domingo, 31 de janeiro de 2010

O que é Prosopagnosia?


A prosopagnosia, é a incapacidade que o indivíduo tem de reconhecer faces. Pode acontecer por lesão ou por um desenvolvimento anormal na região cerebral responsável por esta função.
Ela é incapacitante, e as pessoas afetadas podem adquirir a habilidade de identificar pessoas por outras características (a voz, as roupas), mas estas técnicas são lentas e menos cofiáveis do que o reconhecimento facial. Este depende da informação detalhada sobre a distancia entre os componentes faciais.

"As funções dos hemisférios cerebrais."


Com relação à estrutura, os hemisférios cerebrais são muito similares, entretanto com relação às funções são diferentes.
O hemisfério esquerdo, na maioria das pessoas é o responsável pela fala, linguagem, o raciocínio lógico e a análise e determinadas ações de comunicação.
O lado direito do cérebro está mais voltado aos imputs sensoriais, à consciência auditiva e visual, às habilidades criativas e à consciência espaço-temporal.

"Diferentes tipos de inteligência."


Todas as pessoas tem capacidade de desenvolver diversos tipos de habilidades. A diferença individual de cada um, é fruto da interação dessas competências, e observa-se que a cultura, fortalece o desenvolvimento de uma ou outra.
Abordaremos aqui, oito tipos de "inteligência", que não são excludentes, uma pessoa pode se diferenciar em várias delas.
São elas:
-Linguística: interesse e domínio pelas palavras e pela linguagem.
-Lógico-matemática: confrontar e avaliar objetos e abstrações e discernir suas relações e princípios subjacentes.
-Espacial: capacidade de compreender o mundo visual, modificar percepções e recriar experiências visuais, mesmo sem estímulo físico.
-Corporal cinestésica: controlar e orquestrar os movimentos do corpo e manejar objetos habilmente.
-Existencial: Apreender as questões fundamentais da existência.
-Inteligências pessoais: determinar humores, sentimentos e outros estados mentais em si mesmo e em outros.
-Naturalista: Reconhecer e categorizar objetos naturais.
- Musical: competência para ouvir e compor e executar obras com intensidade e ritmo.
Essa divisão, é meramente ilustrativa, mas é útil para que possamos dar mais valor a diferentes habilidades cerebrais.

sábado, 30 de janeiro de 2010

"O que é Hiperlexia?"


Crianças que são hiperléxicas apresentam as habilidades de leitura e escrita bastante desenvolvidas, mas tem dificuldade para entender as palavras faladas.
Apresentam também, em geral, problemas de interação social e podem apresentar sintomas de autismo.
Hiperléxicos podem aprender corretamente a grafia de palavras longas antes dos dois anos, e a ler frases aos três anos.
Exames cerebrais sugerem a idéia, dela ser o oposto da dislexia, pois áreas hipoativas no disléxico, ficam hiperativadas no hiperléxico.

"A relação hormonal entre mãe e bebê na amamentação."


Os bebês humanos, acionam neurofisiologicamente sua mãe para que ela possa amamenta-lo.
No processo de amamentação estão envolvidos dois hormônios: a prolactina e a ocitocina, ambos são secretados pela hipófise materna e são influenciados por estímulos afetivos e cognitivos (emocionais e ambientais). O olhar e o choro da criança, indicativos do apego, são fundamentais para estimular o reflexo hormonal. Em contra partida, o desconforto materno e emoções como ansiedade, vergonha, stress, etc. podem inibir o processo de amamentação.

"O que é a síndrome do hospitalismo?"


Após a segunda guerra mundial, René Spitz, se tornou o pioneiro no estudo de bebês. Ele observou bebês separados de seus pais (orfãos ou abandonados) e deixados em abrigos ou hospitais, onde recebiam cuidados físicos, mas pouco afeto ou atenção. Através do conceito de hospitalismo, ele descreve os efeitos terríveis da falta de atenção qualitativa aos bebês. Neste estado o bebê gradualmente perde o interesse no meio que o cerca, torna-se apático, sem tonicidade motora, podendo deixar de se alimentar e, em casos extremos de privação materna, até mesmo morrer. Pode-se concluir ,através das observações de Spitz, que um bebê pode abandonar o seu desejo de viver, se não for investido de amor e atenção.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

"Cefaléia e enxaqueca."


A cefaléia, ou dor de cabeça, é um sintoma muito comum, embora as causas sejam pouco conhecidas.
A cefaléia mais comum é chamada de tensional. A dor tende a ser constante, e em geral são causadas por stress, que retesa os músculos do pescoço e do couro cabeludo. Acredita-se que essa condição, estimule os receptores de dor nessas áreas, e os impulsos dolorosos seriam enviados ao córtex sensorial.
Outro tipo de cefaléia é chamada de cefaléia em salvas. Ela ocorre em séries de episódios relativamente curtos, mas de dor severa e frequentemente lancinante. Embora a causa seja desconhecida, especula-se que exista um envolvimento de uma atividade anormal de neurônios no hipotálamo. Em geral, ela afeta um lado da cabeça e é centralizada na área dos olhos.
A enxaqueca, é uma dor de cabeça intensa, em geral, pulsátil, e é agravada pelo movimento e frequentemente é acompanhada de alterações sensoriais e náuseas. Ela é classificada em classica, que é precedida de aura, rigidez, formigamento e dormência; dificuldade na fala e má coordenação motora, e em comum, onde não há aura.
Nos tipos de enxaqueca, pode haver um estágio chamado pódromo, que é caracterizado pela dificuldade de concentração, mudanças de humor, cansaço ou energia em excesso.
A principal causa da enxaqueca é desconhecida, mas foram identificados alguns fatores externos que podem desencadear as crises:
-fatores dietético, como refeições irregulares, alimentos específicos e desidratação
-fatores físicos, como cansaço e mudança hormonal
-emocionais, como stress e choque
-ambientais como mudança de clima e ar abafado.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

"Como nossos pais..."


O que muitos psicoterapeutas já observaram na prática clínica, foi experimentalmente comprovado por psicólogos da Universidade de Durham: muitas mulheres escolhem seus parceiros baseadas em características faciais que se aproximam ou se distanciam das de seus pais.
Meninas que tiveram boas relações com a figura paterna, são atraídas por parceiros que compartilham alguma característica facial com o potencial sogro.
Da mesma forma, as que tiveram relações difíceis com o pai, sentem aversão por homens cujo rosto se assemelhe ao dele.
Publicado na "Evolution an Human Behaviour, o estudo detalha o fenomeno de "imprinting" parental e, segundo os autores, fornece pistas valiosas para estudos de genética evolutiva.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

"A relação entre o consumo de drogas e a doença mental."


Os especialistas António Palha, vice-presidente da Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental e Catarina Iglésias, psiquiatra, realizaram um estudo na Casa de saúde do Bom Jesus, em Braga, Portugal, para pesquisar quais doenças mentais estão, mais associadas ao consumo de drogas.
A primeira fase de investigação, ocorreu entre 2004 e 2009, e envolveu 162 doentes, dos quais 115 homens, com uma média de idade de 36 anos, sendo o número médio de anos do consumo de substâncias de 15.58 e a média de idade de início do consumo de 20 anos de idade.
Dos 165 doentes analisados, 72 apresentavam depressão, 46 esquizofrenia e 20 perturbação de personalidade, entre outras doenças psiquiátricas. No que diz respeito às dependências, 67 eram consumidores de heroína, 31 de cocaína e heroína, 16 de alcóol e heroína, 15 de alcóol e 10 apresentavam dependência de heroína, cocaína e alcóol.
O psiquiatra António Palha declarou que "pessoas com doença mental severa estão em maior risco de desenvolver uma perturbação pela utilização de droga do que a população em geral."O especialista aconselha, por isso, que os toxicodependentes sejam devidamente avaliados para verificar se t~em ou não perturbações de personalidade, lembrando que "de modo geral, a toxicodependência acaba por nascer em pessoas com personalidade um pouco anômalas ou então por virtude de um comportamento irregular que a própria droga conduz, um comportamento marginal.

"A privação crônica do sono, não se recupera no fim de semana."


Um estudo publicado na "Science Translational Medicine", demonstra que ficar uma noite sem dormir, causa um impacto menor no rendimento e na atenção, do que dormir menos de 6 horas por dia durante duas semanas.
No estudo liderado por Daniel A. Cohen, do Brigham and Women's Hospital, em Boston, nos EUA, foram avaliados dados diários de 9 homens e mulheres saudáveis, com idade entre 21 e 34 anos. Os voluntários foram submetidos a um programa de 3 semanas de sono/vigília que os obrigava a permanecer despertos 33horas e descansarem 10horas.
Esta rotina de privação cronica de sono, simula, por exemplo, o horário típico de um policial ou médico que trabalha nos serviços de emergência, pois os participantes dormiam apenas 5,6 horas a cada período de 24h. O grupo controle, dormia um horário mais "normal" 8 horas diárias.
Os pesquisadores verificaram que, imediatamente após o período de sono de 10 horas, os participantes privados de sono, apresentavam um rendimento dentro dos parâmetros normais nos testes de avaliação da função cognitiva e tempo de reação. Contudo, à medida que o estudo avançava, começou a diminuir a capacidade dos participantes crônicamente privados de sono, de recuperar a função cognitiva com as 10 horas de sono.
As capacidades motoras, de concentração e atenção, e a capacidade de permanecer alerta, debilitavam-se no período subsequente às 33 horas de vigília.
O estudo lança um alerta aos profissionais cujas atividades requerem atenção contínua, mas nas quais há o hábito de dormir pouco ou de trabalhar à noite.
"Essas pessoas precisam entender que menos de 6 horas diárias de sono por mais de 2 semanas, causam um impacto muito maior no desempenho do que uma noite passada em claro(...), e não se recupera durante 1 ou 2 dias", afirma Daniel Cohen.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

"Pesquisa demonstra que suco de mirtilo, melhora a memória e a aprendizagem em idosos."


O mirtilo é uma das mais ricas fontes de antioxidantes
benéficos à saúde e outros compostos chamados fitoquímicos.
Robert Krikorian e seus colegas publicaram na revista Agricultural and food chemistry, um estudo onde um grupo de voluntários na casa dos 70 anos de idade, que apresentavam declínio precoce de memória, tomaram entre 2 copos e 2 copos e meio de suco de mirtilo disponível comercialmente todos os dias, durante 2 meses. Um grupo de controle consumiu uma bebida, sem suco de mirtilo.
O grupo que tomou o suco de mirtilo, mostrou melhora significativa na aprendizagem e nos testes de memória, relataram os cientistas.
"Esses resultados preliminares de melhoria da memória são encorajadores e sugerem que a suplementação consistente com suco de mirtilo, pode ser um caminho para prevenir ou atenuar a neurodegeneração", dizem os cientistas da Universidade de Cincinnati e dos departamentos de agricultura dos Estados Unidos e Canadá.

domingo, 24 de janeiro de 2010

"Como manter o cérebro jovem?"


O envelhecimento cerebral é um fenômeno relativamente novo, na evolução do homem, pois no passado as pessoas raramente viviam mais que 50 anos.
Não devemos confundir a degeneração natural deste órgão com demência. Pesquisas recentes demonstram que a maioria dos neurônios permanece saudável até a morte do indivíduo, mas o tamanho e o volume diminuem, o que justificaria o envelhecimento natural.
Como poderíamos desacelerar o processo de envelhecimento?
Novas pesquisas demonstram que o processo pode ser desacelerado por fatores ligados ao estilo de vida.
Exercícios físicos aeróbico brando (como caminhar depressa) e frequente, sono regular, exercícios mentais e uma boa dieta, pois a redução da ingesta alimentar e consequentemente a diminuição dos níveis glicêmicos evitam danos às proteínas.

sábado, 23 de janeiro de 2010

"Distúrbios do espectro autista."


Os distúrbios do espectro autista, são um conjunto de transtornos de desenvolvimento, caracterizado especialmente pelos problemas de comunicação, relações sociais e a existência de comportamentos repetitivos.
Dentro deste espectro dois tipos são principais: o autismo clássico e a Síndrome de Asperger.
O autismo costuma aparecer antes dos 3 anos de idade e compromete regiões muito importante para o desenvolvimento: as habilidades sociais, de comunicação e de comportamento.
Em geral a criança não atende ao chamado de seu nome, evita contato visual e físico, quando desenvolve a fala, o ritmo ou o tom é anormal, faz movimentos repetitivos e desenvolve rotinas específicas e demonstra um incomodo muito grande, quando elas são mudadas.
Por volta de 50% delas tem dificuldade de aprendizado, no entanto, algumas tem grande habilidade em determinada área como por exemplo, na área da matemática, e são chamados de síndrome de savant.
Outro tipo, dentro do espectro seria a Síndrome de Asperger, que apresentam basicamente os mesmos sintomas, mas com menos intensidade.
Não há cura para os distúrbios do espectro autista, e o tratamento é baseado em educação de apoio para ajudar a criança a alcançar seu potencial.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

"Informações sobre o AVC. Lembre-se tempo perdido é cérebro perdido."


Popularmente conhecido como "Derrame", o Acidente Vascular Cerebral(AVC) é a doença responsável pela maioria das mortes no país, segundo dados do Ministério da Saúde.
A falta de informação, tanto por parte da família, quanto pelo próprio paciente, pode ser a inimiga número 1 do diagnóstico e tratamento da doença, já que quanto antes o paciente começar o tratamento, mais chance tem de sobreviver e viver melhor.
Na maioria dos casos, o AVC atinge idosos, hipertensos, cardíacos, diabéticos, fumantes, alcoólatras e pessoas obesas e sedentárias, quando o suprimento sanguíneo é reduzido ou bloqueado. Isso ocasiona a perda súbita da função neurológica, o que provoca lesões cerebrais que podem deixar sequelas.
O AVC pode ocorrer a qualquer hora, durante qualquer atividade ou até mesmo durante o sono. Por isso é importante ficar atento quanto aos sintomas, que são a perda da força ou formigamento de um lado do corpo, dificuldade para falar ou compreender, alteração da visão e no equilíbrio, ou dor de cabeça súbita, intensa, sem causa aparente.
Se você estiver suspeitando do quadro, faça o seguinte teste:
1) peça para a pessoa dar um sorriso, se um dos lados da boca não sorrir, pode ser um sinal de AVC.
2) peça para a pessoa levantar os braços, se um deles cair, também pode ser um sinal de AVC.
3) peça para que a pessoa fale uma frase, por exemplo, o Brasil é o país do futebol, se ela tiver dificuldade de falar, também pode ser um sinal de AVC.
Se você ou alguém que conhece, estiver com um destes sintomas, não espere melhorar! Corra! Cada segundo é importante!

"Remoção de ovários eleva risco de demência.'


Mulheres que fizeram cirurgia para remoção de ovários antes da menopausa correm mais risco de desenvolver problemas de memória e demências, segundo estudo realizado por pesquisadores da Clínica Mayo em Rochester e publicado na Neurology. Participaram da pesquisa cerca de 1500 mulheres que por diversas razões, passaram por cirurgia de remoção de ovários e não fizeram reposição hormonal.
Elas foram acompanhadas por 27 anos, período durante o qual foram feitos exames ginecológicos e entrevistas regulares para avaliar a função cognitiva.
Os resultados mostraram que o risco de desenvolver problemas cognitivos ou demência era quase 2 vezes maior nas voluntárias que tiveram um ou ambos os ovários removidos antes de atingirem a menopausa, em comparação às mulheres que não foram a esse tipo de intervenção. Além disso, quanto mais jovem a paciente na ocasião da cirurgia, maior o risco de demência depois dos 65 anos de idade.
As evidências apontam para o papel do estrógeno na proteção do tecido nervoso e da reposição hormonal na prevenção da degeneração anatômica e funcional, algo que deve ser objeto de novos estudos. Os autores advertem que o tema é delicado, uma vez que as pesquisas anteriores já demonstraram que, em algumas mulheres, o uso de estrógeno está associado a maior risco de câncer e, acima dos 65 anos, pode ter efeito negativo sobre a memória.

"Drogas anticolesterol tem efeito protetor."


As drogas conhecidas como estatinas, amplamente prescritas para redução do colesterol, parecem proteger contra alterações neurológicas associadas à doença de Alzheimer.
Pesquisadores da Universidade de Washington analisaram o cérebro de 110 pessoas, com idade entre 65 e 79 anos, que haviam doado o órgão para pesquisa. Os resultados mostraram uma correlação negativa entre o uso prolongado de estatinas e a ocorrência de placas betamilóides e emaranhados neurofibrilares, os principais marcadores histológicos da doença. Os autores recomendam cautela na associação entre causa e efeito, mas reconhecem que a ação dessa droga no sistema nervoso merece ser mais bem estudada. O estudo foi publicado na revista Neurology.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

"O papel da cultura no desenvolvimento cognitivo das crianças."


Cientistas da Universidade da Califórnia, em Riverside, estudaram crianças de 3 a 9 anos de 4 países mais pobres: Belize, Quênia, Nepal e Samoa, que vivem em comunidades tradicionais distante das facilidades da tecnologia. Elas foram comparadas a crianças voluntários, da mesma faixa etária, acostumados ao estilo de vida ocidental moderno (eletrecidade, automóveis, televisão, internet etc...).
Os resultados mostraram cientificamente aquilo que os cientistas interessados em obter pistas importantes sobre as consequências psicológicas da globalização, já desconfiavam; cada cultura estimula o desenvolvimento de habilidades cognitivas que mais valoriza. Mas não foram constatadas diferenças significativas da capacidade intelectual entre os participantes do estudo.
As crianças mais expostas ao recurso tecnológico se saíram melhor em alguns tipos de testes de memória e cálculo. Já as que viviam em comunidades tradicionais exibiram habilidades sociais, como tolerância, mais bem desenvolvidas.

domingo, 17 de janeiro de 2010

"O hormônio da resiliência."


Que características biológicas fazem uma pessoa mais ou menos resistente às adversidades da vida? Com essa pergunta em mente e certo de que a resposta a ela pode ajudar muitas pessoas a superar o sofrimento psíquico, pesquisadores da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, chegaram ao hormônio deidropiandrosterona, mais conhecido como DHEA, secretado pelas glândulas adrenais em resposta ao stress.
O estudo foi realizado com soldados americanos que participaram de um curso militar de qualificação para combater debaixo dágua, seguindo de exames altamente estressantes devido a exercícios radicais de mergulhos noturnos.
Os participantes foram avaliados, antes e depois do curso e da prova, por questionários psicológicos e medidas da concentração sanguínea de DHEA. Os resultados mostraram que, ao final do exame, aqueles com níveis mais elevados do hormônio se apresentavam mais tolerantes ao stress físico e psicológico.
Pesquisas com animais já haviam apontado que o DHEA agem em receptores do hipocampo, região cerebral muito sensível aos efeitos negativos do stress. Segundo os autores do estudo publicado na revista Biological Psychiatry, os resultados abrem a perspectiva de que, no futuro, drogas similares à DHEA possam ser usados para proteger soldados do intenso desgaste de operações militares.

sábado, 16 de janeiro de 2010

"Novo método de Terapia Ocupacional diminui sintomas comportamentais em idosos com demência."



Pesquisadores da Universidade Thomas Jefferson, nos Estados Unidos, testaram um método inovador de Terapia Ocupacional para a redução de sintomas comportamentais em idosos com demência. O método chamado "Programa Personalizado de Atividades" (PPA), envolve até 8 sessões, 6 visitas domiciliares e 2 ligações telefônicas.

De acordo com o PPA, o terapeuta ocupacional monta uma lista de atividades personalizadas para a realização diária em domicílio. A proposta do PPA é proporcionar ao idoso portador de demência uma rotina de atividades estabelecida pelo terapeuta ocupacional após a avaliação cognitiva e funcional (relacionada às atividades do dia-a-dia), considerando as atividades de interesses e afinidades do indivíduo. Para estruturar o programa, o terapeuta estabelece uma lista de atividades e uma receita de como realiza-las, com a descrição do sequenciamento de cada uma delas. Nesta abordagem não se trabalha com técnicas de aprendizagem como ocorre nas abordagens mais tradicionais de terapia ocupacional, pois o foco não é desenvolver habilidades, mas sim trabalhar com as habilidades residuais do indivíduo e mante-las ativas no dia-a-dia. De acordo com os resultados deste estudo, o PPA foi eficaz na redução dos sintomas comportamentais e pôde oferecer às famílias uma melhor compreensão das capacidades dos idosos com demência, permitindo que os mesmos programem e utilizem atividades em casa possibilitando a preservação da qualidade de vida dos idosos com demência. Enfim, este programa inovador de terapia ocupacional pode ser considerado uma promissora abordagem não-farmacológica no tratamento de sintomas comportamentais em idosos com demência.

"Pesquisa sobre Parkinson revela áreas de Linguagem."


A maioria dos estudos sobre bases neurais da Linguagem se concentra no córtex, a camada mais externa do cérebro. Mas um estudo realizado na Universidade de Brown, em Providence, nos Estados Unidos, mostra que estruturas subcorticais, as mesmas que são afetadas pela Doença de Parkinson, tem um papel importante na compreensão da Linguagem.
O distúrbio é causado pela degeneração de neurônios que transmitem impulsos por meio do neurotransmissor dopamina, em regiões conhecidas como gânglios da base. Embora o transtorno seja mais conhecido pelos prejuízos motores, alterações cognitivas, principalmente linguísticas, também ocorrem, embora sejam menos conhecidas. Estudando esses pacientes, os pesquisadores observaram que eles têm muita dificuldade para entender frases com estrutura gramatical semelhante, mas com significado diferentes. Segundo os autores da pesquisa publicada na revista Cortex, essas evidências abrem novas perspectivas para o estudo das bases neurais da linguagem humana.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

"O álcool e o volume cerebral."


Um estudo recente relacionou o consumo do álcool ao encolhimento do cérebro. Os participantes revelaram seus hábitos de consumo de bebidas; usou-se a ressonância magnética para medir a proporção do volume cerebral em relação ao tamanho do crânio de cada pessoa. Descobriu-se que os abstêmios tinham volume cerebral maior do que os ex-bebedores, os que bebiam pouco, moderadamente ou em excesso. Na média, os abstêmios tinham volume cerebral 1,6% maior que os bebedores severos. Curiosamente, os efeitos eram mais presentes nas mulheres idosas. Em outro estudo, os participantes entre 60 e 79 anos fizeram exercícios aeróbicos ou de tonificação e alongamento ao longo de 6 meses. As imagens por ressonância magnética feitas em cada participante antes e depois do período de 6 meses mostraram um aumento no volume cerebral dos que praticaram exercícios aeróbicos, sugerindo que esse tipo de atividade física pode ajudar a manter a saúde do cérebro em adultos mais velhos.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

"Diferenciando Demências."



Passividade, apatia, falta de interesses e comportamentos repetitivos- esses são alguns dos sintomas precoces que caracterizam a doença por corpos de Lewy, segundo estudo publicado na Neurology por pesquisadores da Universidade de Washington.

Segunda maior causa de demência, a doença por corpos de Lewy é facilmente confundida, nos estágios iniciais, com as Doenças de Alzheimer e de Parkinson. O diagnóstico diferencial precoce é importante porque algumas drogas usadas para tratar os sintomas de Alzheimer podem ser potencialmente perigosas para as pessoas com esse tipo de demência.

Participaram do estudo 290 idosos, dos quais 138 com demência por corpos de Lewy e 34 saudáveis. Os sintomas cognitivos estiveram presentes em 75% dos pacientes com doença de Lewy antes de receberem o diagnóstico. Os mesmos sintomas foram detectados em 45

"Terapia e Neuroimagem".


A terapia de exposição e reestruturação cognitiva vem sendo cada vez mais usada no tratamento de traumas psicológicos decorrentes de assaltos, sequestros e violência sexual. Estudo conduzido pelo psicólogo Júlio Peres, doutorando do Instituto de Psicologia da USP, mostrou que os benefícios da terapia de exposição e reestruturação cognitiva podem ser observados por meio de imageamento cerebral. Usando a tomografia por emissão de fóton único (Spect), observou-se que quando comparados aos pacientes não submetidos à intervenção psicológica, os que passaram por 8 sessões de terapia apresentaram maior atividade do córtex pré-frontal (responsável pela classificação de experiências), do hipocampo esquerdo (ligado à aprendizagem e memória) e dos lobos parietais(orientação espacial e temporal), além de redução da atividade da amígdala (reação ao medo). O estudo foi publicado na Psychological Medicine.

"Artrite e emoção."



A dor causada pela artrite reumatóide é processada em áreas cerebrais ligadas às emoções e ao medo, segundo estudo publicado na Arthrits & Reumatism.
A conclusão surpreendeu os especialistas, já que a ativação desses circuitos não ocorre em outras doenças cronicas que tem a dor entre os principais sintomas.
Participaram do estudo 16 pacientes submetidos à tomografia por emissão de pósitrons (PET). "Apesar de termos usado uma amostra pequena, os resultados encorajam a pesquisa de novas drogas e a abordagem psicoterápica desses pacientes", diz a neurologista A.K.P.Jones, da Universidade de Manchester.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

"Lesões cerebrais podem causar escolhas morais anormais."


A equipe do neurocientista português Antonio Damásio descobriu que lesões numa área do cérebro ligada às emoções, o córtex pré-frontal ventromedial, pode levar os humanos a adotarem comportamentos contrários à moral, embora bastante pragmáticos.
Por exemplo, o que você faria se estivesse numa guerra e, estando escondido com outras pessoas numa casa, esta fosse invadida pelos soldados inimigos e o seu bebê começasse a chorar? O racional seria você matar o seu bebê para salvar a si próprio e a todos os demais...
Mas você não faria isso, por ser um ato contrário a todos os princípios morais; já indivíduos com lesão do CPFVM não hesitaram em matar a criança. Pelo menos isso foi o que esses pacientes disseram ao Dr. Damásio ao serem confrontados com essas situações hipotéticas durante a pesquisa.

"Dependentes de sol."


Muitas pessoas ignoram o alerta dos médicos sobre os malefícios do excesso de exposição ao sol, principalmente o risco de câncer de pele. Pouco adianta, é o mesmo que dizer ao fumante:"não fume".
De fato, há semelhanças entre a dependência de drogas e o que ocorre a quem não dispensa uma pele bem bronzeada. É o que mostra um estudo publicado no Journal of the American Academy of Dermatology realizado por pesquisadores da Universidade de Washington.
Participaram da pesquisa quase 400 estudantes universitários que responderam a um questionário conhecido como Cage, que é comumente aplicado em pesquisas sobre dependência de álcool. Os dados indicaram que 18% dos jovens que relataram bronzeamento frequente em ambientes abertos e 28% dos que admitiram ser fregueses assíduos do bronzeamento artificial obtiveram pontuação suficiente no Cage para ser classificados como dependente químicos, sendo que o fator determinante, nesse caso, não seria uma substância, mas a luz ultra-violeta. Outro resultado relevante é que a pessoa com histórico familiar de câncer de pele parecem ser a que mais "necessitam", de uma pele extremamente bronzeada. "Sabemos que os raios ultra-violetas induzem a liberação de endorfina e isso pode explicar porque é tão difícil convencer estas pessoas dos riscos que estão correndo", diz o dermatologia Robin L. Horning.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

"Jogo patológico."


Ficar num emprego estável que paga mal ou aceitar uma proposta financeiramente mais atraente sem benefício da estabilidade? Deixar a economias rendendo juros microscópicos na caderneta de poupança ou investir no sedutor porém arriscado, mercado de ações? Psicólogos da Universidade da Califórnia em Berkeley mostraram como o grau de aversão ao risco se reflete no padrão de atividade cerebral revelado pela ressônancia magnética funcional. Pessoas que apresentam maior sensibilidade neural às perdas do que aos ganham são as mais conservadoras. Já os indivíduos cujo cérebro responde mais aos lucros que aos prejuízos se arriscam mais e são mais predispostos do jogo patológico", explica o psicólogo Craig Fox, co-autor do estudo.
Participaram da pesquisa 16 pessoas, que tinham que aceitar ou não o convite para mais de 250 jogos com diferentes graus de risco. Enquanto refletiam sobre a proposta, tinham o cérebro monitorado. Como esperado, as respostas variam muito entre os voluntários. As imagens revelam que nas pessoas com baixa aversão ao risco, a possibilidade de lucro ativava circuitos cerebrais ligados à recompensa, os mesmos envolvidos na dependência de drogas como álcool e cocaína. Além disso, mesmo quando a possibilidade de prejuízo era grande, estruturas ligadas ao medo e a ansiedade não foram ativadas nesse grupo. Por outro lado, indivíduos mais intolerantes aos riscos apresentavam pouca resposta das áreas de recompensa quando ganhos potenciais eram cogitados e alta atividade dos centros do medo ao menor sinal de prejuízo. Publicado na Scence, esse é o primeiro estudo a mostrar evidências neurofisiológicas de um modelo comportamental de tomada de decisão que vigora a meio século. Segundo Fox, os resultados devem ajudar no desenvolvimento de intervenções mais eficazes para o jogo compulsivo.

domingo, 10 de janeiro de 2010

"Neuromarketing: a força da marca."


Seu cérebro já pode ter escolhido que carro comprar antes mesmo do test-drive. Pesquisadores da Universidade de Munique revela que marcas consideradas fortes, ativam áreas cerebrais envolvidas no processamento das emoções positivas e nos mecanismos de recompensa. Essa ativação ocorreu independentemente da categoria do produto ou do tipo de serviço oferecido pelas empresas. Já as marcas tidas como fracas aumentaram a atividade de áreas ligadas à memória de trabalho e a resposta emocional negativas.
Os resultados foram obtidos por ressonância magnética funcional. "O imageamento cerebral pode complementar métodos normalmente empregados no desenvolvimento de uma nova área conhecida como neuromarketing", diz a radiologista Christine Born, coordenadora do estudo.

"Enxaqueca e Aura."


Pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade Harward descobriram alterações morfológicas no cérebro de pessoas que sofrem de enxaqueca. Usando ressonância magnética funcional eles observaram aumento de espessura de duas áreas motoras do córtex. Segundo o estudo publicado pelo PLO Medicina, a diferença não apareceu entre os paciente com ou sem enxaqueca, mas entre pacientes com enxaqueca que tem ou não aura, isto é, distúrbios visuais caracterizados por pontos piscantes, linhas em zigue-zague etc..
Chamou a atenção dos cientistas ,porém, o fato de uma área cortical relacionada à depressão estar mais espessa naqueles que manifestavam aura.
Espera-se que os resultados ajudem a explicar porque a enxaqueca se manifesta de forma diferente e apontam para tratamentos diferenciados e mais eficazes que os diagnósticos atuais.

sábado, 9 de janeiro de 2010

"Chá contra os efeitos do stress."


Quatro xícaras diárias de chá preto durante 5 dias foram suficientes para reduzir os níveis do hormônio cortisol em pessoas estressadas. O estudo foi feito por pesquisadores da Universidade de Londres e publicado na revista Psychopharmacology. Não se sabe ainda quais substâncias presentes no chá responsáveis pelo efeito. "Embora não pareça reduzir o stress subjetivo, o chá preto diminuiu significativamente os níveis de hormônio do stress, protegendo o organismo do risco de doenças cronicas e particularmente do risco de doenças cardíacas", explica Andrew Steptoe, coordenador da pesquisa.

sábado, 2 de janeiro de 2010

"Carinho: impacto sobre o cérebro."


No campo das Neurociências, uma das grandes descobertas da última década é a de que o carinho tem enorme impacto sobre o cérebro.
De acordo com Suzana Herculano-Houzel, neurocientista e professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
"Estudos recentes mostram que relações estáveis estimulam a saúde mental e física e até prolongam a vida. Pesquisa da Escola de saúde pública de Harward, em Boston, mostrou que homens idosos com muitos amigos tem no sangue uma concentração muito menor da interleucina-6 (que causa a inflamação e é considerada fator de risco para doenças cardiovasculares), em comparação aos mais solitários.
Pesquisas também revelam que pessoas que cultivam relacionamentos conjugais harmoniosos e/ou tem pessoas com que de fato podem contar adoecem menos e vivem mais do que as que tem poucos relacionamentos afetivos. O carinho, este tipo particular de toque, com pressão moderada e movimento lento sobre a pele, é detectado por fibras neurais, que levam a informação à ínsula. À partir daí, os efeitos são distribuídos pelo cérebro: o hipotálamo diminui os níveis corporais de hormônio do stress. Os músculos relaxam e, ao sentir o corpo menos tenso, o cérebro também relaxa. Com menos stress para o corpo o cérebro aumenta a sensação de bem estar. Com o tempo, os neurônios do hipocampo são mantidos mais saudáveis, já que sua atrofia ao longo dos anos adultos é diretamente relacionada ao stress- incluindo a solidão.
Vamos estimular o toque, introduzindo-o na rotina do idoso o carinho frequente.