terça-feira, 22 de junho de 2010

Em época de Copa:"Stress prejudica o bom desempenho na cobrança de pênalti".


Uma pesquisa realizada no Instituto de Ciências Biomédicas (IBC) da USP, demonstra que em situações de cobrança de pênalti o stress afeta consideravelmente a resposta motora.
Na pesquisa Nelson Toshiyiki Miyamoto pediu para que voluntários executassem uma tarefa que simulava em computador alguns aspectos da cobranças de pênalti no futebol.
Os testes foram divididos em duas situações: voluntários sozinhos e sob pressão da torcida.
Nesta última condição, os voluntários não ultrapassavam 80% de aproveitamento, mesmo o goleiro dando pistas de que iria pular para um dos lados e o cobrador tendo tempo para escolher o lado para o qual chutar.
O pesquisador comenta que, nessa situação, o jogador passa por muito stress, atrapalhando não somente a sua concentração, como também a resposta do corpo para o momento decisivo. "Na situação com stress, o jogador acaba pensando nas consequências de um erro. Inconscientemente, faz uma programação motora inadequada. Na hora de executar, acaba chutando de uma forma errada".
Outra reação que pode ocorrer nas cobranças de pênalti é a tentativa de mudar de lado do chute quando próximo do contato com a bola. Porém, isto só é possível antes de atingir o chamado ponto de não retorno, diz Miyamoto:" o ponto de não retorno é o ponto à partir do qual o cobrador do pênalti não consegue mais modificar a programação motora. O cérebro disparou a programação que vai executar e o jogador não consegue mais mudar a direção do chute."
O pesquisador destaca também que o resultado final dos testes coincidiu com a média de erros em cobrança de pênalti de campeonatos oficiais ao redor do mundo, que está entre 25 e 30%.

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