Cientistas israelenses da Universidade Hebraica de Jerusalém e Universidade Bar-llan realizaram estudos para tentar determinar como a depressão pode influenciar a dinâmica dos relacionamentos entre casais e as diferenças de cada sexo.
Os pesquisadores selecionaram 50 casais que estavam juntos a uma média de 5 anos. os participantes responderam a questionários que determinaram os níveis de depressão dos indivíduos e fizeram experimentos para que os cientistas pudessem analisar suas percepções interpessoais.
Para determinar essas percepções, os casais conversaram durante 12 minutos, enquanto eram filmados. Em um primeiro momento, uma pessoa pedia ajuda ao seu parceiro, e depois estes papéis eram invertidos. Os participantes depois assistiram às fitas e escreveram sobre seus próprios sentimentos e os de seu parceiro, e os pesquisadores comparavam estas escritas, buscando similaridade entre o que as pessoas perceberam uma das outras e o que o parceiro realmente sentia. Os participantes também mantiveram um diário durante 21 dias onde registravam sentimentos e emoções quanto ao relacionamento e o parceiro.
Os resultados mostraram que enquanto a depressão do homem não atrapalhava seus sentimentos de empatia, a mulher deprimida percebia com menos exatidão os sentimentos de seu parceiro. Os cientistas concluíram que quando a mulher está deprimida e sua sensibilidade está "entorpecida", o parceiro também acabava se sentindo menos empático. Ou seja, o relacionamento sofre mais quando a mulher é quem tem a depressão.
Os autores da pesquisa, Reuma Gadassi, Nilly Mor e Eshkol Rafaeli acreditam que o estudo mostra que a depressão afeta homens e mulheres de forma diferente.
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