domingo, 2 de outubro de 2011

"A fadiga de decidir"



Em um estudo publicado no periódico Proceedings of the National Academy of Sciences e realizado por pesquisadores da Ben-Gurion University, em Israel, e da Universidade Stanford, a rotina de juízes experientes foi acompanhada por um ano.

Os cientistas Jonathan Levav e Shai Danziger chegaram a analisar mais de 1100 julgamentos. Em média, foi concedido um de cada três pedidos de liberdade condicional. No entanto, foram libertados cerca de 70% dos prisioneiros julgados pela manhã, contra 10% dos que receberam a sentença no final da tarde. Segundo os pesquisadores, os réus foram ajudados ou prejudicados pela chamada "fadiga de decidir" (decision fatigue), termo cunhado pelo psicólogo Ray Baumeister, da Universidade Estadual da Flórida. Para o psicólogo, a "força de vontade"necessária para evitar recompensas imediatas depende de atividades mentais que exigem a tranferência de energia. Ou seja, após um dia cansativo de trabalho, é muito mais difícil tomar iniciativas mais simples, como resistir ao desejo de comer uma caixa de doces, ou mais complicadas, como julgar a inocência de alguém.

Nenhum comentário:

Postar um comentário