Este é o primeiro estudo de longo prazo a analisar as consequências do tabagismo intenso sobre a demência mais tarde na vida.
A pesquisa analisou dados de 21.123 homens e mulheres, com a idade média de 23 anos que participaram de um levantamento entre 1978 e 1985.
Eles foram acompanhados durante 23 anos.
Diagnósticos de demência, incluindo Alzheimer (o tipo mais comum de demência), e demência vascular (a segunda forma mais comum), foram registrados de 1 de janeiro de 1994, quando a idade média dos participantes do estudo era de 71,6 anos, até 31 de julho de 2008.
Um total de 5367 participantes (25,4%), foi diagnosticado com demência, com 1136 deles com Alzheimer e 416 com demência vascular.
Os pesquisadores observaram que, em comparação com os não fumantes, aqueles que fumaram mais de dois maços de cigarro por dia, durante o período analisaram tiveram um aumento de 157% no risco de desenvolvimento de Alzheimer e de 172% no de demência vascular.
Ex fumantes e pessoas que fumaram menos de 1/2 maço por dia não apresentaram aumento significativo no risco de desenvolvimento da doença.
Segundo os autores do estudo, sabe-se que o fumo é um fator de risco para acidente vascular cerebral e o hábito pode contribuir para o risco de demência por meio de mecanismos semelhantes.
Fumar também contribui para o estresse oxidativo e com inflamações, que se estima serem importantes para o desenvolvimento da doença de Alzheimer. "É possível que fumar afete o desenvolvimento de demência por meio de caminhos vasculares e neurodegenerativos", sugeriram os autores.
O estudo é coordenado pelo finlandês Minna Rusanem, do Hospital Universitário Kuopio, e foi publicado no site Archives of Internal Medicine.
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