Por que algumas pessoas conseguem desistir do vício do fumo, enquanto outras tem grande dificuldade em atingir este objetivo?
Pesquisadores da Faculdade Trinity e do Instituto de Pesquisa por uma Sociedade livre do tabaco,motivados por esta questão,observaram as atividades dos cérebros de voluntários para saber as diferenças que poderiam levar a um melhor entendimento sobre esta constatação.
O estudo foi realizado através da investigação de imagens de ressonância magnética para avaliar habilidades cognitivas que são consideradas importantes para o processo que leva alguém a parar de fumar. Entre as atividades desempenhadas pelos voluntários estava uma tarefa de inibição, para avaliar o controle do impulso e a habilidade de monitorar o comportamento, e uma tarefa de atenção que avalia a habilidade de evitar distrações de imagens relacionadas ao ato de fumar, que geralmente conseguem chamar automaticamente a atenção dos fumantes.
Analisando as imagens, os pesquisadores descobriram que os fumantes,se comparados com aqueles que nunca fumaram,demonstraram uma funcionalidade reduzida durante as tarefas nas regiões pré-frontais do cérebro,que é relacionada ao controle comportamental. Os fumantes também demonstraram uma atividade elevada na região do subcórtex,como no núcleo accumbens, que responde a estímulos de recompensa e salienta o estímulo provocado pela nicotina.
Por outro lado, os ex-fumantes não demonstraram a mesma atividade no sub córtex,mas sim nos lobos frontais, que são ligados ao controle comportamental. Além disso,eles apresentaram níveis de atividade maiores nas regiões pré-frontais.
Isso quer dizer que a região responsável pelo que pode ser chamado "forca de vontade"tem maior atividade naquelas pessoas que pararam de fumar, o que levou os pesquisadores a relacionarem esta atividade com a capacidade do fumante em parar ou não o vício.
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