domingo, 24 de outubro de 2010

"Na inteligência coletiva o todo pode ser, de fato, maior do que a soma das partes."


Um novo estudo realizado por cientistas do MIT e Universidade Carnegie Mellon , nos EUA, e publicado na revista Science, demonstrou a existência de uma inteligência coletiva entre equipes de pessoas colaborativas.
O trabalho demonstrou que a inteligência registrada na equipe vai além das habilidades cognitivas dos membros individuais do grupo. Demonstrou também que a tendência para a cooperação tem uma estreita relação com o número de mulheres presentes na equipe.
Os cientistas aplicaram a grupos de pessoas o princípio de que a capacidade de desempenhar bem determinadas tarefas cognitivas é um indicador mensurável da inteligência (neste caso, da inteligência coletiva do grupo).
A inteligência coletiva se fundamenta, acreditam os pesquisadores, em quão bem o grupo trabalha em conjunto. Por exemplo, grupo cujo os membros apresentam altos níveis de "sensibilidade social" são coletivamente mais inteligentes.
"A sensibilidade social tem a ver com quão bem os membros do grupo percebem as emoções dos outros", diz Christopher Chabris, coautor do estudo.
"Também, nos grupos em que uma pessoa dominou, o grupo foi menos coletivamente inteligente do que os grupos onde as conversações foram mais distribuídas".
Outro dado encontrado é que grupos que tinham mais mulheres demonstraram mais sensibilidade social e, em decorrência, maior inteligência coletiva em comparação com os grupos que tinham poucas mulheres. O efeito pode ser explicado pela maior sensibilidade social que as mulheres apresentam, em média, superior a dos homens. Assim, embora a inteligência individual não sirva para predizer a inteligência coletiva, a sensibilidade social individual serve a esse objetivo, mostrando que ela é um dos elementos determinantes da inteligência coletiva.

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