A esclerose múltipla, uma patologia neurodegenerativa que afeta principalmente pessoas com idade entre 20 e 40 anos, muitas vezes é confundida com stress; o diagnóstico precoce é fundamental para manter a qualidade de vida do paciente.
A esclerose múltipla se diferencia de outras doenças neurodegenerativas em especial por dois aspectos:
1) nessa patologia a incapacidade física é bem mais pronunciada que a cognitiva.
2) a doença se manifesta quase sempre entre os 20 e os 40 anos, isto é no auge da vida produtiva do indivíduo.
A doença é progressiva e ainda não tem cura. Os medicamentos surgidos nos últimos 15 anos tem conseguido diminuir a velocidade de seu avanço na maioria de seus pacientes, com melhores resultados quando o diagnóstico é precoce, o que ainda é um desafio para os médicos. Novos remédios, que devem ser lançados em breve, prometem melhor eficácia- mesmo assim dificilmente dispensarão a reabilitação física e o acompanhamento psicológico, parte indispensável do tratamento.
Quase tudo nessa doença é imprevisível, a começar pelos sintomas, que se manifestam em surtos de intensidade e duração variáveis e podem incluir visão embaçada, fadiga, espasmos musculares, falta de equilíbrio, dormência em qualquer parte do corpo, urgência ou incontinência urinária, problemas de memória, dificuldade na fala, entre outros. Entre dois surtos, um período de remissão de duração também variável, pode dar a impressão, nos que ainda não foram diagnosticados, de que o problema não é grave. "Como é passageiro, a maioria das pessoas não dá importância e não procura o médico. Alguns acham que a culpa é do stress", diz Maria Cristina Giácomo, coordenadora do Departamento Científico da Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (ABEM). Mais cedo ou mais tarde, no entanto, os sintomas voltam e com o passar do tempo sua recorrência vai deixando marcas irreversíveis.
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