quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

"Relação entre a Síndrome do intestino irritável com os estados de depressão e ansiedade."


Até metade das pessoas que sofrem da Síndrome do Intestino Irritável podem apresentar problemas psicológicos - incluindo ansiedade, depressão e somatização- que afetam bastante sua qualidade de vida, segundo os especialistas da Universidade de Washington, nos Estados Unidos.
A síndrome é marcada por dor abdominal com cólica e distensão abdominal por gases, além de intestino preso e diarreia: e por si só, já influencia negativamente o bem estar dos pacientes. Segundo os especialistas, associada a problemas de humor, estão a condição tem um impacto ainda maior na qualidade de vida.
"Pacientes com síndrome do intestino irritável são conhecidos por terem prejuízos na qualidade de vida comparáveis ao de indivíduos com outras doenças gastrointestinais cronicas, incluindo doença inflamatória intestinal e doença hepática cronica", disseram os pesquisadores no Encontro Anual do American College of Gastroenterology. "Em até metade desses pacientes, comorbidade de doenças psiquiátricas pode ser detectada; e essas condições também afetam negativamente a qualidade de vida", completaram.
Avaliando 279 pessoas que sofriam da Síndrome do Intestino Irritável- a grande maioria era de mulheres- os pesquisadores observaram que a coexistência de problemas psiquiátricos é comum entre esses pacientes, com mais de 28% apresentando depressão e quase 34% tendo ansiedade. Além disso, um em quatro pacientes apresentam altos índices de somatização- "tendências a experimentar e comunicar sofrimento somático em resposta e stress psicossocial e buscar auxílio médico por isso".
De acordo com os autores, mais da metade dos pacientes apresentaram pelo menos um distúrbio psiquiátrico, e sua qualidade de vida era significativamente menor do que a dos participantes que não apresentavam problemas como depressão, ansiedade e somatização. Além disso, essa pior qualidade de vida associada aos problemas psiquiátricos seria independente da frequência e da severidade dos sintomas intestinais.
"Além dos sintomas intestinais, a comorbidade psiquiátrica, particularmente a depressão e a somatização, podem ser alvos terapêuticos igualmente importantes para otimizar o bem estar dos pacientes com síndrome do intestino irritável", concluíram os autores.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

"Estudo sugere que amamentação pode melhorar a inteligência das crianças."


Um estudo australiano feito com mais de mil crianças e relatado pelo site especializado MedPage Today, demonstra que crianças de 10 anos que haviam sido amamentadas por pelo menos 6 meses, tiveram resultados melhores em teste-padrão de leitura, matemática e grafia, em comparação com crianças amamentadas por períodos mais curtos.
O estudo foi coordenado por Wendy Oddy, do Instituto de Pesquisa de Saúde Infantil da Universidade do Oeste da Austrália.
"Nosso estudo adiciona provas crescentes de que a amamentação por pelo menos 6 meses, tem efeito benéfico para o melhor desenvolvimento da criança", escreveram Oddy e seus colaboradores.
A relação entre amamentação e desenvolvimento cognitivo é atribuída aos nutrientes presentes no leite materno- principalmente ácidos graxos- poli-insaturados- que ajudam no crescimento de membranas celulares do cérebro e de neurônios.
O estudo levou em consideração os outros fatores que também influenciam o desenvolvimento cognitivo infantil e disse ter tentado controla-los entre as crianças estudadas. Com isso, foi possível observar também que índices menores de educação materna e renda prejudicavam o desempenho das crianças.
Em contra partida, as que liam mais durante a idade de 3 a 5 anos, tiveram melhores resultados nos testes de leitura e escrita.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

"Já nos primeiros meses de vida, os bebês já desenvolvem a empatia."


Um trabalho publicado no periódico Biology Letters, e realizado no Centro para Estudos do Cérebro e Desenvolvimento Cognitivo da Universidade de Londres, e coordenado pela pesquisadora Victoria Southgate, provou que aos 9 meses de idade, os bebês ativam a região motora do cérebro que fazem os espelhamentos neuronais que são uma habilidade cerebral que faz que nos sintamos exercitando uma tarefa mesmo que não façamos pessoalmente, mas incorporando o movimento de outras pessoas em nível mental.
A pesquisadora e sua equipe, observaram esse padrão monitorando as atividades cerebrais de bebês ao fazerem ou simplesmente olharem a manipulação de brinquedos. As reações eram gravadas pelo eletroencéfalograma, exame que mede as atividades elétricas do cérebro, para posterior análise.
O fato de o exame mostrar que os bebês prediziam as atividades, ou seja, que seu sistema motor replicava paralelamente aquelas realizadas por alguém próximo, e que essas informações os ajudavam a dar continuidade em ações começadas por outras pessoas, mostrou aos pesquisadores que essa habilidade cerebral é o primeiro passo em direção a uma futura socialização. Para os bebês, esse tipo de espelhamento neuronal é a base para que eles estejam preparados para uma atividade colaborativa que será importante para seu aculturamento.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

"Boxe causa danos neuropsiquiátricos."


Questões com: Quais complicações agudas e sequelas tardias os boxeadores podem esperar ao longo de sua carreira?, foram analisadas por Hans Forsti e seus colaboradores da Universidade Técnica de Munique, na Alemanha.
A avaliação dos maiores estudos sobre o tema da saúde dos boxeadores nos últimos 10 anos, mostrou que o nocaute, que está de acordo com as regras do esporte e que, em termos neuropsiquiátricos, corresponde à concussão cerebral, produz piores danos.
Depois de um nocaute, consequências menos graves, incluem sintomas como dor de cabeça persistentes, problemas auditivos, náuseas, andar instável e esquecimento.
Mas o nocaute não é o único vilão, os pugilistas tem um risco substancial de lesão aguda na cabeça, coração e esqueleto.
Os déficits cognitivos após o trauma crânio encefálico duram significativamente mais do que os sintomas que podem ser percebidos pelo indivíduo.
Cerca de 10% a 20% dos pugilistas desenvolvem deficiências neuropsiquiátricas persistentes.
O trauma cerebral repetido ao longo de uma carreira no boxe, pode resultar na demência do pugilista que é neurobiologicamente similar à Doença de Alzheimer e tão importante a ponto de receber sua própria designação: demência pugilística.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

"Pesquisadores brasileiros recuperam movimentos em ratos paraplégicos."


Cientistas brasileiros do Hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba, criaram uma nova técnica que permitiu que ratos paraplégicos voltassem a andar.
O método é uma combinação entre o uso de células-tronco com exercícios físicos intensos.
O estudo foi realizado através das lesões provocadas por traumas na coluna de ratos, que foram divididos em dois grupos: um começou o tratamento 48horas após a lesão,e outro, 14 dias depois do trauma. No local dos ferimentos, foi injetado um preparado de células-tronco retiradas da medula óssea dos próprios ratos. Uma vez no organismo, as células tronco se transformaram em células neurais e ajudaram a regenerar as regiões afetadas.
Paralelamente, os ratos foram submetidos a um trabalho de condicionamento muscular intenso, com 6 sessões semanais de exercícios na piscina, de uma hora de duração cada.
Em uma escala que vai de zero (animais totalmente paralisados)a 21 (mobilidade excelente),alguns foram do nível 2 para o 17 em 45 dias. Quase todos conseguiram recuperar parte dos movimentos das patas traseiras, mesmo quando a terapia foi implementada "tardiamente".
"Isso mostra que é possível recuperar os movimentos mesmo após a estabilização da lesão", disse a criadora do método, Katherine Athayde de Carvalho.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

"Diabetes sem tratamento, reduz colesterol para o cérebro."


Um estudo realizado na Universidade de Harvard,nos Estados Unidos, indica que diabetes não tratada pode reduzir a quantidade de colesterol disponível para o cérebro. Sabe-se que: níveis baixos de colesterol são ligados ao Mal de Alzheimer e a outras doenças degenerativas. As informações estão disponíveis no site da revista New Scientist.
Os pesquisadores compararam genes em amostras de cérebro de rato com diabetes do tipo 1 e tipo 2 de encontro com amostras de ratos saudáveis.
A atividade destes genes envolvidos na produção de colesterol na área que envolve a manutenção de energia do cérebro foi reduzida em 25% nos dois grupos de ratos diabéticos. Mas quando foram tratados com insulina,os efeitos foram contrários.
O colesterol colabora na sustentação da comunicação neuronal, ajudando as células a formarem conexões umas com as outras.A pesquisa oferece novas opções nos estudos sobre a ligação de insulina e produção de colesterol, segundo os cientistas.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

"A inteligência emocional atinge seu ápice aos 60 anos."


A conclusão de um estudo realizado na Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, é de que as pessoas idosas tem mais dificuldade em controlar suas emoções, especialmente quando assistem cenas desoladoras ou repugnantes em filmes e novelas, entretanto, elas são melhores do que as pessoas mais novas em ver o lado positivo de uma situação stressante e ter empatia com os menos afortunados.
A equipe do Dr. Robert Levenson está analisando como nossas estratégias e respostas emocionais mudam à medida que envelhecemos.
Os resultados das pesquisas apoiam a teoria de que a inteligência emocional e as habilidades cognitivos podem realmente melhorar quando entramos na casa dos 60, dando às pessoas mais velhas uma vantagem no trabalho e nos relacionamentos pessoais.
No primeiro estudo, os pesquisadores analisaram como adultos saudáveis na faixa dos 20, 40, e 60 anos reagiram a clipes de filmes neutros, triste e revoltantes. Eles examinaram sobretudo a forma como os participantes usaram técnicas conhecidas como "avaliação independente", "reavaliação positiva" e "supressão de comportamentos".
As pessoas mais velhas foram os melhores em reinterpretar cenas negativas de forma positiva, um mecanismo de enfrentamento que se baseia fortemente na experiência de vida e nas lições aprendidas.
Os mais jovens e os participantes de meia-idade foram melhores no uso da "avaliação independente" para se desviar a atenção dos filmes desagradáveis.
Todos os três grupos foram igualmente hábeis em usar a supressão de comportamento para reprimir suas respostas emocionais.
"Pesquisas anteriores já haviam mostrado que a supressão de comportamento, não é uma maneira muito saudável de controlar as emoções", disse Levenson.
O estudo conclui que, "os idosos podem ser melhor servidos permanecendo socialmente engajados e usando a reavaliação positiva para lidar com situações stressantes, em vez de desconectar-se de situações que oferecem oportunidade para melhorar a qualidade de vida".
"Cada vez mais parece que o sentido da vida a partir de uma certa idade centra-se nos relacionamentos e no cuidar e ser cuidado por outros", afirma Levenson.

sábado, 18 de dezembro de 2010

"Terapia genética melhorou a memória de ratos com Alzheimer".


Um artigo publicado na revista científica Nature, relata uma técnica de terapia genética criada para melhorar problemas de memória associados ao Mal de Alzheimer, foi testada com sucesso em ratos, dizem cientistas americanos.
Os especialistas usaram a técnica para aumentar níveis de uma substância química que auxilia a comunicação entre células do cérebro, que é prejudicado em pacientes com Mal de Alzheimer.
Segundo a entidade britânica Alzheimer´s Research Trust, que fomenta pesquisas sobre a doença, o novo estudo acrescenta uma peça importante ao conhecimento que se tem sobre a doença e sugere novas técnicas de pesquisa.
A equipe de pesquisadores do Instituto Gladstone de Doenças Neurológicas, nos Estados Unidos, acredita que um aumento nos índices do neurotransmissor EphB2 no cérebro possa ajudar a reduzir ou mesmo prevenir alguns dos piores efeitos da doença.
O estudo sugere que a substância cumpre um papel importante na memória e que sua presença é reduzida em pacientes com o Mal de Alzheimer. Uma das características mais marcantes dos cérebros afetados por essa condição é o acumulo de placas de proteína chamada amilóide. Com o passar do tempo, isso leva à morte das células do cérebro.
A equipe baseou seu experimento em uma particularidade da proteína amilóide: sua suposta habilidade de se acoplar ao neurotransmissor EphB2, reduzindo a quantidade da substância disponível para as células do cérebro, o que poderia em parte explicar a perda de memória nos pacientes.
Para testar essa idéia, eles usaram técnicas de terapia genética para reduzir e também para aumentar a quantidade de EphB2 disponíveis nos cérebros de ratos de laboratório. Quando os índices da substância foram reduzidos em ratos saudáveis, os animais desenvolveram sintomas de perda de memória similares àqueles observados em ratos programados geneticamente para apresentar uma condição similar ao Mal de Alzheimer.
E quando os ratos com sintomas de Alzheimer receberam terapia genética que aumentou os índices de EphB2, seus sintomas de perda de memória desapareceram.
Lennart Mucke, líder do estudo, disse que sua equipe ficou "encantada" com a descoberta. "Com base nos nossos resultados achamos que impedir as proteínas amilóides de se acoplarem ao EphB2 e aumentar os índices de EphB2 ou de suas funções por meio de drogas pode ser benéfico a pacientes com Mal de Alzheimer, disse Mucke.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

"O tamanho do córtex visual no cérebro pode alterar a visão do mundo."


Um estudo realizado no Wellcome Trust Centre for Neuroimaging e no Institute of Cognitive Neuroscience da University College London,e publicado na revista Nature Neuroscience, indica que o tamanho do córtex visual afeta a maneira como o ambiente é percebido.
Ninguém coloca em dúvida, o fato de que pensamentos e emoções diferem de uma pessoa para a outra,mas a maioria acha que o mundo é visto de maneira semelhante.Ou seja, as cenas são as mesmas,mas a interpretação é diferente.
Este estudo demonstra que as diferenças também estão presentes na maneira como se vê o mundo.
Sabe-se que o córtex visual primário( área do cérebro responsável por processar os estímulos visuais),varia até 3 vezes de tamanho de um indivíduo para outro, e isso causaria diferenças individuais na percepção do mundo.
Samuel Schwarzkopf e seus colaboradores apresentaram séries de ilusões ópticas a 30 voluntários saudáveis.
Entre as imagens estavam a conhecida ilusão de Ebbinghaus, na qual dois círculos iguais são envoltos por círculos pequenos para um e grande para outro.
Em outra ilusão de óptica, ou do ""trilho do trem", duas imagens de mesmo tamanho parecem diferentes por estarem em posições diferentes no trilho em relação ao observador: mais perto e mais longe, sendo que a segunda dá a impressão de ser maior.
Os pesquisadores verificaram uma grande diferença (ilusória) entre as imagens de mesmo tamanho, enquanto para outros a diferença era pouco perceptível.
Por meio de ressonância magnética funcional, os pesquisadores mediram a área superficial do córtex visual primário de cada voluntário.
Surpreendentemente, foi verificada uma forte relação entre o tamanho do córtex visual e a extensão em que os voluntários percebiam a ilusão de óptica: quanto menos a área, mais pronunciada foi a ilusão.
"Nosso trabalho mostra que o tamanho de uma parte do cérebro de uma pessoa pode ser usado para prever como ela percebe o ambiente visual", disse Schwarzkopf. "Como vemos o mundo depende muito de nossos cérebros,do tamanho da área que o cérebro separa para o processamento visual."

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

"O vício pode depender do indivíduo e não da substância".


Um estudo realizado por cientistas da Universidade de Michigan e Washington, nos Estados Unidos,concluiu que, ao contrário do que se achava, diferenças nos tipos de respostas a estímulos ambientais entre os indivíduos podem influenciar padrões químicos no cérebro,relacionados a recompensa.
Segundo os pesquisadores, a maior compreensão dessas diferenças poderá levar ao desenvolvimento de novos tratamentos e de formas de prevenção para o comportamento compulsivo.
A pesquisadora Shelly Flagel, diz que : "conseguimos responder a uma antiga dúvida sobre qual é o papel da dopamina no sistema de recompensa".
Os cientistas usaram uma variação de um experimento clássico,no qual um rato aprende associar uma alavanca com a obtenção de uma recompensa, no caso, comida.
Neste novo estudo, os animais não precisavam pressionar a alavanca, uma vez que os cientistas estavam testando a importância do mecanismo como sinal do surgimento da comida.
O que não se sabia, era se a dopamina liberada no cérebro dos ratos estava relacionada a alavanca como previsão do surgimento da comida,ou se a liberacão do transmissor já se daria apenas pela visão da alavanca.
A resposta, segundo o estudo, depende do tipo de rato em questão,ou do tipo do indivíduo.
"Algumas pessoas vêem um cartaz de uma sorveteria e para elas é apenas isso: um simples sinal de que há uma sorveteria por perto. Mas outras tem uma reação forte ao sinal uma associação tão intensa com os sorvetes que os leva até mesmo a sentir o gosto e, frequentemente, a entrar e consumir o produto", disse Shelly.
Os pesquisadores estudaram ratos que foram procriados seletivamente para que tivessem certos traços comportamentais, entre os quais diferentes tendências para drogas viciantes.
O grupo inclinado para as drogas, direcionou mais a atenção para a alavanca, enquanto os demais se importavam mais com o local em que a comida aparecia.
Os cientistas mediram as respostas à dopamina no cérebro dos ratos à medida que variavam em frações de segundos.
A análise mostrou que o grupo orientado ao uso de drogas teve um "salto de felicidade"apenas com a visão da alavanca, o que não ocorreu com os demais.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

"Stress faz com que o ranger dos dentes durante o sono aumente."


Um levantamento realizado nos Estados Unidos, detectou que nos anos de 1970 a prevalência de pessoas com bruxismo ( ranger involuntário dos dentes), era de 12,5%. Dez anos depois passou para 25% e na década passada o índice alcancou 33%. a previsão é que em 2010 mais da metade dos americanos apresentem o problema. No Brasil embora não exista pesquisa,acredita-se que os números sejam semelhantes aos dos Estados Unidos.
Ainda sem causa conhecida, acredita-se que o stress seja o principal responsável por estimular o bruxismo,que ocorre principalmente durante o sono.
A odontologista Maria Giraki e sua equipe da Universidade Henrich Heine,em Dusseldorf, Alemanha, realizaram um estudo que confirma essa teoria.
Foram acompanhados, em seu estudo, 69 pessoas , entre as quais 48 rangiam os dentes. Os voluntários usaram um fino filme plástico nos dentes superiores durante 5 noites seguidas. Com base no desgaste do material foi possível não só avaliar quem apresentava o problema,mas também com que intensidade haviam apertado a arcada dentária.
Entre outras coisas, os pesquisadores perguntaram aos participantes sobre o stress na vida profissional e pessoal, assim como sobre seu estado de saúde. Como resultado observou-se que: quem se estressava com frequência no dia a dia ou passava por problemas ou mudanca em aspectos importantes da vida, rangia mais os dentes à noite. Problemas com colegas de trabalho ou com o chefe, estavam em segundo lugar na lista de fatores de risco,seguido de limitacões físicas,como doenca e cansaco.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

"Fumar e o prejuízo cerebral."


De acordo com Simone Kuhn, pesquisadora da Faculdade de Medicina de Humboldt "Charité"University , na Alemanha,e co-autora do estudo publicado na revista Biological Psychiatry, os fumantes sofrem um afinamento do córtex orbitofrontal. Os experimentos mostram especificamente que quanto mais cigarros uma pessoa fuma por dia e mais tempo sendo fumante,mais fino o córtex cerebral na região. O afinamento do córtex do cérebro tem sido associado com o envelhecimento e redução de inteligencia.
Além disso,diz Kuhn, como o córtex orbitofrontal tem sido associado como controle do impulso, de recompensa, e decisões, a sua diluição pode aumentar o risco de dependência. Portanto, o fumo teria um efeito cumulativo sobre o cérebro que faz com que os fumantes crônicos tenham cada vez mais dificuldade de eliminar o vício.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

"Estudos indicam que a fé é um fenômeno biológico."


Dois experimentos recentes, que utilizaram imageamento cerebral por ressonância magnética funcional, demonstraram que a fé é um fenômeno biológico.
Salomons e colaboradores, investigaram de que maneira a crenca no controle da dor pode alterar a percepcão da dor.Os sujeitos do experimento foram divididos em 2 grupos,que seriam submetidos a estímulos dolorosos com 2condicões diferentes.
O primeiro grupo, foi induzido a crer que poderia reduzir a duracão do estímulo da dor através do controle de um joystick. As respostas cerebrais nesta condicão foram comparadas a respostas obtidas quando essas pessoas realizavam a mesma tarefa,mas tendo sida previamente informadas de que o joystick estaria desconectado do estímulo.
Os resultados foram surpreendentes: em diversas áreas cerebrais ativadas pelo estímulo doloroso,observou-se uma reducão significativa da atividade neural quando os indivíduos falsamente acreditavam controlar o estímulo. Essa reducão foi acompanhada de uma correspondente diminuicão da dor percebida, indicando que a sensacão dolorosa é modulada pela crenca na sua inevitabilidade.
Outro experimento parecido, conduzido por Waner e colaboradores investigou o efeito da administracão de um placebo na percepcão dolorosa. Observou-se que a dor se reduzia quando os sujeitos experimentais errôneamente acreditavam ter recebido a aplicacão de um creme analgésico, e aumentando quando eram informados de que se tratava apenas de um creme hidratante.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

"Em que momento, os bebês comecam a dormir o tempo todo?"


A pesquisadora, Dra. Jacqueline Henderson, da University of Canterbery, na Nova Zelândia, relata através de um novo estudo, que cerca de metade dos bebes irão dormir a noite inteira cerca de 2 a 3 meses após o nascimento.
"A partir de 5 meses, e para algumas famílias antes, pais podem realisticamente esperar experimentar um período de sono ininterrupto e substancial"disse a Dra. Jacqueline. "É claro que alguns pais com menos sorte,não conseguirão descansar até o primeiro ano de vida da criança", diz.
Para somar ao conhecimento limitado em relação a habilidade da criança de manter um sono ininterrupto, a Dra. Henderson e seus colaboradores olharam para padrões de sono através do primeiro ano de vida de 75 recém-nascidos a termo e saudáveis.
Os pais mantiveram um diário por seis dias a cada mês durante 12 meses, com a acuracia checada por vídeo.
Os pesquisadores acharam que o aumento mais rápido no sono ininterrupto ocorreu entre 1 e 4 meses,durante os quais os bebes gradualmente aumentaram seu tempo de cochilo por cerca de 3 horas.
Com 5 meses de idade, metade das crianças dormiam das 10 da noite até as 6 da manhã.
Com 12 meses, 85% dos bebes estavam dentro deste critério- mas 1 em cada 4 ainda não dormiam de 10 da noite às 6 da manhã.
Dr. Sadeh da Tel Aviv University,em Israel, que estava envolvido no estudo, é um psicólogo clínico com experiência em criança e família, e notou que ferramentas de promoção do sono poderiam incluir a criação de ambiente de sono que seja quieto, escuro e com temperatura apropriada, mantendo rotinas consistentes e horários para dormir,encorajando o bebê a dormir e acordar em seus berços com pouca ajuda,e gradualmente ir aumentando os intervalos entre as alimentações noturnas.
"Pais deveriam estar conscientes do processo de desenvolvimento pelo qual as crianças aprendem a dormir a noite com interrupções mínimas,eles ocorrem muito rapidamente durante os 6 primeiros meses", adiciona Sadeh.
E se eles não vêem uma tendência na direção de um sono melhor durante esses meses, ele adicionou, fatores clínicos ou físicos podem estar representando um papel na perturbação do sono.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

"Vitamina D em níveis baixos, estão associados com o risco aumentado de disfuncão cognitiva."


Uma nova análise usando usando dados da pesquisa Third National Healt and Nutrition Survery ( NHANES III), demonstrou que a deficiência de vitamina D está associada com o risco aumentado para impedimento cognitivo em idosos americanos.
Os achados vão de encontro ao que foi observado em um segundo relato do mesmo grupo em uma análise diferente,mostrando que baixos níveis de vitamina D estavam associados com declínio cognitivo subsequente durante os seis anos de seguimento.
Tomadas em conjunto, parece que "níveis baixos de vitamina D são genuinamente ruins para o cérebro", disse o autor da pesquisa David J. Llewellyn, PhD, da University of Exeter Península Medical School, no Reino Unido.
"Essa é a razão por estarmos tão entusiasmados, porque suplementos de vitamina D são muito comuns e é claro que podemos fazer algo em relação a isso."
A esperada epidemia de demência com o envelhecimento da população já está começando a aparecer, ele disse, e apesar de serem necessárias estratégias de longo prazo, estudos que possam ter um retorno de curto a médio prazo são urgentemente requeridos imediatamente.
Nesse cenário, estudos sobre o uso da vitamina D para a prevenção pode ser uma estratégia promissora, disse ele.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

"Brincar com os filhos, ajuda a garantir a saúde mental deles."


A conclusão de um estudo publicado este mês na revista Developmente and Psychopathology e realizado na Universidade de Binghamton, nos Estados Unidos, é de que aprender um hobby ou outra tarefa complexa na infância com a ajuda de um adulto de confiança pode ajudar a proteger as crianças contra o surgimento de transtornos de personalidade mais tarde na vida.
Passar o tempo com uma criança, lendo para ela, ajudando nos trabalhos escolares ou ensinando-lhes a organizar as coisas, contribui para promover uma melhor saúde psicológica na idade adulta.
"A forte conexão interpessoal e as habilidades sociais que as crianças aprendem ao ter relacionamentos ativos com os adultos, melhora o desenvolvimento psicológico positivo", disse o principal autor do estudo, Mark F. Lenzenweger.
"Com isso, a criança desenvolve seu próprio sistema de afiliação-sua conexão com o mundo das pessoas. Sem esse sistema, a forma como a criança se conecta com os outros seres humanos pode ser severamente prejudicada. E, como eu descobri, é esse comprometimento que prediz o aparecimento de sintomas de personalidade esquizóde no início da idade adulta e mais tarde", explica Lenzenweger. Ele diz que a verdadeira importância de suas descobertas é que elas ressaltam a importância de se envolver ativamente com as crianças durante seus anos de formação-o que é particularmente relevante nesta época de creches, TV, videogames e jogos de realidade virtual na internet.
As relações interpessoais alimentam uma vontade de se envolver com os outros, que é a base psicológica da experiência humana. Nos indivíduos com transtornos de personalidade, essa vontade de manter contato com outras pessoas é marcadamente ausente.
O pesquisador ressalta que o grande foco dos estudos anteriores sobre o tema tem sido a influência genética- seriam as nossas tendências herdadas que ditariam nossas respostas psicológicas e comportamentais para o tipo de situação e o stress que a vida sempre joga sobre nós.
Mas o novo estudo mostra que a experiência social nos primeiros anos de vida é um forte preditor de um melhor ajustamento na vida adulta.
Agora o pesquisador pretende estudar simultâneamente os dois aspectos- psicológicos e genéticos- para identificar o peso de cada um dos fatores na saúde mental dos adultos.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

"Terapia genética, alivia os sintomas do Mal de Alzheimer."


A equipe de pesquisadores de Gladstone Institute of Neurological Disease, em San Francisco,na Califórnia,acredita que uma técnica de terapia genética pode melhorar a memória nos problemas associados ao Mal de Alzheimer.
Os especialistas usaram, em ratos, uma técnica para aumentar níveis de uma substancia química que auxilia a comunicação entre as células do cérebro, explica um artigo publicado na revista científica Nature.
Esse processo de envio de sinais entre as células é prejudicado em pacientes com Mal de Alzheimer.
Segundo a entidade britânica Alzheimer's Research Trust, o novo estudo acrescenta uma peca importante ao conhecimento que se tem sobre a doença e sugere novas rotas de pesquisa.
A equipe baseou seu experimento em uma particularidade da proteína amilóide: sua suposta habilidade de se acoplar ao neurotransmissor EphB2 reduzindo a quantidade de substancia disponível para as células do cérebro,o que poderia em parte explicar a perda de memória nos pacientes.
Para testar a hipótese,eles usaram técnicas de terapia genética para reduzir e também para aumentar a quantidade de EphB2 disponíveis nos cérebros de ratos de laboratório.
Quando os índices das substancias foram reduzidos em ratos saudáveis, os animais desenvolveram sintomas de perda de memória similares aqueles observados em ratos programados genéticamente para apresentar uma condição similar ao Mal de Alzheimer.
E quando os ratos com sintomas de Alzheimer receberam terapia genética que aumentou os índices de EphB2, seus sintomas de perda de memória desapareceram.
Lennart Mucke, líder do estudo, diz que: "Com base nos nossos resultados achamos que impedir as proteínas amilóides de se acoplarem ao EphB2 e aumentar seus índices ou suas funções por meio de drogas, pode ser benéfico a pacientes com Mal de Alzheimer".

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

"O risco de desordem psiquiátricas são maiores nos filhos cujos pais cometeram suicídio."


Um estudo retrospectivo realizado na Suécia, revela que crianças com menos de 18 anos cujos pais cometeram suicídio,tem 3 vezes mais chance de morrer por suicídio do que aquelas com os pais vivos.
O estudo foi o maior já realizado para examinar os fatores de risco para suicídio e desordens psicológicas, entre aqueles que são sobreviventes do suicídio parental, como prole de pais que morrem por acidente ou doença. Esses resultados indica de que maneira um pai morre e a idade da criança no momento da morte, são fatores que tem um grande impacto nos resultados psicológicos posteriores.
"O modo de morte dos pais- particularmente o suicídio- bem como o desenvolvimento ou idade da prole quando ocorreu o falecimento de um dos pais tinha um impacto a longo prazo nos resultados psicológicos. Nosso estudo aponta para a importância da concientizacão e a necessidade de monitoramento do risco para sintomas psiquiátricos adversos em razão de suicídio e indicando tratamento psiquiátrico se necessário, "diz o pesquisador Holly Wilcox, professor assistente e epidemiologista psiquiátrico no Johns Hopkins Children's Center,em Baltimore, Maryland.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

"Os jogos de Nintendo Wii,melhorama funcão motora nas vítimas de AVC."


Um estudo liderado pelo Dr. Gustavo Saposnik, diretor do Stroke Outcomes Research Unit no Li Ka Shing Institute no St. Michael's Hospital e professor da Universidade de Ontário no Canadá,descobriu que a tecnologia de jogos do Nintendo Wii é uma estratégia nova,segura e plausível para melhorar a função motora em pacientes com AVC e poderia ser incorporada em uma reabilitação em casa.
o estudo de 6 semanas descobriu que pacientes que jogam Wii ganharam 7 segundos na tentativa de completar tarefas, uma melhora que é "considerável",declara o líder do estudo.
Os resultados foram apresentados em San Antonio, na International Stroke Conference 2010.
A professora Pamela Duncan,comentou a respeito da pesquisa que :"o que nós sabemos cientificamente, é que para se recuperar, os pacientes necessitam ter um engajamento de sua atenção, sua visão e seu movimento. O Wii fornece isso como um jogo, e isso também é divertido e leva os pacientes ou indivíduos a buscarem um objetivo; então é um estudo incrivelmente importante integrando sobre o que sabemos sobre aprendizado e novas tecnologias de jogos".