdade precoce nas meninas."


Há um mecanismo bioquímico delicado que informa ao cérebro que o organismo está pronto para reproduzir e que está sendo ativado precocemente, provavelmente associado a obesidade. Esta é uma primeira conclusão de um estudo coordenado pela neurocientista brasileira Carol Elias.
Depois de quase uma década de investigação, que começou no Brasil e terminou nos Estados Unidos, Carol e sua equipe identificaram a região cerebral que o hormônio leptina age, despertando o amadurecimento sexual. É o núcleo pré-mamilar ventral.
"Há um mecanismo bioquímico delicado que informa ao cérebro que o organismo está pronto para reproduzir", disse Carol, ex-professora da Universidade de São Paulo (USP) e atualmente na Universidade do Texas.
E quem dá este recado ao cérebro é a leptina, hormônio secretado pelas células de gordura, mais conhecido por despertar a sensação de saciedade e reduzir a fome.
O artigo foi publicado na Revista Journal of Clinical Investigation.
"É possível que as taxas mais elevadas de leptina em crianças obesas estejam estimulando regiões cerebrais que normalmente só seriam ativadas mais tarde", disse Carol.
"Agora que identificamos o grupo de células responsáveis por mediar a ação da leptina no início da puberdade teremos condições de desvendar os mecanismos celulares, genéticos e bioquímicos envolvidos nesta função", disse a pesquisadora.

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