quarta-feira, 20 de abril de 2011

"Podemos identificar distúrbios mentais desde a pré-escola."



O psiquiatra Timothy Brewenton, especialista em infância e adolescencia, e estudioso de casos de tiroteios em escola, como a de Columbine, nos Estados Unidos, afirmou que o caso da tragédia na escola Tarso da Silveira, em Realengo, poderia ser evitada, caso Wellington de Oliveira, tivesse sido avaliado na infância e recebido tratamento adequado.


Timothy esteve esta semana no Brasil com mais sete psiquiatras e um psicólogo norte-americanos para conhecer o trabalho de algumas instituições que desenvolvem serviços para a infância e adolescencia.

O pesquisador deu uma palestra para estudantes do curso de psiquiatria infantil da Santa Casa de Misericórdia, no centro do Rio de Janeiro.

"Há muitos distúrbios mentais associados à violência que podem ser identificados precocemente e, se tratados, é possível sim, evitar que esse indivíduo se transforme num futuro antissocial ou psicopata. Por isso, segundo ele, o papel do Estado é vital, oferecendo um programa educacional e de saúde voltado para a pré-escola", diz Timothy.

O médico explicou que a maioria das doenças mentais se desenvolve na infância e na adolescência. "E este é o momento de intervir, pois faz uma enorme diferença, e pode determinar o futuro dessa criança ou adolescente".

Brewenton disse que embora o bullying (agressões entre os alunos) esteja associado a 75% dos casos de ataques a escolas, este não é o fator determinante, mas sim, o fato de que todos os atiradores que sofreram de bullying apresentavam transtornos mentais. O psiquiatra alertou, no entanto, que a prática de bullying é responsável por muitos problemas de saúde mental e devem ser reprimidos.




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