segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

"A atividade cerebral é alterada por uso prolongado do celular."


Os cientistas dos Centros Nacionais de Saúde dos EUA (NIH) notaram que, após 50 minutos de conversa no celular, havia 7% mais consumo de açucar no cérebro nas regiões próximas à antena do aparelho.
A presença de glicose é um sinal de aumento na atividade cerebral.
A pesquisa foi feita com 47 pessoas e publicado no periódico Journal of the American Medical Association e é uma das primeiras a investigar os efeitos fisiológicos do celular ao observar os efeitos de seus campos magnéticos.
Os indivíduos que fizeram parte do estudo, ficaram com 2 celulares colados a seus ouvidos, um desligado e um ligado (mas sem volume, para que eles não notassem a diferença entre cada aparelho).
Durante 50 minutos, os pesquisadores monitoraram, com um scanner, a diferença dos níveis de glicose e observaram que, no lado do cérebro próximo ao telefone ligado; a presença de açucar era maior.
O estudo, entetanto, não oferece nenhuma conclusão sobre possíveis riscos para a saúde, contido no uso do celular.
"Esses resultados não provam potenciais efeitos cancerígenos (do celular) ou a ausência deles", diz a pesquisa.
"Não podemos determinar a relevância clínica do estudo, mas nossos resultados mostram que o cérebro humano é sensível aos efeitos dos campos magnéticos em exposições (prolongadas)", disse Gen-Jack Wang, um dos responsáveis pela pesquisa, ao site especializado Med Page Today.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

"Pesquisa comprova que o uso da maconha,aumenta o risco de problemas de erecão."


A pesquisa realizada na Queen's University,no Canadá, mostrou evidências de que o consumo de maconha pode afetar de forma negativa, o desempenho sexual masculino. Isso porque seu uso pode causar problemas de ereção.
Esse resultado vai além do conhecimento já disseminado de que a maconha pode afetar certos receptores no cérebro. Segundo Rany Shamboul, pós doutorando do Departamento de farmacologia e toxicologia, esses receptores também existem no pênis.
O consumo de maconha pode ter um efeito contrário sobre esses receptores do pênis, tornando mais difícil para um homem alcançar e manter uma ereção.
Esses resultados vão mudar o atual entendimento do impacto do uso da maconha sobre a saúde sexual.
O pesquisador alerta que nem todos os usuários de maconha conhecem os efeitos que ela traz ao organismo, em especial aos efeitos danosos que podem ter sobre seu desempenho e saúde sexual.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

"A quantidade de testosterona interfere na capacidade de empatia."


Um estudo publicado na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences, demonstra pela primeira vez que a testosterona afeta negativamente a capacidade das pessoas de sentir empatia.
O estudo realizado por Jack van Honk (Universidade de Utrecht)e Simon Baron-Cohen(Universidade de Cambridge), usou
um teste com aplicação de testosterona sob a língua de voluntários e mediram sua capacidade de "ler a mente",um dos indicadores da empatia.
A pesquisa usou um teste chamado "lendo a mente dos olhos",que testam quão bem alguém pode inferir o que a outra pessoa está pensando ou sentindo,olhando fotografias das expressões faciais ao redor dos olhos.
A leitura da mente é um aspecto da empatia,uma habilidade que mostra diferenças significativas de gênero,em favor das mulheres.
Os cientistas avaliaram 16 mulheres jovens de população em geral,pois as mulheres,em média, tem níveis mais baixos de testosterona do que os homens.
Os pesquisadores descobriram que a administração de testosterona não apenas leva a uma redução significativa na capacidade da leitura da mente,como também este efeito é fortemente preditivo da chamada relação 2D:4D, um marcador de testosterona pré-natal.
"Estamos muito animados com esta descoberta porque ela sugere que os níveis de testosterona pré-natal geram efeito posteriores da testosterona sobre a mente",disse o Dr. Jack van Honk.
"Este estudo contribuiu para o nosso conhecimento de como pequenas diferenças hormonais podem ter efeitos a longo alcance sobre a empatia",comenta Simon Baron-Cohen.
O novo estudo tem várias implicações importantes:
1) os níveis correntes de testosterona afetam diretamente a capacidade de uma pessoa de ler a mente dos outros.Isso pode ajudar a explicar porque em média as mulheres tem melhor desempenho em testes deste tipo do que os homens,uma vez que os homens em média, produzem mais testosterona que as mulheres.
2) que a relação 2D:4D,um marcador de testosterona total, prevê a medida em que a testosterona terá este efeito mais tarde.Isso sugere que os níveis de testosterona no útero tem um "efeito organizador"de longo prazo na função cerebral.
Finalmente, dado que as pessoas com autismo tem dificuldade em ler a mente,e que o autismo
afeta homens com mais frequência do que mulheres, o estudo fornece mais apoio para a teoria andrógena do autismo- a testosterona é um andrógeno.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

"Sensacão de dor é alterada pela expectativa do paciente."


Um estudo publicado pela revista especializada Science Translational Medicine, sugere que as expectativas dos pacientes podem tanto potencializar os efeitos de um analgésico como neutraliza-lo por completo.
Pesquisadores britânicos e alemães aplicaram calor nos pés de 22 pacientes,que em seguida,tiveram que qualificar o grau de dor sentida em uma escala de 0 a 100.
Ao mesmo tempo, os pacientes eram submetidos a um escaner cerebral, que exibia as condições das diferentes regiões do cérebro enquanto os testes eram realizados.
Após a aplicação do calor, o nível médio de dor sinalizado por eles foi de 66.
Os pacientes que estavam também conectados a um dispositivo intravenoso pelo qual poderiam receber doses de medicamentos sem serem informados, recebiam então, um poderoso analgésico chamado remifentamil.
Depois disso, eles passaram a sinalizar 55 como sendo seu índice de dor.
Os pesquisadores informaram, em seguida, que eles estavam sendo medicados com ,um analgésico, e a nota dada por eles caiu para 39.
Então mantendo a mesma dose, eles foram informados de que a aplicação do analgésico havia sido suspensa e que eles provavelmente sentiriam dor.
Com isso, a nota subiu para 64.
Portanto, apesar deles estarem recebendo remifentanil, relataram estar sentindo o mesmo nível de dor indicado quando estavam recebendo qualquer analgésico.
A professora Irene Tracey, da Universidade de Oxford,disse à BBC: "É fenomenal.É um dos melhores analgésicos que temos,e a influencia do cérebro pode aumentar em muito ou removê-lo por completo".
O escaneamento cerebral realizado durante a pesquisa, mostrou também quais as regiões do cérebro que foram afetadas.
a expectativa de um tratamento positivo foi associada com a atividade nas áreas cíngulo-frontal e subcortical do cérebro,enquanto a expectativa negativa levou ao aumento da atividade no hipocampo e no córtex frontal-medial.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

"Ansiedade normal e patológica".


A ansiedade é uma reação normal e até desejável,pois ajuda o ser humano a superar perigos e ameaças, por exemplo. Entretanto, tão importante quanto ter ansiedade, é o retorno ao estado normal após o fato que a desencadeou passar.
As pessoas que tem dificuldade em "desligar"o estado de ansiedade pode desenvolver distúrbios de ansiedade, stress pós traumático e depressão.
A pesquisa realizada por Alon Chen e seus colaboradores, no departamento de Neurobiologia do Instituto de Ciência Weizmann, em Israel, teve como objetivo, entender como o organismo humano responde a estados de stress agudo.
Eles enfocaram o estudo nas famílias de proteínas que tem um papel importante para regular o mecanismo de stress. Uma delas é a molécula, CRF que é conhecida por iniciar uma sequência de eventos que ocorrem quando uma pessoa se sente pressionada.
A pesquisa identificou a presença de 3 proteínas,denominadas urocortina 1,2 e 3, que atuam no "desligamento"da resposta ao stress.
Na pesquisa os cientistas geraram camundongos geneticamente modificados para que não produzissem as 3 urocortinas, e usaram outro grupo controle, de animais normais.
Ao serem submetidos a situações stressantes, os dois grupos agiram de modo semelhante.
As diferenças foram percebidas 24horas depois, quando o grupo controle, havia voltado ao estado normal,mas o outro ainda estavam com os mesmos níveis de ansiedade observados logo após o episódio estressante.
Chen e seus colegas, analisaram os dois grupos de camundongos, para níveis de expressão de genes com papel conhecido na resposta ao stress e perceberam que os níveis de expressão genético, permaneceram constantes durante e apóso stress nos animais geneticamente modificados. Os padrões se alteraram consideravelmente no grupo controle.
Segundo os cientistas, o motivo é que no primeiro grupo o sistema urocortina não pode ser ativado, impedindo os animais de retornarem ao estado normal.
"Os resultados implicam que o sistema urocortina tem um papel central na regulação das respostas ao stress.Isso poderá ter implicações para o estudo de distúrbios de ansiedade, depressão e anorexia", disse Chen.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

"O alcoólatra pode se manter afastado da bebida,através do autruísmo."


Dados levantados pelo projeto Match (uma das maiores pesquisas americanas sobre alcoolismo),mostram que 40% dos alcoólatras que ajudam outras pessoas com o mesmo problema,conseguiam ficar longe da bebida por 15 meses.Essa taxa cai para 22% entre os dependentes que não prestaram assistência nenhuma a terceiros. A atualizacão dos dados foi publicada na revista Alcoholism Treatment Quarterly. Mais de 94% dos alcoólatras que ajudaram outros dependentes e que mantiveram a atividade apresentaram menores níveis de depressão.
Uma outra pesquisa, realizada com alcoólatras que sofriam de transtorno dismórfico corporal, mostrou que os dependentes que ajudaram outras pessoas tinham mais chance de permanecer sóbrios e desenvolver uma imagem mais positiva sobre si mesmos.
"Essa pesquisa indica que participar ativamente de serviços, ajuda a alcoólatras e outros viciados a ficar sóbrios",diz a coordenadora do estudo, Maria E.Pagano, professora de psiquiatria da Universidade Case Western Reserv, nos Estados Unidos. "O levantamento sugere que essa abordagem é aplicável a todas as pessoas que desejam deixar a bebida ou as drogas". Os benefícios também foram registrados entre pessoas que precisam lidar com condições crônicas, como depressão, AIDS e dor Crônica.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

"Exercícios físicos mantém o corpo e a memória em forma."



A conclusão de um estudo que será publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences, é de que exercícios físicos aeróbicos podem diminuir a perda de memória em idosos e prevenir o declínio cognitivo associado com o envelhecimento.
O estudo foi realizado na Universidade de Illinois, em Urbana-Champaign, nos EUA, e coordenado por Arthur Kramer, verificou que um ano de exercícios físicos moderados foi capaz de aumentar o tamanho do hipocampo em adultos mais velhos, levando a uma melhoria na memória espacial.
Estudos anteriores demonstram que o hipocampo diminui com a idade, o que afeta a memória e aumenta o risco de demência.
O estudo foi realizado através de exames em cérebros de 60 adultos saudáveis com idade entre 55 e 80 anos, durante e após o período de 1 ano de exercícios.
Os pesquisadores observaram que os participantes que caminharam por 40 minutos, 3 vezes por semana, tiveram um aumento de em média 2,2% no volume do hipocampo esquerdo e de 1,97% no direito.
O grupo que praticou apenas exercícios de alongamento tevediminuição média de 1,40% no hipocampo esquerdo e 1,43% no direito durante o período.
Foram aplicados testes de memória espacial, antes, com 6 meses, e após 1 ano do período observado.
"Os resultados do estudo são particularmente interessantes por indicarem que mesmo pequena quantidade de exercícios em adultos mais velhos e sedentários podem levar a melhora substancial na memória e na saúde cerebral", disse Kramer.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

"Não troque o lápis pelo teclado,seu aprendizado agradece!"


A Dra.Anne Mangen, da Universidade de Stavanger, na Noruega, após investigar se algo se perde, quando estudantes adultos,passam do livro para a tela do computador e da caneta para o teclado,concluiu que escrever à mão fortalece o processo de aprendizagem.
Os resultados dessa pesquisa foram publicados no periódico Advances in Haptics.
A pesquisadora explica que o processo de ler e escrever envolve uma série de sentidos.
Ao escrever à mão, o nosso cérebro recebe feedback de nossas ações motoras, juntamente coma sensação de tocar no lápis e no papel. Essas retroalimentacões são significativamente diferentes daquelas que recebemos quando digitamos em um teclado.
Um experimento realizado pela equipe do neurofisiologista Jean-Luc Velay, que colaborou com a pesquisa, demonstrou que as partes do cérebro ativadas quando lemos as letras que aprendemos pela escrita manual, são diferentes daquelas ativadas quando reconhecemos as letras que aprendemos por meio da digitação de um teclado.
Ao escrevermos à mão,os movimentos envolvidos deixam uma memória motora na parte sensório motora do cérebro, o que nos ajuda a reconhecer as letras.
Isso demonstra que há uma conexão entre a leitura e a escrita, e sugere que o sistema sensório-motor desempenha um papel no processo de reconhecimento visual durante a leitura. Como escrever à mão demora mais do que digitar em um teclado, o aspecto temporal também pode influenciar o processo de aprendizagem , afirma a pesquisadora.
Os experimentos conduzidos com adultos que deveriam aprender um alfabeto desconhecido, mostraram que aqueles que aprenderam escrevendo manualmente saíram-se consistentemente melhor nos testes do que aqueles que aprenderam na tela do computador.
"O componente sensório-motor é parte integrante do treinamento para iniciantes, e em especial para pessoas com dificuldade de aprendizagem,mas há pouca consciência e compreensão da importância da escrita para o processo global de aprendizagem, além da própria escrita",diz a pesquisadora.
Ela se refere à investigação pedogógica sobre a escrita, que passou de uma abordagem cognitiva, para um foco nas relações contextuais, sociais e culturais. Na sua opinião, um foco unilateral sobre o contexto pode levar à negligência das conexões individuais, sensório-motora, fisiológicas e fenomenológicas.