sexta-feira, 17 de junho de 2011

"As células do tecido nervoso são afetadas por poluentes do ar."



O estudo desenvolvido pela bióloga Paula Betacini, na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), afirma que poluentes no ar são nocivos ao Sistema Nervoso. O experimento, feito com embriões de galinha, observou que o material particulado presente no ar das grandes cidades provoca alterações nervosas ainda em fase de desenvolvimento primário.

O estudo avaliou o efeito do material particulado fino (PM 2,5) sobre o desenvolvimento embrionário do Sistema Nervoso. A principal fonte desses poluentes são os veículos. A pesquisa foi realizada na cidade de São Paulo.

O processo experimental constitui na injeção nos ovos com uma suspensão com o material particulado fino. "Posteriormente, foram analisados diversos aspectos morfológicos das células do cerebelo, orgão do Sistema Nervoso Central, cuja sensibilidade a substâncias tóxicas ambientais é descrita na literatura", diz Paula.

A pesquisa se concentrou nos neurônios que desempenham papel central em várias das funções cerebelares, conhecidos como células de Purkinje. Foi observada a redução no número dessas células ao mesmo tempo que os dendritos destas células apresentam maior ramificação. "Embora não tenha sido o objetivo desse trabalho, é possível que alterações morfológicas nos dendritos das células de Purkinje, causem interferência nas sinapses entre estas células e outras células cerebelares e, consequentemente, tenha ação sobre o trânsito de informações entre o Sistema Nervoso Central e o organismo", aponta Bertacini.

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