sexta-feira, 29 de julho de 2011

"Efeito Google."



Uma pesquisa realizada na Universidade de Colúmbia, nos EUA, revela que o Google pode estar mudando o modo como nossos cérebros lembram as informações.

Em vários experimentos, a psicóloga Betsy Sparrow e seus colegas concluíram que as pessoas tendem a lembrar mais do que acreditam que não podem encontrar em sites de busca, e vice-e-versa.

Além disso, as pessoas recordam mais de onde podem obter o dado na internet do que os dados em si. "Desde que o advento de ferramentas de busca, estamos reorganizando o modo como lembrarmos das coisas. Nossos cérebros dependem da internet para memoria do mesmo modo que dependemos da memória de um amigo, familiar ou colega de trabalho", afirmou Betsy no estudo: "Google Effects on Memory: cognitive consequences of Houng Information at our Fingertips".

Os experimentos da equipe de Betsy sugerem que, quando enfrentam perguntas difíceis, as pessoas tendem a pensar com maior intensidade que a Internet lhes ajudará a encontrar as respostas. As conclusões mostram que as estratégias de aprendizado também estão mudando. Segundo o psicólogo Roddy Roediger, da Universidade de Washington, estamos passando parte de nossa memória para o Google e outros mecanismos de busca. Assim, a internet tornou-se uma forma primária de memória externa, onde a informação é armazenada fora do cérebro- o que não é muito diferente da era pré-internet, com as pessoas confiando a memória a livros e bibliotecas.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

"Mais da metade dos casos de Alzheimer,segundo estudo americano, pode ser evitado."


O estudo foi conduzido pela Dra.Deborah Barnes, pesquisadora de Saúde Mental da Universidade da Califórnia, em São Francisco, nos EUA e traz como resultado que mais da metade de todos os casos da Doença de Alzheimer poderiam ser evitados por meio de mudancas do estilo de vida e do tratamento ou prevenção de doenças crônicas.

O estudo chamado de estudo de revisão,analisou de forma sistemática dados de pesquisa científicas realizados por inúmeros grupos de pesquisa ao redor do mundo, envolvendo no total centenas de milhares de participantes.

Barnes concluiu que,na média mundial, os principais fatores de risco para o Alzheimer que são modificáveis,em ordem decrescente de importância são:

1.Baixa escolaridade

2.Tabagismo

3.Sedentarismo

4.Depressão

5. Hipertensão na meia idade

6. Diabetes

7. Obesidade na meia idade


Juntos estes fatores de risco estão associados com 51% dos casos de Alzheimer em todo o mundo e 54% dos casos nos EUA.

"O que é entusiasmante é que isso sugere que algumas mudanças de estilo de vida muito simples,como o aumento das atividades físicas e deixar de fumar, podem ter um tremendo impacto na prevenção do Alzheimer e outras demências,nos EUA e no mundo",disse Barnes.

Os resultados do estudo foram publicados na conceituada revista The Lancet Neurology.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

"Estudo demonstra que o uso de Botox diminui empatia."



Um estudo publicado na Publicação Científica "Social Psychological and Personality Science", afirma que pessoas que receberam injeção de Botox no rosto, podem ter dificuldade de compreender pensamentos e emoções alheias,segundo os cientistas.

Os pesquisadores afirmaram que as rugas de expressão, como pés de galinha, linhas na testa, e vinco entre as sobrancelhas são essenciais na interpretação das emoções humanas.

Ao paralisar a musculatura do rosto, e reduzir essas marcas,o Botox, dificultaria o processo de empatia na comunicação entre indivíduos.Segundo David Neal, da Universidade do Sul da Califórnia, isso acontece porque, normalmente os seres humanos decifram as emoções alheias imitando involuntariamente as expressões uns dos outros.

"A comunicação humana pode ser muito sutil. Eliminar uma parte da informação- seja com a comunicação por e-mail e Twitter ou com a paralisia dos músculos da face- pode ser a diferença entre a comunicação bem sucedida e o fracasso", afirmou David Neal.

Para os pesquisadores,os pacientes que usam Botox, não conseguem entender as emoções de outras porque são incapazes de imita-las. "Esta inabilidade elimina uma parte crucial da comunicação interpessoal."

terça-feira, 19 de julho de 2011

"O desempenho em provas é favorecido, se você escrever sobre suas angústias."



Dois artigos publicados na revista Science, sugerem que para algumas pessoas que têm mais dificuldade em armazenar novas informações e costumam ficar muito nervosas em avaliações escolares, estudar fazendo resumos do conteúdo lido ou ouvido e, pouco antes da prova, escrever a respeito das causas de sua angústia são técnicas que podem acelerar a aprendizagem e acalmar a ansiedade.

Em um dos estudos, psicólogos da Universidade de Chicago, solicitaram que os universitários escrevessem por dez minutos sobre suas idéias e angústias antes de realizar um teste. Os cientistas comprovaram que os estudantes que passaram por esse processo obtiveram melhores resultados no exame. Os pesquisadores acreditam que a técnica, bastante simples, pode ser usada para lidar com situações de pressão que exijam respostas mentais rápidas.

Na segunda pesquisa, psicólogos da Universidade Purdue, em Indiana, orientaram universitários a ler pequenos textos de ciências e, em seguida, escrever por 20 minutos, sobre o conteúdo aprendido. Os voluntários foram convidados a realizar uma prova uma semana depois. Observou-se que o desempenho deles foi 50% melhor que aqueles que haviam estudado escrevendo esquemas, método que relaciona palavras e conceitos.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

"A insegurança das pessoas aumenta sua atração por teorias extremistas."



Segundo estudo publicado no Journal of Experimental Social Psychology, a insegurança pode estar relacionada à tendência de aderir a grupos radicais e de simpatizar com teorias extremistas.
A pesquisa foi realizada pelo psicólogo Michael Hogg, da Claremont Graduate University, na Califórnia. Ele pediu a um grupo de voluntários, formado por universitários que evocasse momentos em que se sentiram indecisos, inseguros e isolados. Em seguida, o pesquisador perguntou aos participantes quais ações, na opinião deles, seriam mais efetivas para exigir melhorias da qualidade de ensino: bloqueio do campus, passeatas e protestos violentos ou condutas pacíficas como participar de reuniões, imprimir panfletos e enviar cartas aos jornais. Hogg observou que, quanto mais inseguras as pessoas se sentiam, maior a tendência a apoiar ações extremas e violentas. "Os grupos que de fora parecem mais fechados demonstram identidade claramente definida, o que pode ser tentador para alguém que está confuso", diz o psicólogo.

sábado, 9 de julho de 2011

"A leitura em Braile, ativa as áreas da visão no cérebro de cegos."



O neurocientista Amir Amedi, da Universidade Hebraica, em Jerusalém, demonstrou que: embora exista no córtex cerebral humano, regiões especializadas em processar informações captadas pelo sentido, em determinadas áreas, como as envolvidas na leitura, a divisão de tarefas é menos clara do que parece.

O autor da pesquisa, entregou textos para 16 voluntários: metade deles, que os recebeu escritos à tinta, enxergava e era alfabetizada; os outros 8 eram cegos de nascença, mas dominavam o sistema de leitura em Braile.

Enquanto liam, a atividade cerebral dos dois grupos eram monitoradas por Ressonância Magnética Funcional. de acordo com os resultados, todos os participantes apresentavam ativação das mesmas regiões cerebrais. Segundo Amedi, ao decodificar a escrita em Braile, os cegos utilizam não apenas áreas envolvidas na percepção do tato, mas também as visuais- elas seriam ativadas pelo formato das inscrições.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

"Pesquisas demonstram que os gêmeos já interagem no útero."



Pesquisadores da Universidade de Turim e da Universidade de Parma, na Itália, acompanharam a gestação de cinco pares de gêmeos através de ultassonografia diárias.

Foi observado que os fetos fazem gestos intencionais em direção ao companheiro desde a 14 semana, reduzindo a quantidade de movimentos voltados para si mesmos. Toques nas costas ou na cabeça do outro eram mais duradouros e mais precisos que encostar nos próprios olhos ou boca, por exemplo. Por volta da 18 semana, 30% envolviam o irmão, o que fez os pesquisadores acreditar que os contatos eram intencionais.

Estudos anteriores haviam identificado a habilidade dos fetos de controlar movimentos a partir da 22 semana de gestação. A presença de um irmão no útero, portanto, poderia também acelerar o desenvolvimento motor. O grupo pretende continuar a pesquisa, desta vez com número maior de pares de gêmeos. Os padrões de atividade mapeados podem ajudar a identificar fatores relacionados a transtornos que comprometem o desenvolvimento sociocognitivo, como o autismo.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

"A razão de compartilharmos histórias, notícias e informações com os outros pode estar neste estudo."




A transmissão social de dados, vem acontecendo há milhares de anos, e o advento das tecnologias sociais, como mensagem de texto, Orkut e outros sites de mídia social só tornou esse compartilhamento mais rápido e mais fácil.


Mas por que determinados conteúdos são mais compartilhados do que outros, e o que leva as pessoas a compartilhar?


Segundo Jonah Berger, autor de um novo estudo publicado na revista Psychological Science, a partilha de histórias ou informações pode ser impulsionado em parte pela excitação.


Quando as pessoas estão fisiologicamente estimuladas, quer devido a estímulos emocionais ou quaisquer outros, o Sistema Nervoso Autônomo é ativado, aumentando a conexão social.


"Em um trabalho anterior verificamos que as emoções desempenham um grande papel para que os artigos do New York Times cheguem à lista dos mais enviados por e-mail.


Mas curiosamente , descobrimos que, enquanto os artigos que evocam emoções mais positivas, são geralmente mais virais, algumas emoções negativas, como ansiedade e raiva, na verdade aumentam a probabilidade de transmissão, enquanto outras emoções, como a tristeza, diminuem essa probabilidade.


"Ao tentar entender o porque disso, concluímos que a excitação pode ser um fator fundamental", diz Berger, que é pesquisador na Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos.


No estudo, Berger sugere que as pessoas que estão se sentindo com medo ou com raiva ou, por outro lado, divertindo-se, lideram o processo de compartilhamento de notícias e informações.


Esses tipos de emoções são caracterizados por alta excitação e ação, ao contrário de emoção como tristeza ou contentamento, que são caracterizados por baixa estimulação ou inação.


Berger está especialmente interessado em como a transmissão social faz com que determinados conteúdos on-line tornem-se virais.


"Há muito interesse no Facebook, Twitter e outros tipos ou meios de comunicação social de hoje", diz ele, "mas para as empresas e organizações usarem estas tecnologias de forma eficaz, elas precisam entender por que as pessoas falam a respeito e compartilham determinadas coisas".


Berger afirma que as implicações deste estudo são bastante amplas.


"O comportamento das pessoas é fortemente influenciado pelos que os outros dizem ou fazem. Se você é uma empresa que está tentando levar as pessoas a falar mais sobre sua marca, ou uma organização de saúde pública tentando levar as pessoas a espalhar a sua mensagem sobre alimentação saudável, estes resultados fornecem indícios de como projetar mensagens e estratégias de comunicação mais eficazes", conclui o pesquisador.

domingo, 3 de julho de 2011

"A emoção na voz humana, é identificada pelo bebê desde os três mêses de idade."



Um estudo realizado na Universidade College London, em Londres, afirma que bebes podem identificar emoções na voz de outras pessoas à partir dos três meses de idade.

O estudo foi realizado através do escaneamento do cérebro de 21 bebes adormecidos, enquanto os estimulavam com diferentes tipos de sons. Durante o exame de Ressonância Magnética, eles tocaram sons "emotivos", com choros e risadas, e sons de fundo como água correndo ou barulho de brinquedos. Quando escutaram vozes humanas, os bebes ativaram o córtex temporal, mesma parte do cérebro ativada por adultos na mesma situação. outra região do cérebro, o sistema límbico, que controla as emoções, reagiu fortemente a sons tristes ou negativos, mas não diferenciaram sons neutros de felizes. A pesquisadora Evelyne Mercure, da Universidade de Londres, disse que o estudo prova a existência de áreas especializadas no cérebro desde o início do desenvolvimento cerebral. A próxima fase do estudo pretende comparar cérebros de bebes autistas e não autistas, na esperança de entender porque alguns desenvolvem a doença.

sábado, 2 de julho de 2011

"Como o cérebro processa piadas?"



Uma pesquisa feita por cientistas da Unidade de Cognição e Ciências Cerebrais do Conselho de pesquisas Médicas, na Inglaterra, começa a compreender a maneira como o cérebro humano reage a piadas, num trabalho que pode ajudar a determinar se pacientes em estado vegetativo são capazes de experimentar emoções positivas.

Eles usaram exames de ressonância magnética funcional, para observar e comparar o que acontece no cérebro de pessoas normais quando elas ouvem frases comuns e piadas engraçadas, inclusive trocadilhos.

Ao avaliar os cérebros de 12 voluntários saudáveis, eles notaram que as áreas de recompensa no cérebro se acendem muito mais ao processarem piadas do que ao processarem a fala normal. No estudo, essa reação de recompensa aumentava conforme os participantes achassem uma piada mais engraçada.

"Encontramos um padrão característico de atividade cerebral quando as piadas usadas eram trocadilhos", disse Matt davis, um dos coordenadores do estudo.

Por exemplo, piadas como, "Por que os canibais não comem palhaços? Porque eles tem um gosto engraçado!" envolvia áreas cerebrais ligadas ao processamento da linguagem mais do que em piadas que não envolviam jogos de palavras.

Ele disse que a resposta também era diferente quando as frases não engraçadas continham palavras com mais de um sentido.

"Mapear a forma como o cérebro processa as piadas e as frases, mostra como a linguagem contribui para o prazer de entender uma piada. Podemos usar isso como parâmetro para entender como as pessoas que não conseguem se comunicar normalmente reagem a piadas", acrescentou ele.

Esse estudo foi publicado nesta terça feira, na Revista "Journal of Neuroscience".

sexta-feira, 1 de julho de 2011

"Estudo demonstra que existe uma interligação entre impulsividade e superstições."



Cientistas da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, descobriram uma interessante relação entre a impulsividade e o chamado "raciocínio falho", que é por exemplo, a crença em amuletos de sorte e rituais supersticiosos.

O estudo avaliou jogadores compulsivos em tratamento clínico, e os resultados mostraram que aqueles com maior nível de impulsividade eram mais suscetíveis a erros de raciocínio associados ao jogo. Esses erros incluem rituais supersticiosos, como carregar amuletos, e as explicações sobre suas perdas variam desde má sorte até "frieza" das máquinas de jogo.

Comparando jogadores e não jogadores da população em geral, mediu-se primeiro a impulsividade isolada. Encontrou-se que os jogadores são mais impulsivos quando em estado de humor extremo, bom ou mau humor, que são sinais que podem desencadear o jogo. Não foi encontrada conexão entre a impulsividade e a busca por premiações imediatas no grupo de controle, quando se compara a capacidade de trocar um prêmio imediato por um prêmio maior no futuro.

O jogo patológico, ou seja, quando o hábito de jogar se torna um vício, é um distúrbio psiquiátrico, que atinge cerca de 1% da população mundial. Os sintomas incluem desde perda de controle sobre o jogo, sintomas de abstinência como irritabilidade, além de trazer diversas dificuldades para a vida cotidiana da pessoa, como dívidas, e problemas familiares.

"A ligação entre impulsividade e crença nos jogos de azar nos sugere que a forte impulsividade" pode predispor a uma série de distorções mais complexas- tais como as superstições- que os jogadores experimentam frequentemente", explica o Dr. Lucke Clarck, um dos autores da pesquisa. Segundo Clarck, a pesquisa ajuda a difundir duas prováveis causas subjacentes ao problema do jogo, indicando quem poderia acabar se tornando jogadores patológicos.