Cientistas da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, descobriram uma interessante relação entre a impulsividade e o chamado "raciocínio falho", que é por exemplo, a crença em amuletos de sorte e rituais supersticiosos.
O estudo avaliou jogadores compulsivos em tratamento clínico, e os resultados mostraram que aqueles com maior nível de impulsividade eram mais suscetíveis a erros de raciocínio associados ao jogo. Esses erros incluem rituais supersticiosos, como carregar amuletos, e as explicações sobre suas perdas variam desde má sorte até "frieza" das máquinas de jogo.
Comparando jogadores e não jogadores da população em geral, mediu-se primeiro a impulsividade isolada. Encontrou-se que os jogadores são mais impulsivos quando em estado de humor extremo, bom ou mau humor, que são sinais que podem desencadear o jogo. Não foi encontrada conexão entre a impulsividade e a busca por premiações imediatas no grupo de controle, quando se compara a capacidade de trocar um prêmio imediato por um prêmio maior no futuro.
O jogo patológico, ou seja, quando o hábito de jogar se torna um vício, é um distúrbio psiquiátrico, que atinge cerca de 1% da população mundial. Os sintomas incluem desde perda de controle sobre o jogo, sintomas de abstinência como irritabilidade, além de trazer diversas dificuldades para a vida cotidiana da pessoa, como dívidas, e problemas familiares.
"A ligação entre impulsividade e crença nos jogos de azar nos sugere que a forte impulsividade" pode predispor a uma série de distorções mais complexas- tais como as superstições- que os jogadores experimentam frequentemente", explica o Dr. Lucke Clarck, um dos autores da pesquisa. Segundo Clarck, a pesquisa ajuda a difundir duas prováveis causas subjacentes ao problema do jogo, indicando quem poderia acabar se tornando jogadores patológicos.
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