segunda-feira, 30 de novembro de 2009

"Os idosos apresentam lentificação para distinguir faces"

Os seres humanos apresentam lentificação em suas habilidades à medida que envelhecem.
Isso fica claro com relação aos movimentos e para o raciocínio. Pesquisadores da Universidade de Glaslow, na Escócia, demonstraram ,através de um estudo publicado na revista BMC Neuroscience, que isto ocorre também com relação ao reconhecimento de faces.
Eles perceberam que uma onda cerebral específica, que nos jovens é detectada 170 milissegundos após a apresentação de uma face, nos idosos se manifesta com um pouco mais de tempo, e além disso, ocorre também em resposta a imagem borradas (chamado de ruído). A redução na velocidade do processamento era esperada, mas a perda da especificidade no mecanismo de reconhecimento de faces, segundo os autores, foi um resultado surpreendente e ainda não pode ser explicado pelo conhecimento atual.

domingo, 29 de novembro de 2009

"Depressão: a doença mais comum no mundo em 2030"



Em 2030, a depressão será a doença que mais irá atingir as pessoas, estará mais frequente do que doenças cardiovasculares e o câncer, esta é a previsão da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Países pobres, onde já se registram mais casos de depressão que os desenvolvidos, serão os mais atingidos nas próximas décadas. "A patologia tem diversas causas, algumas biológicas, mas parte delas vem de pressões ambientais e, obviamente, as pessoas pobres sofrem mais stress no dia a dia que as ricas, e não é surpreendente que tenham mais depressão", disse o médico Shekhar Saxena, do Departamento de Saúde Mental da OMS, na primeira Cúpula Global de Saúde Mental, em Atenas, na Grécia. "As pessoas têm o direito de ser aconselhadas e tratadas como em qualquer outro distúrbio, e é preciso mudar a mentalidade em relação à doença", diz .

"Contato visual superestimula autista".


Olhar nos olhos de outra pessoa não é fácil para a criança autista. Evitar contato visual é uma das características mais marcante dessa desordem do desenvolvimento, e os pesquisadores tem buscado sua causa na região cerebral do giro fusiforme, ativo no reconhecimento facial. Em vez de ter um giro fusiforme subativo, talvez o problema das crianças autistas seja a amígdala superativa, afirma Kim Dalton, cientista- assistente da Universidade de Wisconsin- Madison, nos EUA.
O autismo diminui a capacidade de um indivíduo se comunicar e se relacionar socialmente. Evitar o contato visual contribui para isso, pois o olhar é fonte de "pistas sutis cruciais para o desenvolvimento social e emocional", afirma Dalton. Com Richard Davidson, professor de psiquiatria e psicologia da Universidade, Dalton comparou adolescentes autistas e adolescentes normais. Ele examinou sua atividade cerebral por meio de ressonância magnética enquanto eles olhavam para retratos de rostos familiares e outros rostos, expressando emoções diversas. Os adolescentes autistas demoravam mais para reconhecer os rostos familiares e cometeram mais erros na identificação das emoções dos outros.
Acompanhando os movimentos oculares dos indivíduos, Dalton e Davidson descobriram que as crianças autistas passam menos tempo com o olhar fixo nos olhos das fotografias, mesmo assim, o grupo autista, "Mostrou uma maior ativação da amígdala e do giro orbitofrontal", área associadas a respostas emocionais, segundo Dalton. Esses resultados sugerem que, em autistas, olhar para rostos causa super estimulação de centros emocionais, ocasionando comportamento esquivo. A baixa resposta fusiforme é, assim, o efeito, não a causa.
A compreensão dessa ligação pode ajudar cientistas a desenvolver maneiras de treinar crianças autistas a olhar para rostos, ajudando-as a formar laços sociais mais fortes.

"Homem consciente passa 23 anos com o diagnóstico de coma".


Um erro de diagnóstico fez um homem passar 23 anos consciente e "amarrado" a uma cama, enquanto médicos pensavam que ele estava em coma, na Bélgica.
Rom Houben, que tinha 23 anos quando sofreu um acidente de carro que o deixou completamente paralisado, foi submetido a vários exames normalmente utilizado para diagnosticar o coma, baseado em respostas motoras, verbais e oculares.
Ele, no entanto, escutava e via tudo o que acontecia a sua volta, sem conseguir se comunicar com os médicos, familiares e amigos.
Apenas alguns meses atrás, exames com aparelhos de tomografia de última geração mostraram que seu cérebro estava funcionando de maneira praticamente normal.
Houben então foi submetido à várias sessões de fisioterapia e agora consegue digitar mensagens em uma tela de computador.
"Nunca vou esquecer do dia em que descobriram qual era o meu verdadeiro problema. Foi um segundo nascimento", disse. "Todo este tempo eu tentava gritar, mas não havia nada para as pessoas escutarem."
O neurologista Steven Lawreys, que liderou a equipe que descobriu a situação de Houben, publicou um estudo a dois meses alertando que muitos pacientes considerados em estado de coma na verdade podem estar conscientes.
"Apenas na Alemanha, a cada ano, 100mil pessoas sofrem de traumatismo cerebral grave. Estima-se que de 3 a 5 mil deles se mantém presos em um estágio intermediário entre o coma verdadeiro e a total recuperação de seus sentidos e movimentos. Eles seguem vivendo sem nunca mais voltarem", disse Laureys, chefe do grupo de coma do Departamento de Neurologia da Universidade de Liège.

sábado, 28 de novembro de 2009

"Com seis meses, bebês já distinguem fisionomias"


Para bebes, aprenderem algo novo, por exemplo, uma língua, é literalmente uma brincadeira de criança.
No entanto, como bem sabem os alunos que sofrem com o exercício de gramática e vocabulário, essa capacidade invejável se "enferruja" com o tempo: recém-nascidos conseguem perceber a diferença até mesmo entre os sons de uma língua nunca ouvida; em compensação, a criança com 1 ano de idade conseguem decifrar apenas os sons já conhecidos de sua língua materna.
Os bebes também se revelam muito espertos no reconhecimento de fisionomias, como demonstrou um grupo de psicólogos liderados por Oliver Pascalis, da Universidade de Sheffield. Os pesquisadores estavam interessados em testar em que medida os bebes conseguiram diferenciar traços da fisionomia de animais de outras espécies. Psicólogos testaram a capacidade de 16 meninos de 6 meses. Por 3 meses os pesquisadores lhes apresentaram 3 vezes por semana, durante 10 minutos, várias fotos de macacos-de-Gibraltar.
Após o treinamento, vieram os testes: entre retratos de macacos desconhecidos, surgiram outros de macacos já visto pela criança. Os pesquisadores registraram o momento dos olhos dos bebes: os bebes observam mais demoradamente uma imagem nova. Resultado: as crianças testadas conseguiram diferenciar os animais com bastante acuidade.

"Ordenando tudo em gavetas de impressões visuais".


Ordem é fundamental em se tratando de memória. Neurobiólogos da Universidade de Wake Forest, em Winston, Salem, EUA, descobriram que isso vale não apenas para os seres humanos, mas também para os macacos. Numa experiência, os animais tiveram de reconhecer uma imagem em meio a diversas outras, após breve memorização. Ao mesmo tempo, pesquisadores mediam a atividade das células nervosas no centro da memória no cérebro: o hipocampo. Verificaram que certos neurônios disparavam sempre que cada imagem apresentava determinadas características muito particulares, como por exemplo, quando exibiam grandes de pessoas. Supõe-se que a especialidade dessas células seja simplificar as impressões visuais, ordenando-as em categorias. A organização em "gavetas" ajuda a reencontrar objetos não apenas em casa, mas na cabeça também.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

"O que é Transtorno de Personalidade Anti-Social?"


Estamos nos habituando a ouvir psicodiagnósticos populares sobre determinado personagem de filme, novela, ou até mesmo sobre uma pessoa real.
Os termos psicopatas ou mesmo "transtorno de personalidade anti-social" costumam estar muito presente nas conversas atualmente.
Segundo o tratado de Psiquiatria, o transtorno anti-social de personalidade (TPAS), é um padrão de comportamento socialmente irresponsável, explorador e livre de culpa, evidente na tendência a não se ajustar às leis, a não manter um emprego consistente, a explorar e manipular os outros em proveito próprio, a mentir e a não conseguir desenvolver relações estáveis. ele é considerado (pelo mesmo tratado), como um dos transtornos de personalidade mais difíceis de se tratar, devido, principalmente à falta de empatia e de responsabilidade social que impedem o estabelecimento de uma relação terapêutica eficaz.
Nos últimos anos, tem havido um interesse crescente a respeito de uma melhor compreensão sobre este transtorno. O aumento da criminalidade e violência urbanas pode ter contribuído para esse maior interesse.
Além de fatores psicossociais, outros biológicos tem sido implicados na fisiopatogenia do TPAS. Estudos de neuroimagem apontam envolvimento de estruturas cerebrais frontais, especialmente o córtex orbitofrontal e a amígdala.
Também tem sido sugerido que prejuízos na função serotonérgica estariam associadas à ocorrência de TPAS.
Uma abordagem ampla dos diferentes fatores possivelmente envolvidos na fisiopatogenia da TPAS poderia contribuir para o desenvolvimento de novas técnicas de prevenção e intervenção.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

"Reconhecendo os sinais de um A.V.C.(Acidente vascular cerebral)."


Pesquisas demonstram que se a vítima de um AVC for socorrida em um hospital, dentro das primeiras três horas, o seu quadro de uma possível sequela neurológica, pode ser revertido, em até 100%.
O segredo é reconhecer o derrame(AVC), eis aqui algumas dicas:
Deve ser dada à vítima, 4 ordens, são elas:
1) Peca-lhe que sorria.
2) Peça-lhe que fale ou apenas diga uma frase simples (com coerência).
3) Peça-lhe que levante os dois braços.
4) Peça-lhe que ponha língua para fora. Se a língua estiver torcida e sair por um lado ou outro é também sinal de derrame.
Se a pessoa tiver algum problema em realizar qualquer destas tarefas, chame a emergência imediatamente e descreva-lhes os sintomas, ou levem a vítima rapidamente ao Pronto-Socorro.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

"Redes neurais entupidas e Alzheimer".


Pesquisadores da Universidade da Califórnia, em San Diego, descobriram que, antes da formação das placas que causam o Mal de Alzheimer, dentritos celulares se acumulam ao longo dos axônios, cujas fibras longas e delgadas, transportam substâncias químicas de um neurônio a outro e entre vizinhanças cerebrais. O atravancamento das rotas de transporte gera placas destrutivas.
Lawrence B.S.Goldstein, professor de medicina celular e molecular de San Diego, testou ratos afetados pela doença e cérebro de pessoas mortas durante as fases iniciais de Alzheimer. "É como uma pedra dentro de uma mangueira. As substâncias químicas não conseguem fazer seu trabalho", diz ele.
Em pacientes com Alzheimer, as proteínas cerebrais amilóides e Tau estão presentes em quantidade anormais. Pesquisadores debatem porque, o novo estudo indica que o congestionamento nos axônios é o provável "culpado" pelas placas cheias de amilóde e emaranhados de Tau. Mais que isso afirma Goldstein, o congestionamento pode explicar o papel da Tau no processo da doença. A tau é essencial para regular o tráfego nas vias axonais, e mesmo um leve bloqueio pode causar sério dano cerebral.

domingo, 22 de novembro de 2009

"Qual é a difernça entre Doença cérebro vasculares e Doença de Alzheimer?".


Recentes estudos epidemiológicos, tem mostrado que a Doença de Alzheimer (DA), frequentemente, ocorre junto com doenças cérebro vasculares, especialmente no idoso. Quando se manifestam juntas, causam mais danos ao cérebro do que quando sozinhas.(Stuss,et al 2008)
A doença cérebro vascular é caracterizada por mudanças patológicas no cérebro que ocorrem como resultado de anormalidade na vascularização cerebral.
É comum, os deficits cognitivos causados por esta doença serem mascarados por óbvios deficits sensoriomotores e consequentemente elas não serem diagnosticadas. Essa doença é o resultados da perda sanguínea no tecido cerebral, que pode ocorrer tanto por oclusão como por hemorragia dos vasos sanguíneos.
Com relação a Doença de Alzheimer há uma perda substancial de neurônios. Ela é caracterizada pelos emaranhados neurofibrilares.
A prevenção de danos vasculares poderia reduzir o desenvolvimento e a expressão de demências associados a ambos processos citados.

"Convivendo e aprendendo com jovens, para viver mais"


Sabe-se que a atividade física beneficia os seres humanos, principalmente os idosos; mas exercitar-se num espaço social com pessoas jovens pode ser especialmente saudável. Estudos revelam, que por meio de interações sociais, adolescentes podem ajudar a melhorar as capacidades intelectuais e a saúde vascular dos mais velhos, aumentando até sua expectativa de vida. A psiquiatra Sharon Arkin, da Universidade do Arizona, realizou uma pesquisa com pacientes com a doença de Alzheimer, fazendo com que eles participassem de sessões de exercício com estudantes universitários. Resultado: a convivência foi fundamental para estabilizar o declínio cognitivo e melhorar o ânimo dos pacientes.

"Imaginação está intimamente ligada à boa memória".


Pessoas com grande imaginação tem também boa memória, afirma um estudo realizado na Universidade de Harvard e publicado na revista "Psychological Science". A memória episódica, responsável por nossas lembranças pessoais, permite que as pessoas se projetem para o futuro ou para o passado de forma fictícia num tempo subjetivo, explicam os autores.
Trabalhando com voluntários idosos, os pesquisadores concluíram, que quanto maior o declínio de memória episódica, mais comprometida se torna a capacidade imaginativa.

"Demência: primeiros passos"


Antes de aparecerem os sintomas cognitivos, a demência altera a forma como os idosos caminham. Andar sem rumo, fazer mudanças bruscas de direção ou pausas repentinas, são sinais de que pode haver distúrbio, mas por serem muito discretos, em geral a família não percebe.
Esses pacientes costumam ser levados ao médico em um estágio já adiantado, em que os problemas de memória são evidentes. No entanto, nesta fase as intervenções clínicas não são tão eficazes.
Para detectar o problema, de forma precoce, pesquisadores da Universidade do Sul da Flórida desenvolveram um equipamento, usado no punho dos idosos, como um relógio, e que registra os padrões de marcha.
O equipamento ainda em fase de teste, consiste em um acelerômetro(que mede deslocamento) e um transmissor de radiofrequência( que envia os dados para um software específico.
Os pesquisadores, analisaram 20 voluntários residentes em uma instituição geriátrica e observaram com uma relação estatística significativa, padrões alterados de marcha, medidos pelos dispositivos, e diagnóstico de demência em estágio muito precoce, analisados por escalas usadas por geriatras. O artigo foi publicado pela revista "Technology Rewiew".

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

"Aprender a olhar o outro ajuda autistas a interagir."


Pesquisadores da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, desenvolveram um treinamento que ajuda jovens com transtornos de espectro autista a interagir socialmente. A técnica se baseia em jogos lúdicos e no que os cientistas chamaram de "teinamento do olhar", que ensina regras sociais básicas por meio da observação do comportamento do outro. Para a aplicação do tratamento, com duração de 12 sessões semanais, foram recrutados 33 adolescentes e seus pais- para os pesquisadores a presença da família é fundamental para o reforço do aprendizado nas situações cotidianas.
No experimento relatado no "Journal of Autism and Developmental Disorders", os pacientes foram comparados a um grupo controle, formado por jovens com os mesmos distúrbios, mas que não foram submetidos ao treinamento. Os resultados mostraram melhora significativa nas habilidades na interação social, observada tanto no relato dos pais como por meio de escalas psicológicas padronizadas.

"Toque afetivo ajuda a diminuir a dor física".



Sinais elétricos que informam o cérebro de que nossa pele está sendo tocada percorrem fibras neurais especializadas. A descoberta foi feita por cientistas da Universidade de Gotemburgo, na Suécia, pode explicar por que o toque carinhoso consegue diminuir a intensidade da dor física. Usando uma técnica conhecida como microneurografia, os pesquisadores "seguiram" esses impulsos no braço de voluntários e observaram também que, quanto maior sua frequência- proporcional à intensidade do afago- maior a sensação de prazer relatada pelos participantes. Essas fibras especializadas, uma vez estimuladas, são capazes de atenuar sinais dolorosos originados em outras partes do corpo, relataram os autores do artigo publicado na revista "Nature Neuroscience".

"Empatia causa dor"


Se, ao cair a criança bate o joelho, a mãe sente um tremor involuntário.
Há um explicação plausível para o talento materno no compartilhamento da dor.
Tânia Singer, do University College de Londres, "maltratou" 16 casais com leves impulsos elétricos.
Enquanto os casais recebiam alternadamente pequenos choques na mão, a pesquisadora media em um tomógrafo a atividade no cérebro das mulheres.
A simples observação do sofrimento da pessoa amada ativava no cérebro feminino as mesmas áreas de percepção associadas quando elas próprias sentem dor. Apenas as regiões do cérebro que auxiliam na avaliação local, e da intensidade do estímulo permaneceram inativas durante a observação. A compaixão feminina também não vai tão longe assim!
Com relação ao sexo masculino, o estudo não citou.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

"Chorinho irressistível."


Às 4 horas da manhã o bebê chora. Basta começar a reclamar que um alarme interior soa nos pais. Pesquisadores da Universidade de Basiléia, Suiça, descobriram que um refinado mecanismo neurobiológico faz dos pais vítimas voluntárias desta coação. À partir do dia em que um descendente vem à luz, o cérebro dos pais tornam-se especialmente sensíveis à choros e gemidos.
O coordenador do estudo, Erich Seifritz, tocou para os casais de pais e indivíduos sem filhos, as mesmas fitas contendo risadas e choros de bebes e observou, por meio de ressonância magnética, quais áreas cerebrais eram ativadas.
No cérebro dos pais, os sons provocavam aumento imediato de atividade na amígdala. Esta região é responsável pelo surgimento e processamento dos sentimentos. Com suas lágrimas, a prole sinaliza algo errado. Os sentimentos de medo e preocupação do papai e da mamãe garantem à criança o cuidado de que necessita.
Pessoas sem filhos, porém, não se comoveram com os lamentos. Suas amígdalas só reagiram às risadas alegres. Isso demonstra que o receio paterno não é algo inato: o cérebro orienta-se por eventos biológicos e assume certas reações apenas quando realmente necessárias.
Mas as mulheres parecem ter uma característica independente do evento da maternidade: todas as participantes tinham uma percepção muito mais sensível dos ruídos infantis.
Isso porque tanto as risadas quanto os choros desativavam o córtex pré-frontal (CPF) do cérebro feminino. Trata-se de uma área com função de filtro, que entre os sinais emitidos ininterruptamente pelo ambiente, bloqueia aquelas aparentemente irrelevantes.
se a atividade do CPF diminui isso corresponde a uma "abertura do filtro". Por isso as mulheres reagem mais rapidamente às vozes dos bebes, estejam eles rindo ou chorando.
Homens porém permanecem completamente imperturbáveis. Sons positivos ou negativos foram incapazes de mudar a atividade em seu Córtex pré-frontal. E isso não ocorreu somente com solteirões convictos, mas também com pais amorosos.

Porque os stressados vivem menos?


Não é novidade que o stress pode encurtar a vida de uma pessoa, mas só recentemente pesquisadores descobriram como isso acontece dentro das células.
Cada cromossômo possui, em cada uma de suas extremidade, uma espécie de relógio do envelhecimento chamado telômero. Toda vez que a célula se divide, os telômeros são ligeiramente encurtados. No sistema imunológico, porém, uma enzima chamada telomerase preserva o tamanho destas estruturas.
Cientistas da Universidade da Califórnia em Los Angeles - descobriram que o hormônio do streess- o cortisol- diminui a atividade da enzima telomerase, o que acaba causando uma aceleração do "envelhecimento" das defesas imunológicas. Logo, o organismo fica mais susceptível a doenças infecciosas e tumores, por exemplo.
O estudo foi publicado na revista Brain, Behavior and Immunity.

sábado, 14 de novembro de 2009

"Fumo afeta a formação de memórias"

Quando um fumante sacia sua ânsia por cigarro, diminui a resistência mental à dependência e afeta sua memória. Pesquisadores da Universidade de Michigan, EUA, registraram imagens de fluxo sanguíneo cerebral de fumantes que tragaram um cigarro após uma noite de abstinência.
Eles obtiveram imagens enquanto os sujeitos fumaram também um cigarro de baixo teores. Para comparar as imagens, removeram os sinais de atividades cerebral não relacionada com o ato de fumar, gerando um mapa exclusivo do estímulo causado pela nicotina. A assimilação da substância aumentou o fluxo sanguíneo em áreas ricas em receptores de nicotina e o diminuiu em áreas envolvidas na formação de memórias e em regiões que controlam a necessidade de drogas.

"Imitação fortalece vínculo afetivos em primatas"


O ato de imitar o semelhante é importante para estreitar laços afetivos entre os primatas. Uma pesquisa com macacos-prego, realizada por cientistas dos Institutos Nacionais de Saúde, nos EUA, apoia esta ideia - já demonstrada por outros trabalhos. O curioso desta pesquisa, no entanto, é que as evidências vieram não da observação da imitação entre os próprios macacos, mas do comportamento dos animais em relação aos pesquisadores.
Segundo artigo sobre o resultado do experimento, publicado na revista Science, os macacos preferiram a companhia dos cientistas que os imitaram, em detrimento daqueles que não reproduziram seus gestos e expressões.
Os primatas não apenas gastaram mais tempo com os imitadores humanos como também preferiram participar de tarefas simples com eles, ignorando a solicitação dos pesquisadores que não os imitaram. Segundo os autores, a repetição de gestos e expressões parece ser compreendida como uma demonstração de empatia e tem um papel fundamental de grupos sociais.

Crianças com Síndrome de Down vão bem em escola normal.


O desenvolvimento escolar de crianças com Síndrome de Down é muito semelhante ao das que não apresentam prejuízos cognitivos, sensorial ou motor. As conclusões de um estudo realizado na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo de Ribeirão Preto ( FMRP-USP ) reforçam a importância da inclusão social desses alunos e o acesso às escolas regulares.
Resultados da dissertação de mestrado da terapeuta ocupacional Patrícia Páfaro Gomes Anhão, a pesquisa comparou seis crianças, entre 3 e 6 anos, portadoras da síndrome, com outras seis, da mesma faixa etária, sem nenhum distúrbio, por meio de filmagens em cinco escolas da rede municipal da cidade. Dois tipos de habilidades foram analisados: interpessoal e de autoexpressão.
As filmagens revelaram que as crianças com Down só se diferenciaram das demais em dois dos quinze comportamentos analisados. Elas imitaram os coleguinhas com maior frequência e tiveram mais dificuldade para estabelecer contato no primeiro momento. Estes resultados devem ajudar os pais a entender que seus filhos precisam do ensino regular e não apenas do especial.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Há diferenças anatômicas nos cérebros de psicopatas".

Neurocientistas britânicos identificaram diferenças anatômicas no cérebro de psicopatas que podem explicar as origens biológicas deste distúrbio frequentemente associado a comportamentos criminosos. Estudos anteriores, ainda controversos, já haviam mostrado que essas pessoas exibem alterações na amígdala, área associada a emocões e a agressão, e no córtex orbito-frontal, envolvidos nos processos de tomada de decisão. Mas o estudo publicado pela revista Molecular Psychiatry revelou modificações discretas, mas significativas, numa área conhecida como fascículo uncinato, uma via composta por matéria branca (formada pelos axônios dos neurônios) que conecta as duas estruturas anteriores.
Essas alterações foram detectadas por meio de tractografia - um tipo específico de ressonância magnética funcional. Os resultados revelaram ainda que o grau de anormalidade observado nessa região se correlacionou positivamente à gravidade do distúrbio. Segundo os autores, as evidências sugerem fortemente uma base biológica da psicopatia, embora não seja possível afirma ainda se estas alterações são inatas ou adquiridas ao longo do desenvolvimento cerebral.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

O "cheiro " do medo.


Em um estudo, foi exibida a um grupo de mulheres uma foto ambígua, em que não fica claro se o fotografado está alegre ou com medo. Em condições normais, as respostas das voluntárias se dividiram em metade para cada categoria. Mas quando elas foram previamente exposta, sem saber, ao suor masculino que havia sido coletado enquanto homens assistiam a um filme de terror, a maioria achou que a pessoa do retrato temia alguma coisa.
Publicado na revista Psychological Science, o experimento demonstra que o medo pode ser percebido, de forma inconsciente, por meio do suor, favorecendo respostas comportamentais de natureza semelhante quando os estímulos sensoriais se apresentam de forma ambígua. Fenômeno similar é observado entre outros mamíferos, mas havia dúvidas sobre a ocorrência entre seres humanos.
Os autores especulam que o mecanismo poderia estar associado, certamente não de forma isolada, a casos de histeria coletiva em que um grande número de pessoas entra em pânico e começa a manifestar uma série de sintomas sem causa aparente.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

"A dor que desconcentra."


Neurocientistas explicam porque uma dor de cabeça intensa é capaz de impedir que você se concentre no trabalho, na leitura ou em qualquer tarefa que exija atenção. Já sabíamos que o cérebro prioriza a dor, que representa uma ameaça ao indivíduo e precisa ser combatida. Pouco se sabia, no entanto, sobre como isso acontece. A equipe de Ulrike Bingel, do centro médico da Universidade de Hamburgo-Eppendorf (Alemanha), identificou a região do cérebro responsável por afetar o processamento cognitivo quando sentimos dor. Os pesquisadores pediram a voluntários que desempenhassem tarefas visuais, enquanto eram submetidos a diferentes graus de dor causada por um feixe de laser sobre suas mãos. Durante o experimento eles tiveram a atividade do cérebro monitorada por ressonância magnética funcional. Os resultados relatados, mostram que a dor afeta o processamento visual feito no complexo occipital, e que essa interferência é modulada por uma outra região cerebral, situada no córtex cingulado anterior, envolvido na percepção da dor e no controle da atenção.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

"Células tronco recuperam memória após radioterapia".


Células tronco embrionárias podem ajudar pacientes que apresentam deficits de aprendizagem e de memória após terem sido submetidos à radioterapia para o tratamento de tumores cerebrais, sugere um novo estudo.
A pesquisa feita por um grupo da Universidade da Califórnia, em Irvine (UCI) e em San Francisco, nos EUA, seria publicado esta semana no site, e em breve na edição impressa da revista Proceeding of the National Academy of Sciences.
No estudo, feito em ratos, foi observado que células tronco transplantadas restauram a aprendizagem e memória a níveis normais quatro meses após a radioterapia. Por outro lado, animais submetidos à radioterapia e que não receberam célula-tronco experimentaram um declínio de mais de 50% na função cognitiva.
"Os resultados fornecem a primeira evidência de que tais células podem ser usadas para melhorar o dano induzido pela radiação do tecido cerebral sadio"- diz Charles Limoli, professor de oncologia radioativa da UCI e principal autor do estudo.

sábado, 7 de novembro de 2009

"Doença de Alzheimer pode ter marcador precoce."


Segundo um estudo publicado no "Archives of Neurology" a perda de habilidade espaciais causadas pela Doença de Alzheimer pode ocorrer antes da manifestação de dificuldades relacionadas às recordações, contrariando a afirmativa de que na doença a perda de memória seria o principal sintoma. Os pesquisadores da Universidade de Kansas (EUA) acompanharam 444 pessoas por 6 anos, em média. Os voluntários passaram por testes de habilidades visuoespaciais e por avaliações de memória e de cognição. Desses pacientes 134 desenvolveram Demência, 44 tiveram o cérebro examinado após a morte e foi confirmado o diagnóstico de Alzheimer. Observadores perceberam que a perda das habilidades visuoespaciais se manifestou até 3 anos antes do diagnóstico clínico de Demência - chamada de fase pré-clínica da doença. O estudo indica um possível marcador mais precoce da doença, mas ainda só apontado por meio de testes neurológicos complexos.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

"O que é neurônio espelho?"

Os neurônios espelhos ("mirror neurons") foram descritos pelos neurocientistas Giacomo Rizzolatti, Leonardo Forgani e Vittorio Gallese(1988), na Universidade de Parma, Itália.
Após observarem a área pré-motora em macacos constataram que há neurônios que disparam tanto quando o animal realiza um determinado movimento, como quando observa outro animal (normalmente da mesma espécie) a fazer o mesmo. Desta forma o neurônio "imita" o comportamento de outro animal como se estivesse ele próprio a realizar este movimento. Estes neurônios já foram observados de forma indireta em primatas, e acredita-se que também existam em humanos e alguns pássaros.
Estudos recentes tem mostrado que eles são fortemente relacionados com nossa capacidade de aprender. Além de responder a ações dos outros (daí o nome espelho), eles podem ser a chave para descobrir como o ser humano começa a sorrir, andar, falar e até dançar. Estudos afirmam que crianças autistas tem atividade menor dos neurônios espelhos.

"Estudo demonstra falha no cérebro de autistas."


Um estudo na Universidade de Washington, analisou as conexões feitas na córtex cerebral ( a parte do cérebro que lida com o pensamento complexo).
Os cientistas descobriram que as pessoas com autismo apresentam padrões anormais de comunicação entre as células cerebrais.
Em algumas partes do córtex, as células fazem conexões demais, em outras não estabelece conexões suficientes.
"Nossas descobertas indicam que adultos com autismo mostram diferenças na atividade neural coordenada, o que significa má comunicação interna entre as partes do cérebro", disse Michael Murias, que coordenou a pesquisa.
Os pesquisadores analisaram os eletroencefalogramas de 36 adultos, metade deles autistas.
Os pacientes com autismo apresentaram anormalidades principalmente nas conexões feitas pelo lobo temporal, a região responsável pela fala.
As descobertas que foram apresentadas em um encontro da Sociedade de Neurociências, podem ajudar a diagnosticar o autismo mais cedo, de acordo com os cientistas.

A chuva e a alteração de humor.


Pesquisadores dos Estados Unidos e Canadá já comprovaram que tempo e clima afetam o comportamento, o humor e até os pensamentos.
O sol está relacionado às coisas alegres, coloridas e a chuva à cor cinza, tristeza e lágrimas.
Responsável pela vitamina D, a exposição ao sol altera a neuroquímica do organismo.
É por esse motivo que a depressão é mais comum em países menos ensolarados. Este problema é tão sério, que nos países Escandinavos, por exemplo, onde nos meses de inverno o dia não dura mais do que 6hrs., muitas clínicas especializadas oferecem um tipo de terapia solar aos seus pacientes.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Alcool na adolescência afeta as decisões na vida adulta".


O abuso de bebidas alcoólicas na adolescência pode ter efeitos danosos no processo de tomada de decisão na vida adulta.
A afirmação é de um estudo feito por pesquisadores na Universidade de Washington, nos EUA, publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences.
O objetivo do estudo foi verificar se o consumo de álcool em níveis elevados na adolescência poderia afetar futuramente as áreas no cérebro envolvidas no processo de decisão.
"Sabemos que a exposição precoce de álcool e outras substâncias é um indicador de posterior abuso químico em humanos. É um conceito novo pensar que a exposição na adolescência pode ter efeitos cognitivos de longo prazo, mas não podemos testar isso em pessoas", disse Nicholas Nasrallah, um dos autores do estudo.
"Mas o nosso modelo que envolveu o uso de ratos, corrobora a relação causal entre o uso precoce do álcool e o posterior aumento na tomadas de decisões arriscadas", afirmou.
"O modelo animal que utilizamos permite estabelecer essa relação. Estudos apontam que regiões do cérebro, incluindo aquelas envolvidas na tomada de decisões demoram para se desenvolver e o processo se alastra pela adolescência. Nosso estudo indica que as estruturas envolvidas nesse desenvolvimento tardio são afetadas pelo uso do álcool", disse Ilane Bernstein, professora de Psicologia da Universidade de Washington, outra autora do estudo.

Aprendendo a ver: o cérebro pode ser treinado para perceber estímulos invisíveis".


Embora sempre consideramos que somos capazes de ver tudo, o que está em nosso campo de visão, nosso cérebro na verdade seleciona os estímulos que chegarão à nossa consciência. Mas há uma forma de lidar com isso. Um novo estudo revela que nossos cérebros podem ser treinados para ver, conscientemente estímulos que normalmente seriam invisíveis, aqueles que, mesmo sendo captados pelo olho, não chegam à nossa consciência.
O estudo será publicado no próximo exemplar do "Journal of Vision".
O pesquisador Caspar Schuredrzik do Instituto Max Planck de Pesquisas do Cérebro (Alemanha), afirma que o cérebro é um órgão que se adapta continuamente ao meio ambiente, podendo ser treinado para aprimorar a percepção visual.
A capacidade de treinar o cérebro para ver de forma consciente poderá ajudar as pessoas cujo córtex visual primário tenha sido danificado por um derrame ou por um acidente, um problema neurológico conhecido como "visão cega".
Em 2008, pesquisadores da Haward Medical School demonstraram que uma pessoa com "visão cega" pode andar corretamente em uma sala cheia de obstáculos ainda que ela não seja capaz de ver conscientemente esses obstáculos.
Schuredrzik afirma que sua pesquisa poderá ajudar os pacientes com "visão cega" a ganhar consciência daquilo que suas mentes podem de fato ver.

"Relação entre doença cutânea e doença psiquiátrica".


Pesquisadores australianos publicaram, recentemente, no "Archives of Dermatology", um estudo que procuravam avaliar longitudinalmente a relação entre doença cutânea e morbidade psicológica entre mulheres jovens, testando a hipótese de que morbidade psicológica (depressão, ansiedade, estresse) é fator causal de doença cutânea.
Participaram desse estudo, mulheres com idade entre 22 e 27 anos à primeira pesquisa (foram realizadas em 3 momentos), randomicamente selecionadas do banco de dados do Medicare Nacional Australiano.
Os pesquisadores concluíram que os achados da relação entre depressão e estresse à doença cutânea pode ter implicações clínicas consideráveis, incluindo implicações para intervenções psicológicas adjuvantes no tratamento de pacientes com doenças cutâneas.