terça-feira, 22 de junho de 2010

"Pesquisa pode ajudar a evitar a depressão pós-parto."


Cientistas alemães acreditam ter encontrado a causa da melancolia que a maioria das mulheres sofre logo após o parto, e esperam que a descoberta contribua para um possível tratamento da depressão pós-parto.
Na primeira semana após dar a luz, cerca de 70% das mulheres sofrem da chamada "depressão pós-parto", com queixas que vão desde alteração de humor e ansiedade até falta de apetite e irritabilidade.
A maioria se recupera em pouco tempo, mas 13% das mães continuam apresentando os sintomas após os primeiros meses do nascimento do bebê, o que é considerado depressão pós-parto.
Pesquisadores do Instituto Max Planck de Ciências Humanas Cognitivas e Cerebrais, de Leipzig, na Alemanha, descobriram que uma queda brusca dos níveis de estrógeno logo após o parto libera uma enzima no cérebro que bloqueia as substâncias químicas responsáveis pelo bem estar. O estudo foi publicado na revista médica Arquives Of General Psychiatry.
Esta enzima (MAO-A), quebra os neurotransmissores serotonina, dopamina e noradrenalina, que além de serem responsáveis por transmitir os sinais entre as células nervosas, também influenciam nosso humor.
Se o funcionamento dos neurotransmissores é afetado, a pessoa inicialmente se sente triste e após certo tempo corre o risco de ficar deprimida.
A MAO-A foi encontrada em níveis 43% mais elevados em mulheres que acabaram de dar a luz, do que em um grupo de mulheres que teve filhos há bastante tempo, ou não tinham filhos.
Os níveis mais altos foram registrados no quinto dia após o parto, coincidindo com o dia em que o humor das mães está no ponto mais baixo.
Em termos de prevenção, temos que certas drogas podem ser usadas para diminuir os níveis desta enzima e aumentar os níveis das substâncias químicas quebradas por ela.
"Nossos resultados tem o potencial animador de prevenção da alteração de humor pós-parto. Isso pode ter um impacto na prevenção e no tratamento de depressão pós-parto no futuro", afirmou a coordenadora da pesquisa Julia Sacher.

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