sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

"Sensacão de dor é alterada pela expectativa do paciente."


Um estudo publicado pela revista especializada Science Translational Medicine, sugere que as expectativas dos pacientes podem tanto potencializar os efeitos de um analgésico como neutraliza-lo por completo.
Pesquisadores britânicos e alemães aplicaram calor nos pés de 22 pacientes,que em seguida,tiveram que qualificar o grau de dor sentida em uma escala de 0 a 100.
Ao mesmo tempo, os pacientes eram submetidos a um escaner cerebral, que exibia as condições das diferentes regiões do cérebro enquanto os testes eram realizados.
Após a aplicação do calor, o nível médio de dor sinalizado por eles foi de 66.
Os pacientes que estavam também conectados a um dispositivo intravenoso pelo qual poderiam receber doses de medicamentos sem serem informados, recebiam então, um poderoso analgésico chamado remifentamil.
Depois disso, eles passaram a sinalizar 55 como sendo seu índice de dor.
Os pesquisadores informaram, em seguida, que eles estavam sendo medicados com ,um analgésico, e a nota dada por eles caiu para 39.
Então mantendo a mesma dose, eles foram informados de que a aplicação do analgésico havia sido suspensa e que eles provavelmente sentiriam dor.
Com isso, a nota subiu para 64.
Portanto, apesar deles estarem recebendo remifentanil, relataram estar sentindo o mesmo nível de dor indicado quando estavam recebendo qualquer analgésico.
A professora Irene Tracey, da Universidade de Oxford,disse à BBC: "É fenomenal.É um dos melhores analgésicos que temos,e a influencia do cérebro pode aumentar em muito ou removê-lo por completo".
O escaneamento cerebral realizado durante a pesquisa, mostrou também quais as regiões do cérebro que foram afetadas.
a expectativa de um tratamento positivo foi associada com a atividade nas áreas cíngulo-frontal e subcortical do cérebro,enquanto a expectativa negativa levou ao aumento da atividade no hipocampo e no córtex frontal-medial.

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